Alckmin diz que Brasil seguirá promovendo diálogo pela paz após morte do papa Francisco
Vice-presidente destacou que país pode contribuir com diálogo em guerras por não ter litígios e manter relações diplomáticas estáveis

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta segunda-feira (21) que o Brasil seguirá promovendo diálogos pela paz e pode colaborar com o fim de conflitos, como o da Faixa de Gaza. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil, ao comentar os esforços de figuras internacionais, como o Papa Francisco, que morreu nesta segunda.
Alckmin ressaltou que, por não manter litígios com outros países, o Brasil pode desempenhar um papel importante na mediação de crises. Segundo ele, o presidente Lula também é reconhecido internacionalmente por essa capacidade. O vice-presidente afirmou que o Brasil continuará tentando contribuir para o diálogo em situações de guerra, apesar da lentidão nos resultados.
“O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígio com ninguém, ele pode ajudar, ajudar nesse diálogo. É mais demorado infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo, vamos continuar nesse trabalho”, disse Alckmin.
Ainda durante a entrevista, Alckmin informou que conversará com o presidente Lula sobre a representação brasileira no funeral do Papa. Ele relembrou que foi decretado luto oficial de sete dias e destacou a relevância da figura do pontífice para diferentes comunidades.
“Para nós católicos, nosso líder, o Papa, sua santidade. Para toda a humanidade, a figura maravilhosa da paz, da concórdia, do diálogo entre as religiões, da inclusão, do respeito, é uma vida de exemplos que fica para todos nós. E o Brasil tinha um enorme carinho com o Papa”, afirmou o vice-presidente.
O ministro também comentou a visita do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Vaticano, realizada no ano passado, no contexto da discussão sobre tributação de super-ricos, como forma de viabilizar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Segundo Alckmin, é essencial que o país desenvolva políticas públicas voltadas à população mais vulnerável, com base em valores como compaixão e solidariedade.
“E levar essa verdadeira mensagem de fraternidade, de diálogo, não de prepotência, de força, mas do diálogo e da compaixão”, afirmou.
“Amar ao próximo não é discurso. Amar ao próximo são atitudes, são propostas, são ações, que a fé sem obras é morta”, reforçou.
Alckmin critica guerra tarifária e reforça papel do diálogo internacional
Durante participação no podcast Direto de Brasília, no início do mês de abril, Geraldo Alckmin afirmou que “ninguém ganha com a guerra tarifária entre os países”, ao falar a respeito das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele pontuou que, embora o Brasil tenha sido um dos menos afetados, com reajuste de 10%, as ações não contribuíram para o fortalecimento do comércio internacional.
O vice-presidente elogiou a atuação conjunta entre Congresso e Executivo para aprovar um projeto que estabelece diretrizes jurídicas sobre o tema. Ele defendeu o uso do diálogo e da negociação como caminho preferencial do governo e afirmou que reuniões com representantes norte-americanos estão sendo organizadas.
Questionado sobre a percepção de que o Congresso teria se antecipado ao Executivo, Alckmin negou desarticulação e disse que as ações foram coordenadas. Segundo ele, o Senado já elaborava uma proposta desde que a União Europeia cogitou restrições ao agronegócio brasileiro, e o projeto foi finalizado após o anúncio feito por Trump.
“Temos 4 mil empresas americanas no Brasil, então é uma parceria importante que existe entre os dois países”, afirmou o vice-presidente, ao defender o fortalecimento da relação bilateral. “Queremos ampliar isso e aperfeiçoar essa relação, superando as dificuldades”, completou.
Durante a entrevista, Alckmin também comentou aspectos pessoais e políticos, mencionando o ex-vice-presidente Marco Maciel, o ex-governador Mário Covas e figuras do PSB, como Eduardo e João Campos.
O vice-presidente abordou temas econômicos, como a reforma tributária, a inflação e o impacto do dólar na cesta básica. Também opinou sobre o cenário político para 2026, dizendo considerar natural uma possível candidatura à reeleição do presidente Lula, e comentou a importância da democracia frente a regimes autoritários.
“A democracia é o povo que decide. As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão, mas não dão o pão que prometeram nem devolvem a liberdade que tomaram“, afirmou Alckmin.
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