Vixe! Jerônimo tenta sacudir governo e promete trocar secretário. Lula e Bolsonaro serão candidatos? Quem pode entrar na disputa e os impactos da eleição nacional na Bahia
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Mais mudanças à vista
O governador Jerônimo Rodrigues anunciou na última semana que irá fazer mais uma mudança no primeiro escalão do seu governo. Segundo informação obtida pelo Portal M!, o governador deve mudar o comando da Secretaria Estadual da Administração. O objetivo é dar um choque na SAEB e levar um novo frescor para a pasta responsável pela gestão da máquina pública. Segundo pessoas que transitam com desenvoltura pela Governadoria, ele quer modernizar o governo e dar um “sacode” para a implementação de novas práticas de gestão, sobretudo no quesito tecnologia.

Sacudida na SAEB
Comandada pelo secretário Edelvino Góes, a Secretaria de Administração é responsável pelos processos de compras do estado, gestão da folha de pessoal, contratação de pessoal via Reda e pelo SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão. “O governador quer dar uma sacudida na Saeb, que tem a função buscar, de forma integrada, soluções que prezem pela excelência do serviço público, com foco no cidadão”, como disse um deputado da base governista, que dialogou recentemente com o governador e ouviu suas queixas sobre a área.

Segurança e comunicação
Nos últimos dias, o governador fez mudanças substanciais no seu secretariado. Além de empossar Marcus Di Flora na Secretaria de Comunicação (Secom), o petista anunciou o ex-deputado Pablo Barroso para a Secretaria de Agricultura (Seagri). Antes, ele tinha anunciado o coronel Antônio Carlos Silva Magalhães no lugar do coronel Paulo Coutinho na Polícia Militar. Já na Polícia Civil, o delegado André Augusto de Mendonça Viana foi nomeado delegado-geral, sucedendo a delegada Heloísa Brito. Para o Corpo de Bombeiros, a gestão passou para as mãos do coronel Aloísio Mascarenhas Fernandes, que sucedeu o coronel Adson Marchesini. Para o Departamento de Polícia Técnica, o perito criminal Osvaldo Silva assumiu como diretor-geral, no lugar da perita Ana Cecília Bandeira.

Impacto da eleição nacional
Que a disputa nacional impacta na eleição da Bahia, isso ninguém mais pode questionar. Basta lembrar da última disputa para o governo e presidência da República em 2022. Mas o foco dessa avaliação não é o pleito passado, mas sim, o que se avizinha. E o cenário poderá, ou melhor, deverá ditar os rumos da eleição no estado, no próximo ano. Avaliando primeiro o cenário do PT, cresce o número de apoiadores de dentro e fora do partido defendendo que o presidente Lula não vá para a reeleição. Temem que uma derrota, sentado na cadeira, arranhe sua trajetória vitoriosa no Planalto Central.

Lula vem como Biden?
O problema é que, a tanto tempo da eleição, ainda não é possível saber se o presidente virá como Lula, com disposição, ou como Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, que chegou na campanha norte-americana fragilizado. Além da idade, já que ele vai completar 81 anos no próximo ano, pessoas próximas a Lula se preocupam com sua saúde para um eventual quarto governo. O problema é que ainda não há no páreo da sucessão nenhum nome que seja forte e desenvolto como o próprio barba.

Possibilidades para 2026
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficou bastante chamuscado no episódio conhecido como a “crise do Pix”. Seu ministro da Casa Civil, o ex-governador Rui Costa, tem desempenhado um papel estratégico no governo federal, mas não encontra eco nem no seu próprio partido. Como terceira opção para o petismo, tem o atual vice-presidente Geraldo Alckmin, ex-adversário e hoje fiel escudeiro de Lula.

Gleisi não é Dilma
Correndo por fora, mas com menos possibilidade de empolgação, surge a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, que também teria dificuldade de encabeçar uma candidatura governista. O problema maior é que Lula não está tão gigante como era quando tirou a então ministra Dilma Rousseff da cartola. Hoje, ele está mais envelhecido, lutando para retomar a boa avaliação do seu governo, fragilizado até mesmo nos estados do Nordeste, como a Bahia, onde já reinou soberano.

