João Roma confirma processo de expulsão contra deputados baianos do PL
Presidente do PL Bahia disse ainda que Bruno Reis não deve cargo ao partido devido o apoio à reeleição
O Partido Liberal (PL) na Bahia vive um momento de tensão interna com a possível saída de deputados e o risco de expulsões por infidelidade partidária. Nesta segunda-feira (25), o presidente estadual da sigla, João Roma, confirmou a abertura de um processo disciplinar contra os deputados Diego Castro, Vitor Azevedo, Raimundinho da JR e a ex-candidata ao Senado, Raissa Soares.
A reestruturação do PL e a divergência ideológica entre seus membros são os principais pontos do debate. Roma disse que Vitor Azevedo e Raimundinho da JR já demonstraram interesse em deixar o partido, principalmente por estarem alinhados ao governo Jerônimo Rodrigues (PT), o que vai de encontro à postura do PL.
“Os dois já manifestaram o desejo de sair do partido, agora é muito mais um dilema jurídico no quesito de dar proteção ao mandato de cada um deles. Eles naturalmente foram notificados pelo partido e vão fazer a devida resposta sobre isso e vamos tratar, uma vez que, dentro do ponto de vista político, já temos uma certa harmonização em relação a isso, com a manifestação dos dois em já querer disputar a próxima eleição em outro partido”, disse ele em entrevista à rádio A Tarde FM.
Diego Castro e Raissa Soares podem enfrentar expulsão por descumprimento de normas internas do PL. Segundo Roma, ambos foram notificados após apoiarem candidatos de outros partidos, atitude que contraria as diretrizes partidárias.
“É uma normativa interna de onde candidatos do partido, ou dirigentes, não podem pedir voto para outros candidatos, o que justamente motivou o comandante Rangel a notificar os dois”, afirmou o presidente do PL.
O caso de Barreiras foi citado como exemplo do comportamento que gerou incômodo no partido. “Em Barreiras nós tínhamos uma chapa própria com o candidato Otoniel [Nascimento] do União Brasil em coligação com o PL que apresentou o vice, Túlio [Machado], e tanto Diego quanto Raissa foram para Barreiras fazer voto, publicaram vídeo, mas pedindo apoio em um candidato, para outro partido. Então isso, naturalmente, gera um incômodo e a indisciplina partidária”, detalhou Roma.
Além disso, Alexandre Moreira, candidato a vereador de Salvador, também enfrenta questionamentos no partido por conta de supostas irregularidades envolvendo a contratação de uma empresa associada à sua mãe, que teria feito críticas públicas a Jair Bolsonaro.
“Ainda recai uma questão da mensagem de Eduardo Bolsonaro, que fez a reclamação em especial ao candidato a vereador Alexandre Moreira, que teria recebido recurso do partido e contratado uma empresa que sua mãe, que era do estatuto social dessa empresa e comentarista de uma webrádio, tecendo fortes ataques a Jair Bolsonaro, então fica de fato uma coisa muito dúbia”, explicou Roma.
O ex-ministro enfatizou a necessidade de reorganizar o partido para alinhar seus interesses e princípios. “Estamos buscando fazer o alinhamento do PL, na nossa estrutura programática e lembrar, especialmente aquele que tem mandato no partido, respeitando cada um no exercício dos seus mandatos, a estrutura do nosso partido”, explicou.
Cargos em Salvador?
Roma negou ainda que tenha cobrado alguma secretaria na prefeitura de Salvador em troca do apoio dado na campanha pela reeleição de Bruno Reis (União Brasil). Ele contou que ainda não se reuniu com o gestor municipal, o que deve ocorrer em breve. O ex-ministro frisou que o prefeito não está devendo cargos, mas caso queira, o espaço está aberto.
“Minha relação com ele é muito pragmática, pela minha posição antagônica ao PT. Não ficou estabelecido na mesa espaço de estrutura. Teve até notícia que o PL queria a secretaria de Sáude, mas não tratei desse tema com o prefeito. O prefeito não nos deve, mas naturalmente se tiver quadros que lhe interesse e ele queira fazer o aproveitamento, não há vetos de pessoas participarem do governo dele”, afirmou Roma.
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