Justiça confirma impeachment de presidente após acusação de golpe na Coreia do Sul
Tribunal Constitucional confirma afastamento definitivo de Yoon Suk-yeol; novas eleições devem ocorrer em 2 meses

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul oficializou, nesta sexta-feira (4), a remoção definitiva do presidente Yoon Suk-yeol do cargo. Acusado de tentar um golpe de Estado, ele já estava afastado desde 14 de dezembro, quando seu impeachment foi aprovado pela Assembleia Nacional.
A decisão judicial foi unânime, com oito votos a favor da destituição. Com isso, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume interinamente a presidência até a realização de novas eleições, previstas para ocorrer dentro de 2 meses.
Crise política e acusação de insurreição
Yoon Suk-yeol passou dois meses detido sob a acusação de insurreição, até que um tribunal cancelou seu pedido de prisão no mês passado. Em dezembro, o então presidente decretou lei marcial e ordenou o fechamento do Parlamento, que foi cercado por militares.
O líder do Partido Democrático, Lee Jae-myung, surge como favorito nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais que ocorrerão em breve.
Indiciamento por rebelião
Yoon também enfrenta um processo criminal. Em janeiro, promotores sul-coreanos o indiciaram por rebelião devido ao decreto de lei marcial assinado em 3 de dezembro. A acusação foi confirmada pelo Escritório Central de Promotores do Distrito de Seul e pode levar a penas severas.
Defesa de Yoon e tensões políticas
O ex-presidente sustenta que sua decisão de decretar lei marcial foi um ato necessário para combater o que ele chamou de ameaças à segurança nacional. Em declaração oficial, Yoon alegou que a Assembleia Nacional, dominada pela oposição liberal, estava impedindo sua agenda política e comprometendo a estabilidade do país.
Declarações polêmicas e impacto nas manifestações
Durante o período de vigência da lei marcial, Yoon fez declarações inflamadas ao classificar o Parlamento como “um antro de criminosos”. Ele também prometeu eliminar os chamados “seguidores desavergonhados da Coreia do Norte e forças antiestatais”. Suas palavras aumentaram a polarização e levaram milhares de sul-coreanos às ruas em protesto.
O cerco à residência oficial de Yoon
Em meio à crise, um mandado de prisão contra o ex-presidente foi expedido em 2 de janeiro. Cerca de 2.800 policiais participaram da operação para efetuar sua prisão, mas enfrentaram resistência do Serviço de Segurança Presidencial. As leis sul-coreanas que protegem locais estratégicos, como a residência oficial, criaram um impasse, dificultando a detenção.
Reação da oposição e do ex-presidente
Em carta enviada a seus apoiadores, Yoon afirmou que “lutará até o fim” para reverter sua destituição e “proteger o país”. Em resposta, a liderança do Partido Democrático condenou suas declarações, afirmando que ele está incitando os apoiadores a um “confronto extremo”.
O que esperar nos próximos meses?
Com a destituição confirmada, a Coreia do Sul entra em um período de transição política. As novas eleições presidenciais serão decisivas para definir os rumos do país após uma das crises institucionais mais graves de sua história recente. A oposição, que lidera as pesquisas, busca consolidar uma nova era política, enquanto os apoiadores de Yoon seguem mobilizados.
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