Trump isenta celulares e computadores de tarifa de 145% sobre produtos chineses
Medida alivia impacto para consumidores e beneficia grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu excluir smartphones, laptops e outros equipamentos eletrônicos das chamadas “tarifas recíprocas” anunciadas no início do mês. A decisão foi divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA na noite de sexta-feira (11), e representa um recuo parcial na política tarifária mais agressiva adotada contra a China.
Com isso, produtos como o iPhone, fabricado majoritariamente em território chinês, ficarão isentos da tarifa de 145% aplicada a mercadorias oriundas da China, e também da alíquota de 10% imposta à maioria dos demais países. A medida oferece alívio tanto para consumidores americanos quanto para grandes companhias do setor de tecnologia, especialmente em um momento de tensão comercial crescente entre Washington e Pequim.
Produtos de tecnologia ficam de fora das tarifas
A nova diretriz da alfândega norte-americana isenta um total de 20 categorias de produtos eletrônicos. Além de smartphones e laptops, a lista inclui semicondutores, chips de memória, monitores de tela plana e outros componentes críticos para a indústria tecnológica.
Segundo análise publicada pela Bloomberg, muitos desses itens não são produzidos em larga escala nos Estados Unidos e demandariam anos de investimento para que uma cadeia produtiva equivalente fosse estruturada dentro do país. Por isso, a decisão de excluir esses bens é vista como uma medida prática para evitar desabastecimento ou elevação repentina de preços.
Apesar da exclusão atual, a agência alerta que a suspensão das tarifas pode ser temporária. Ainda não está descartada a possibilidade de que novas alíquotas sejam impostas futuramente, caso as negociações entre os países não avancem.
Alívio para consumidores e gigantes da tecnologia
A exclusão dos eletrônicos das tarifas representa um respiro importante para o mercado e para o bolso dos consumidores americanos. Segundo dados do US Census Bureau divulgados pela Reuters, os smartphones lideraram as importações da China pelos Estados Unidos em 2024, somando US$ 41,7 bilhões. Os laptops apareceram em segundo lugar, com US$ 33,1 bilhões.
Analistas da Wedbush avaliaram a medida como “a melhor notícia possível para investidores em tecnologia”, segundo informou a CNN. A decisão pode evitar aumentos de preços em dispositivos muito consumidos pela população, ao mesmo tempo que protege margens de lucro de empresas como Apple, Dell e outras gigantes do setor.
Apple e a busca por alternativas à China
A Apple, que vende mais de 220 milhões de iPhones por ano globalmente, tem buscado diversificar sua produção nos últimos anos. Atualmente, cerca de 20% das importações de iPhones para os EUA já vêm da Índia, segundo estimativas da consultoria Counterpoint Research. No entanto, a China ainda é o principal polo de fabricação da empresa.
Com o anúncio das tarifas elevadas, analistas previam aumento no preço dos iPhones nos Estados Unidos. Para evitar esse impacto, a Apple acelerou embarques vindos da Índia e utilizou aviões cargueiros para transportar cerca de 1,5 milhão de unidades, o equivalente a 600 toneladas, segundo informações da Reuters. A importação de produtos indianos é tarifada em 26% — bem abaixo dos 145% aplicados à China.
EUA oficializam tarifa de 104% sobre importações chinesas após retaliações de Pequim
Os Estados Unidos confirmaram que irão aplicar uma tarifa de 104% sobre produtos da China a partir da meia-noite desta quarta-feira (9). A medida, anunciada pela Casa Branca, é uma resposta direta às ações retaliatórias do governo chinês, que aumentou suas próprias taxações em 34% sobre mercadorias norte-americanas e restringiu exportações estratégicas. Segundo a secretária de imprensa Karoline Leavitt, a decisão visa proteger trabalhadores dos EUA e manter a firmeza diante das sanções impostas por Pequim. O presidente Donald Trump condicionou a retirada da nova tarifa ao recuo imediato das medidas chinesas, o que não ocorreu, consolidando mais uma rodada da escalada comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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