Vixe! Aliados de ACM Neto reagem a críticas. Alerta amarelo é ligado na prefeitura. Dívidas do Governo no Estado e a tentativa de aparar arestas na base
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Aliados reagem
Após a onda de ataques que passou a sofrer nos últimos dias, aliados do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, passaram a sair na sua defesa publicamente. Um deles, o deputado federal Leo Prates, do PDT, afirmou que integrantes da base governista estavam “desesperados”, ao sugerir que Neto não será candidato ao governo, mas que disputará uma vaga para a Câmara Federal no próximo ano. “Há forças tão desesperadas e autoritárias que já querem definir, à força, o cargo que ACM Neto vai disputar em 2026. Primeiro, todo político deveria estar focado em melhorar a vida do povo e não em política”, disparou o deputado em suas redes sociais.

Cortina de fumaça
Nos últimos dias, o prefeito Bruno Reis também não poupou críticas ao governador Jerônimo Rodrigues e ao secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, que tentou atacar ACM Neto. Enfático, Bruno afirmou que o governo do PT “está preocupado em criar uma cortina de fumaça” com viagens ao interior, enquanto a Bahia afunda em problemas reais. “A população quer saber quem vai baixar o preço do ovo, do café, da picanha. Quem vai gerar emprego e renda”, provocou o prefeito, ao afirmar que o governo estadual é “expert em promessas que não saem do papel”. “Até a ferrovia oeste-leste parou. Não vou nem falar de ponte ou do Porto Sul, porque não colocaram uma pedra sequer, mesmo depois de 20 anos”.

De olho em 2026
Já o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Alan Sanches (UB), negou que a ida de ACM Neto para o interior, conforme anunciado na última semana, seja uma reação às críticas de que ele faz “uma oposição de ar-condicionado”. Segundo Alan, a decisão de Neto tem o objetivo de fortalecer seu nome para o governo do estado em 2026. Para o vice-líder, as críticas feitas ao ex-prefeito, de que ele não atende os apoiadores políticos, são infundadas e refletem uma “carência” por parte de quem critica. “O mais importante em um político é a capacidade de resolver demandas e ACM Neto sempre cumpriu com todos os compromissos assumidos”, enfatizou Alan, ao classificar como “injustas” as críticas sobre a ausência dele em agendas no interior.

O ‘toma lá, dá cá’ do PT
O presidente estadual do PL, João Roma, também tratou de endurecer o discurso contra o governo do PT na Bahia. De acordo com ele, a metodologia do partido é o velho ‘toma lá, dá cá’. “Para um município receber uma ambulância, um cala-boca qualquer, o prefeito precisa ir lá se ajoelhar e dizer amém para o governador e ainda é obrigado a sair na foto”, disparou o liberal. Segundo o ex-ministro, os prefeitos estão acuados e não devem ser julgados neste momento por terem tirado fotos com o petista. “O prefeito tem que ajudar a sua população, então, vamos fazer de conta. Agora, na hora do vamos ver, que será a eleição do próximo ano, eu acho que a população vai se juntar e dizer o que quer para o futuro da Bahia”.

Alerta na prefeitura
As insatisfações com o prefeito Bruno Reis parecem ter saído das dependências do Palácio Thomé de Souza e começado a ganhar contornos públicos. Informações chegadas à Coluna Vixe! dão conta de que seus aliados estão assustados com a mudança no comportamento do chefe do Executivo, após o segundo turno da eleição, que o consagrou vitorioso. “O prefeito demitiu os terceirizados de todo mundo. Não ficou pedra sobre pedra”, como disse ontem um vereador da base governista. De acordo com ele, o responsável por essa operação é o secretário Francisco Elde, “que faz cara de paisagem e não resolve nada”.

Banheiro químico negado
Segundo um político que transita com desenvoltura pela prefeitura, pedidos para liberação de palco, som, iluminação e bandas foram suspensas. “Nem um banheiro químico conseguimos mais ter acesso”, disse o aliado do União Brasil, ao afirmar que o secretário de Governo, Cacá Leão, “é atencioso, mas finge que encaminha as demandas e nós fingimos que estamos acreditando. Sem contar que muitos auxiliares do prefiro sequer dão retorno às tentativas de contato dos aliados”.

