Vixe! Jerônimo abre cofres do Estado e avança sobre oposição; Candidatura de Neto e temor dos deputados. Tensão no PL; e Loyola causa ciumeira na base
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O trunfo do governador
A estratégia usada pelo governador Jerônimo Rodrigues, de anunciar a aproximação com prefeitos da oposição na Bahia, tem sido vista como um “trunfo” pelo PT para desmoralizar o ex-prefeito ACM Neto, que vem perdendo aliados importantes para o governo estadual. Segundo dirigentes da base petista, a atração de gestores como Hildécio Meireles, de Cairu; Zé Cocá, de Jequié; e o prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo, fragiliza o discurso do postulante do União Brasil com vistas à disputa de 2026.

Obras e recursos
Recentemente, alguns prefeitos da oposição se encontraram com Jerônimo e enfatizaram a relevância da parceria com o governo estadual, sobretudo a importância dos investimentos nas cidades governadas pela oposição. “Os investimentos do Estado são de suma importância. Já vêm investindo e continuarão a investir cada vez mais”, disse o prefeito Belitardo, referindo-se aos benefícios para a população de sua cidade, oferecidos pelo governo do PT.

Sangrando calado
O detalhe é que o próprio ACM Neto acompanha “calado” a estratégia do PT de avançar em sua base. “Ele está sangrando e sabe que não tem elementos (nem recursos) para garantir a permanência desses prefeitos na oposição. Até porque, o argumento usado por ele de que repetirá a eleição de Waldir Pires e Jaques Wagner, de vencer o governo sem o apoio dos prefeitos, não se sustenta mais”, disse ontem um deputado do PT, em contato com a coluna.

Indefinição nacional
Outro fator que pesa nessa fase pré-eleitoral é a indefinição do cenário nacional. “ACM Neto vai apoiar Ronaldo Caiado, do seu partido, ou vai apoiar o nome indicado por Bolsonaro?”, questionou o parlamentar do PT. “O discurso do ‘tanto faz’ não cola mais na Bahia”, completou ele, ao minimizar a queda na avaliação do presidente Lula, principal cabo eleitoral do estado.

A queda e a salvação
O petista aproveitou para enfatizar que os governos do PT terão dificuldades, mas conseguirão reverter a queda na avaliação do presidente Lula no estado. “São investimentos importantes, projetos liberados via PAC, que se somarão às ações bem desenvolvidas na área da comunicação”, disse o deputado do partido, ao afirmar que o ministro Sidônio Palmeira conseguirá estancar a sangria e ajudar na reconstrução da imagem do presidente Lula junto aos baianos. “Isso, apesar de sabermos que um marketing bem feito ajuda a embalar o produto, a construir narrativas. Mas, para isso, é preciso ter o que mostrar”.

Expectativa de vitória
A remota possibilidade de o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, não disputar o governo do estado em 2026 tem deixado aliados do seu grupo com o cabelo em pé. Muitos temem que uma eventual saída dele da disputa dificulte ainda mais a eleição de deputados estaduais e federais no próximo ano. “Estaremos trabalhando fortemente para que Neto seja o candidato do grupo, pois só a expectativa de vitória pode alimentar nosso desejo e nossas chances de nos viabilizarmos em nossas eleições”, disse um deputado da oposição ouvido pela coluna.

Loyola causa ciumeira
O secretário de Relações Institucionais do estado, Adolpho Loyola, tem causado a maior ciumeira na base do governo Jerônimo Rodrigues. O apetite voraz do titular da Serin de avançar sobre prefeitos da oposição tem gerado mal-estar e incomodado bastante os políticos do seu próprio grupo. Bem relacionado e discreto na articulação política, Loyola tem sido especulado para disputar uma vaga no Legislativo no próximo ano. Resta saber se ele irá pleitear uma vaga para estadual ou federal.

Puxadores de votos
Há quem diga, no próprio grupo político do PT, que Loyola será candidato a deputado federal, numa estratégia de atuar como puxador de votos, ao lado de Lucas Reis, chefe de gabinete do senador Jaques Wagner. Como o senador e o ministro Rui Costa deverão estar na chapa majoritária, há quem defenda que os novatos sejam alçados à condição de puxadores de votos para o PT, sobretudo diante do fim da federação com o PV e o PCdoB.

Tensão no PL
O deputado federal Capitão Alden tornou pública, esta semana, sua preocupação com os rumos do PL na Bahia, sobretudo com vistas às articulações para as eleições de 2026. Durante entrevista à Rádio Mix Salvador, o deputado criticou a falta de diálogo dentro do Partido Liberal e cobrou uma postura mais clara do presidente estadual da legenda, João Roma. Ele não poupou críticas à aproximação do dirigente partidário com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

Candidatura própria
Na Rádio Mix, Alden defendeu uma candidatura própria do PL ao Palácio de Ondina no próximo ano e criticou a aproximação entre João Roma e o vice-presidente nacional do União Brasil, que não foi debatida internamente na sigla. “É preciso haver uma convergência, é preciso haver reuniões, é preciso haver debate. Não se pode tomar decisões unilaterais. Então, embora ele tenha sinalizado essa aproximação com o ex-prefeito ACM Neto, possível candidato ao governo do Estado, ele não nos consultou e nem temos tido conversa sobre isso”, disparou.

Estratégia de Roma
O deputado também questionou a coerência da estratégia de Roma e disse que o PL na Bahia deve ter candidatura própria nas próximas eleições, como aconteceu em 2022, quando Roma disputou o governo estadual. A birra maior é pelo fato de ACM Neto ter evitado apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro na última eleição presidencial. “É estranho que você venha se aproximar de ACM Neto, quando o próprio já sinalizou que, no dia 4 de abril, haverá o lançamento da pré-campanha presidencial de Ronaldo Caiado”, disse.

De olho em 2026
E Alden continuou: “Como é que vai ficar essa fórmula aqui na Bahia? Vamos apoiar um governador [Caiado] que já declarou que não vai apoiar Bolsonaro para a campanha em 2026? Essa conta não fecha”, disparou Alden, ao reforçar a necessidade de o PL lançar candidaturas próprias e se fortalecer como legenda. “Já bastou aquela coisa de que o PL tem sido visto apenas como um primo rico, onde as pessoas querem se unir ao PL para ter tempo de TV e os espólios financeiros, mas não querem se comprometer com o que acreditamos. Isso não pode mais acontecer”, criticou.
A guerra com o PT
Segundo o deputado federal, fazer alianças apenas para derrotar o PT não é mais suficiente. “Vamos nos unir para tirar o PT e fortalecer outros partidos enquanto o PL fica para trás? Isso não pode acontecer. Precisamos fortalecer o PL, lançar candidatos próprios, ainda que não vençam, mas pensar na base e não em outros partidos. O PL precisa crescer por si só”, argumentou. Alden nega que a Bahia seja ‘de esquerda’.

Críticas ao governo estadual
Alden também criticou a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e destacou problemas como a violência e a dependência do Bolsa Família. “A Bahia é o segundo estado com mais pessoas no Bolsa Família do que com carteira assinada. Pasmem: um partido que diz proteger as mulheres, os negros, os jovens, os LGBTs é justamente onde essas populações mais sofrem. Somos o estado com o maior índice de homicídios por cinco anos consecutivos. O estado que mais registra violência contra mulheres e negros. Isso é um dado. A realidade está posta; só cai no golpe quem quer”, disparou o parlamentar do PL.
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