João Roma dispara contra Jerônimo e diz que Bahia está ‘sufocada pelo governo do PT’ há 20 anos
Declaração ocorreu nesta segunda-feira, no programa De Olho na Bahia

Durante entrevista concedida nesta segunda-feira (7) à Rádio Mix Salvador (104.3 FM), no programa De Olho na Bahia – comando pelos jornalista Matheus Morais e Osvaldo Lyra -, o presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou duramente a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e afirmou que a Bahia está “sufocada pelo governo do PT” há 20 anos. Segundo o ex-ministro, o atual governo baiano mantém o Estado refém de um modelo político ultrapassado, baseado em altos impostos, baixa eficiência administrativa e ausência de investimentos que promovam crescimento e oportunidades.
“O que a gente vê na Bahia hoje é um solo fértil para o crime organizado, um Estado travado e uma população que tem sido feita de refém”, afirmou o dirigente partidário.
Atrasos no desenvolvimento
De acordo com João Roma, os 20 anos de gestões do PT no Estado não trouxeram melhorias efetivas para os baianos. Segundo ele, o que se observa atualmente é uma Bahia com grande potencial humano e econômico, mas impedida de avançar por conta da má administração.
“A Bahia tem tantas potencialidades, começando por um povo maravilhoso, que se destaca para onde vai. Mas por que o baiano não pode brilhar aqui? Porque não tem oportunidade. Aqui só se fala em aumentar imposto e isso afasta investimentos, emprego e desenvolvimento”, declarou Roma.
Para ele, a agenda econômica do atual governo estadual tem prejudicado diretamente a população mais vulnerável, com impactos no dia-a-dia. “Quanto mais se cobra imposto, menos se atrai investimento. Isso é menos emprego, menos renda, menos dignidade para o nosso povo.”
Insegurança, saúde e educação são alvos de críticas
Outro ponto de crítica recorrente de João Roma ao governo Jerônimo Rodrigues é a área da segurança pública. Ele afirma que o Estado tem falhado no combate à criminalidade e permitido a expansão do crime organizado em áreas carentes e zonas rurais.
“O que acontece na Bahia é uma ausência do Estado. As invasões de terra mostram isso. Onde deveria estar o governo, está o crime organizado, manipulando pessoas em situação de fragilidade para enganar a justiça e a polícia. Isso é grave e não pode ser admitido.”
Roma também falou sobre a ineficiência em outros setores, como a saúde e a educação. “As coisas aqui não vão bem. A saúde pública é um caos, a educação está estagnada e o Estado parece alheio às necessidades básicas da população.”
‘Política do toma lá, dá cá’
João Roma acusou o governo do PT de praticar uma política baseada na troca de favores com prefeitos e lideranças locais, principalmente no interior da Bahia. Segundo ele, a articulação política de Jerônimo Rodrigues tem sido voltada para “sufocar” adversários e cooptar apoios.
“Você vê um governo que busca justamente sufocar qualquer gestor para dar algumas migalhas depois. Isso é a velha política, o velho ‘toma lá, dá cá’. A função do prefeito é lutar por seu povo, mas o que vemos é um Estado que não trata a coisa pública com espírito republicano”, criticou.
Roma relembrou sua atuação como ministro de Bolsonaro para contrastar os modelos de gestão. “Enquanto fui ministro, recebi prefeitos de todos os partidos. Tratávamos dos interesses do Brasil e não de quem era aliado ou adversário. Quando ocorreram as fortes chuvas na Bahia, todos os municípios que se cadastraram receberam recursos, sem distinção partidária.”
União da oposição
O presidente do PL na Bahia defendeu ainda que a oposição estadual deve deixar as diferenças de lado para construir um projeto unificado e competitivo contra o PT em 2026. Para ele, o atual momento exige compromisso com a população e não com ambições pessoais.
“Nós precisamos unir forças para fazer uma mudança de página na Bahia”, pontuou Roma.
“O Brasil vai caminhar e a Bahia precisa caminhar junto. Não é possível que tenhamos aqui um norte completamente distinto do que está acontecendo no resto do país”, completou.
Segundo Roma, a insatisfação popular já está em evidência e tende a crescer com o avanço da informação. “O povo está atento. O cidadão mais simples está com o celular na mão, vendo as notícias, percebendo que seu filho tem que ir para São Paulo porque aqui não tem oportunidade. E quando ele volta, traz histórias de progresso. O povo quer isso aqui também.”
Por fim, o dirigente partidário afirmou que o crescimento da insatisfação popular com a atual gestão petista será o principal motor de mudança no estado. “A população está enxergando tudo isso com muita revolta no coração. A Bahia está adormecida, sufocada por esse governo do PT e a hora de mudar está chegando.”
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