Pressão no Congresso: seis partidos cobram regras urgentes para redes sociais com foco na proteção de crianças
Governo quer retomar projeto de lei que responsabiliza plataformas

Pelo menos seis dos 20 partidos com representação na Câmara dos Deputados tratam como prioridade a regulamentação das redes sociais, segundo levantamento da GloboNews. O tema voltou ao centro do debate após casos recentes envolvendo a exposição de crianças a conteúdos perigosos em plataformas digitais. As informações são do G1.
Os partidos que se manifestam favoráveis à regulamentação são o PT (67 deputados), União Brasil (59), PDT (17), PSB (15), PSOL (13) e Rede (1). Juntas, essas legendas representam 172 parlamentares do total de 513 deputados federais.
Foco está na segurança de crianças e adolescentes
O deputado Pedro Campos (PSB-PE) reforçou que a discussão precisa avançar, mesmo diante de divergências internas no parlamento. Para ele, o foco deve estar na segurança de menores em ambientes digitais.
“No Congresso, essa pauta encontra resistência e, por isso, uma proposta deveria priorizar o debate em torno da segurança de crianças e adolescentes em ambientes online”, afirmou o líder do PSB.
As siglas favoráveis defendem a criação de um marco legal que responsabilize as plataformas por conteúdos nocivos e que aumente a proteção dos usuários.
PL e Novo se posicionam contra regulamentação
Os partidos PL (92 deputados) e Novo (4) são contrários a qualquer forma de regulação das redes sociais. Para os líderes dessas bancadas, a regulamentação pode afetar o direito à livre manifestação.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) argumentam que a medida representa riscos à liberdade de expressão. Já o deputado Fred Costa (PRD-MG) também afirmou que, para ele, a regulamentação não é uma prioridade legislativa.
Posicionamentos intermediários e indefinidos
Algumas legendas mantêm posição intermediária, como os partidos Republicanos (45 deputados) e Podemos (15), que defendem a ampliação do debate antes de qualquer definição legislativa.
Até a última atualização desta reportagem, os líderes de PSD (44), MDB (44) e Avante (8) não haviam se manifestado sobre o tema.
Governo pretende retomar discussão no Congresso
O governo federal tenta retomar a discussão da regulação das redes sociais com foco na proteção de crianças e adolescentes. O principal instrumento legislativo nesse sentido é o Projeto de Lei das Fake News, também conhecido como Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
O projeto busca estabelecer normas e mecanismos de transparência para redes sociais e aplicativos de mensagens, garantindo segurança digital sem comprometer a liberdade de expressão e pensamento.
PL das Fake News: cronologia da tramitação
O projeto foi aprovado no Senado Federal em junho de 2020, mas está parado na Câmara dos Deputados desde então. Veja os principais marcos da tramitação:
Linha do tempo do PL das Fake News
- Maio de 2020: Apresentação do projeto no Senado
- Junho de 2020: Aprovado no Senado
- Julho de 2020: Projeto recebido pela Câmara
- Dezembro de 2021: Grupo de Trabalho da Câmara aprova texto
- Junho de 2022: Rejeição do requerimento de urgência
- Abril de 2023: Aprovado novo requerimento de urgência
- Abril de 2023: Relator apresenta parecer preliminar
- Maio de 2023: Projeto retirado de pauta
- Abril de 2024: Criação de novo Grupo de Trabalho para reformulação do PL
Entenda o que está em jogo
A discussão sobre a regulação das redes sociais envolve temas como desinformação, proteção de menores, responsabilidade das plataformas e liberdade de expressão. O debate legislativo tem sido marcado por divergências ideológicas e pela pressão de empresas de tecnologia, conhecidas como big techs.
Enquanto parte da Câmara articula avanços em propostas regulatórias, outros grupos insistem na necessidade de preservar a liberdade individual e temem censura ou interferência excessiva do Estado.
A expectativa do governo é que a proteção de crianças e adolescentes ganhe centralidade nas negociações, o que pode facilitar acordos em torno de um texto que avance na Câmara nos próximos meses.
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