Bolsonaro pode desistir
Mas mudando de lado, vamos avaliar agora o cenário da direita do Brasil. O nome mais forte desse campo político é, sem sombra de dúvidas, o do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Inelegível, ele tenta garantir, através do movimento pró-anistia, que não seja preso devido ao processo que corre contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). A apoiadores mais próximos, o capitão já deu a entender que pode abrir mão da candidatura, em troca da não condenação pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Sete governadores
Para isso se viabilizar, no entanto, uma conjecturas passam pelas cabeças pensantes da direita e extrema direita do país. Um dos cenários prováveis é o de Bolsonaro abrir mão da disputa para apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com a adesão de todos os nomes do grupo. A presença de sete governadores no ato pró-anistia, no último domingo, por exemplo, fortalece essa tese de que possa haver uma aliança para unificar o grupo. Entre os presentes estavam o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o de Minas Gerais, Romeu Zema, e o próprio Tarcísio, todos pré-candidatos que representam a ala conservadorista.

Maior incentivador
É o maior incentivador para Tarcísio se lançar na disputa pelo Palácio do Planalto, inclusive, é o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Habilidoso, o secretário de Governo paulista já admitiu a possibilidade de disputar o Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, caso Tarcísio decida disputar a Presidência da República e o convoque para essa missão. O ex-ministro comanda hoje o maior partido do país, se tornado o fiel da balança para qualquer pleito eleitoral.

Sem bola dividida
No entanto, para que isso se concretize, Bolsonaro terá que fazer acenos em dois momentos específicos, de que não insistirá na candidatura até a eleição, como fez Lula quando estava preso. Quem transita por Brasília diz que o ex-presidente tem que sinalizar a desistência ao país em novembro para, até abril, anunciar Tarcísio como seu candidato. Esse seria o prazo para o governador deixar o comando do estado mais rico e se lançar na disputa federal. Até porque, o governador de SP não vai abrir mão de uma reeleição relativamente tranquila para entrar numa bola dividida com o clã Bolsonaro.

Impactos na Bahia
E esse desenho, embaralha totalmente o jogo na Bahia. Explico. Uma vez Tarcísio deixando o governo para Kassab, ele, como presidente nacional do PSD, poderia intervir no território baiano e “obrigar” seu partido a romper com o PT para marchar ao lado do candidato do União Brasil. Isso se daria através de uma “intervenção forçada”, levando o senador Otto Alencar a ver seu grupo marchar com ACM Neto, sob a justificativa de que o senador Ângelo Coronel teria sido preterido da chapa governista do PT, fortalecendo assim, a chapa da oposição no próximo ano.

A reação
Ontem, inclusive, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, anunciou sua reação às investidas do PT contra sua eventual candidatura ao governo em 2026. Em entrevista a uma rádio de Feira de Santana, ele anunciou que dará início a uma agenda de viagens pelo interior, que deve se intensificar até o fim de maio, começando pela região de Ilhéus, no Sul baiano. A nova fase de articulação política de Neto pelo interior do estado tem o objetivo, segundo ele, de fortalecer o partido e liderar o que chama de “sentimento de mudança” na Bahia. Na verdade, a decisão do
ex-prefeito de Salvador acontece após a investida do governador Jerônimo Rodrigues e do seu partido, que passou a cooptar prefeitos e lideranças da oposição.

A narrativa construída
O deputado estadual Júnior Muniz, do PT, foi pego de surpresa pela decisão do seu partido de rifa-ló definitivamente da disputa pela primeira-vice na Assembleia Legislativa da Bahia. Ontem, o parlamentar manifestou seu descontentamento com o processo e disse estar “surpreso” com os rumores de sua desistência. Na verdade, impuseram a ele a saída de cena, sem direito a reclamar. Para isso, uma viagem sua para a China, por conta própria, passou a ser usada como narrativa ideal pelo PT, para excluí-lo do processo. “Fui pego de surpresa. Essa história de desistência não partiu de mim”, disparou ele, para emendar: “Desistir não é meu desejo, mas estou sendo vencido pelo cansaço. Esperava que a votação acontecesse logo, e isso não tem se concretizado”, arrematou. É muita informação!

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