Preocupação com a saúde
“Os prestadores de serviços da área de saúde (consultas, atendimentos e exames) não receberam até hoje e estão revoltados. Isso já dura mais de cinco meses”, disse outro vereador governista. De acordo com ele, tem donos de clínicas desesperados sem saber o que fazer. A informação na Praça Municipal é que a pressão sobre a Secretaria de Saúde é enorme, vem desde a gestão da então secretária e atual vice-prefeita Ana Paula Matos. “Pelo que sabemos, o déficit já ultrapassa a casa dos R$700 milhões. Somados a outros fornecedores, esse número chega a R$1 bilhão”, como completou o integrante da base do Executivo.

Culpa da Fazenda?
Quem conhece do assunto diz que o problema foi causado, em grande parte, pela secretaria da Fazenda, Giovanna Victer, que teria empurrado despesas de 2024 para a rubrica de restos a pagar, o que acabou atrapalhando a execução financeira do ano em vigor. “Basta você andar pela cidade para ver como o ritmo das obras diminuiu, enquanto outras, praticamente pararam”, como completou um vereador da base governista.

De olho em Salvador
Enquanto o sinal de alerta segue acesso na base do prefeito Bruno Reis, a articulação do governo Jerônimo Rodrigues avança a passos largos. Ontem, mesmo, o secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, realizou uma reunião com os vereadores de Salvador. O objetivo era alinhar o discurso da defesa das ações do Estado e destravar obras e projetos na capital, demanda antiga dos parlamentares. O presidente da Conder, José Trindade, também participou do encontro, já que a companhia tem sido alvo de críticas pela demora para viabilizar ações na capital baiana.

Apagando incêndio
Pelo que se fala entre os políticos ligados ao governo estadual, a chateação com a Conder se acentuou muito desde a eleição passada. “O diálogo constrói pontes. Hoje tivemos uma reunião para tratar de pautas estratégicas para a capital, reforçando o compromisso do Governo do Estado com a atuação conjunta em prol da população, com os vereadores de Salvador, ampliando o debate sobre projetos urbanos. Seguimos somando forças por uma Bahia mais justa e desenvolvida”, destacou Adolpho Loyola, na tentativa de estancar a crise.

Dívidas do estado
E, pelo visto, as críticas à gestão não são exclusivas ao prefeito Bruno Reis. Na base do governador Jerônimo Rodrigues a grita também é grande. Há contratos na área da saúde e fornecedores em atraso há mais de seis meses. Ontem, inclusive, o deputado estadual Pedro Tavares (UB) fez duras críticas ao governador. De acordo com ele, “a Bahia vive uma grave crise em áreas essenciais como segurança pública, saúde e combate à seca”. De acordo com ele, há ainda o reflexo da “fadiga de material” após quase 20 anos de PT nos governos.

Falhas do governo
De forma contundente, Pedro Tavares avaliou que o governo Jerônimo enfrenta “sérias dificuldades” em várias áreas, sobretudo, na segurança pública, saúde e na ausência de ações para enfrentar os efeitos da seca no interior do estado. “E a gente não vê ações efetivas para minimizar os impactos”, disparou o parlamentar, ao destacar o crescimento nos índices de criminalidade. “A questão da segurança pública não é mais só das grandes cidades. Nas pequenas cidades também, a população já está preocupada, acuada. E a regulação da saúde é uma das maiores dores do povo baiano. Quem precisa desse serviço sofre”, completou.

‘Fadiga de material’
Questionado ontem sobre a longevidade do Partido dos Trabalhadores à frente do governo da Bahia, Pedro Tavares foi categórico ao afirmar que existe uma fadiga após cinco mandatos consecutivos do PT. O Estado é governado por petistas desde 2007, quando Jaques Wagner derrotou o então governador Paulo Souto. “São 20 anos. É um tempo muito grande. Tiveram a oportunidade de resolver ou minimizar questões críticas da Bahia, como segurança pública, educação, regulação da saúde e a assistência a fenômenos climáticos como a seca. E essas questões continuam sem solução”, disparou Tavares, ao criticar também o não pagamento das emendas parlamentares.
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