Economista-chefe da Fiesp critica juros altos e defende política industrial em Congresso dos Fazendários
Em sua apresentação, Rocha abordou o tema ‘O Papel do Estado para o Desenvolvimento do País’
Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi o principal palestrante na abertura do 3º Congresso Estadual dos Fazendários. O evento, promovido pelo Sindicato dos Fazendários da Bahia (Sindsefaz), ocorre de 18 a 20 de setembro no Hotel Deville, em Salvador.
Em sua apresentação, Rocha abordou o tema “O Papel do Estado para o Desenvolvimento do País”, destacando desafios e perspectivas da economia brasileira.
Rocha fez duras críticas ao aumento da taxa de juros no Brasil, uma decisão anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central no exato momento de sua fala, na quarta-feira (18). A elevação de 0,25% da Selic, levando-a a 10,75% ao ano, foi apontada por ele como desnecessária.
Segundo o economista, “não há uma inflação fora de controle no país que justifique tal medida”. Ele destacou que, em comparação com outros países da América do Sul, o Brasil apresenta uma situação econômica mais estável, mas com taxas de juros muito superiores.
Ele também alertou para a formação de um consenso entre economistas, que defende a manutenção dos juros elevados, mas que, na sua visão, não corresponde à realidade do Brasil. Rocha argumentou que “a política de juros altos impede a implementação de medidas eficazes para o desenvolvimento industrial do país”.
Outro ponto levantado por Rocha foi o processo de desindustrialização pelo qual o Brasil passou, considerado um dos mais graves do mundo por diversos especialistas. No entanto, ele mencionou que há políticas governamentais em curso que visam reverter esse cenário, como os financiamentos do BNDES, especialmente por meio do plano MAIS PRODUÇÃO, que disponibilizou R$ 250 bilhões para impulsionar o setor industrial.
Rocha reforçou a importância de fortalecer o crescimento industrial para diversificar a economia brasileira, que atualmente tem seu crescimento impulsionado pelo aquecido mercado doméstico. Ele alertou que, embora positivo, “depender exclusivamente desse fator pode gerar fragilidades econômicas”.
Apesar das críticas, Rocha apresentou dados que indicam um cenário de recuperação. Ele destacou a taxa de desemprego, que caiu para 6,8%, semelhante ao índice de janeiro de 2014. Além disso, ressaltou o aumento no número de empregos formais e no crescimento da massa salarial.
O economista também apresentou gráficos que demonstram o avanço da produção industrial, com destaque para a fabricação de bens de capital, como caminhões, e itens de linha branca, como geladeiras e fogões. Ele ainda mencionou que a liberação de R$ 131 bilhões em precatórios no final de 2023 e início de 2024 deve contribuir para o aumento do PIB em pelo menos 3% neste ano.
O 3º Congresso Estadual dos Fazendários segue nesta quinta-feira (19) com dois painéis na parte da manhã, um sobre a construção do sindicato do futuro e outro sobre a Reforma Tributária. Durante a tarde, haverá discussões sobre trabalho remoto e a Lei Orgânica da Administração Tributária (LOAT). À noite, o evento será encerrado com um Sarau Literário e o lançamento do livro “Zanetti: o Guardião do Óleo da Lamparina”, do professor e jornalista Emiliano José.
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