Papa Francisco saúda fiéis no Vaticano após 38 dias hospitalizado
Após internação, Papa Francisco surge em público no Jubileu dos Enfermos

O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública após um período de 38 dias internado devido a uma grave pneumonia. A reaparição ocorreu neste domingo, 6, durante a missa do Jubileu dos Enfermos, celebrada na Praça São Pedro, no Vaticano, com a presença de cerca de 20 mil fiéis.
No final da celebração, o pontífice surgiu de forma inesperada, sentado em uma cadeira de rodas e com o auxílio de uma cânula nasal, acenando brevemente para os peregrinos. A missa foi presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, que explicou que Francisco acompanhou a celebração pela televisão.
Durante a cerimônia, Fisichella leu a homilia escrita pelo Papa, na qual ele compartilhou reflexões sobre o sofrimento e a dependência provocados pela enfermidade. Na mensagem, o pontífice destacou que, durante a doença, a presença divina se manifesta de forma particular.
Em suas palavras, Francisco afirmou que “na doença, Deus não nos deixa sozinhos” e que, ao nos entregarmos a Ele, mesmo em momentos de fraqueza, é possível experimentar a consolação de sua presença. O papa também dividiu com os fiéis aspectos da própria experiência durante a internação.
Em outro trecho, ele afirmou: “Convosco, queridos irmãos e irmãs doentes, neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio”.
Francisco ainda reforçou que esse momento representa uma aprendizagem contínua sobre o amor e a aceitação, mesmo diante da limitação física. “Nem sempre é fácil, mas é uma escola na qual aprendemos todos os dias a amar e a deixarmo-nos amar, sem exigir nem recusar”, escreveu.
Ao fim da missa, foi lida uma mensagem na qual o pontífice agradeceu “do fundo do coração as orações dirigidas a Deus pela sua saúde”.
Recuperação avança, mas presença nas celebrações permanece incerta
Após receber alta hospitalar no dia 23 de março, o Papa Francisco segue em processo de recuperação na Casa Santa Marta, residência oficial dentro do Vaticano. Embora o quadro geral seja considerado estável, a oxigenação de alto fluxo continua sendo necessária, especialmente durante a noite, e a fisioterapia respiratória segue como parte do tratamento.
De acordo com o último boletim divulgado pela Santa Sé, os exames de sangue do pontífice apresentam níveis normais e uma radiografia de tórax recente apontou melhora na função pulmonar. Mesmo com limitações físicas, Francisco tem realizado missas matinais internas e mantém compromissos na própria residência.
No entanto, a possibilidade de sua presença nas cerimônias da Semana Santa, incluindo a celebração da Páscoa, ainda não está confirmada. A decisão depende de novas avaliações clínicas. Uma reunião interna foi agendada para sexta-feira (4) com o objetivo de discutir a possível aparição do papa no Angelus dominical.
Especialistas avaliam que a ausência física do pontífice marca uma mudança significativa em sua forma de conduzir o pontificado. O sacerdote e professor de história religiosa Roberto Regoli observou que a comunicação de Francisco sempre foi marcada por gestos espontâneos e proximidade com os fiéis. Segundo ele, “agora já não temos a imagem do pontífice, e sim a palavra escrita”.
Jubileu e Páscoa desafiam o Vaticano diante da reclusão papal
O ano de 2025 será marcado pelo Jubileu da Igreja Católica, um dos eventos mais relevantes do calendário litúrgico, que tradicionalmente conta com a presença ativa do papa. A atual condição de saúde de Francisco levanta incertezas sobre sua capacidade de participar dos ritos religiosos, especialmente no período da Páscoa, considerado o mais importante do cristianismo.
A Santa Sé evita confirmar agendas futuras do pontífice antes de obter segurança quanto à sua recuperação. Enquanto isso, ganham força na imprensa e nas redes sociais debates sobre a possibilidade de renúncia, hipótese que o próprio Papa Francisco já mencionou anteriormente, caso sua saúde o impeça de exercer plenamente o governo da Igreja.
No cenário atual, o Vaticano segue acompanhando de perto a evolução clínica do papa. A única certeza, por ora, é a de que qualquer definição sobre sua presença em eventos públicos dependerá do progresso contínuo em sua recuperação médica.
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