A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais, na noite deste domingo (20), para convocar apoiadores e líderes religiosos a participarem de um jejum coletivo e orações pela saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A iniciativa espiritual deve durar sete dias, com início na madrugada desta segunda-feira (21) e término à meia-noite da próxima segunda (28). O ex-presidente segue internado no Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter a uma nova cirurgia abdominal.

“Queridos irmãos, jejum e oração pela restauração plena da saúde do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Convoquem seus líderes, familiares e amigos”, escreveu Michelle na publicação.

A motivação do clamor nacional tem como pano de fundo o estado de saúde de Bolsonaro, que ainda se recupera da sétima cirurgia relacionada ao atentado sofrido em 2018, quando foi atingido por uma facada durante a campanha presidencial.

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A operação mais recente foi realizada para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal, complicações consideradas como sequela direta do episódio de violência. A intervenção foi classificada pela equipe médica como complexa, com duração de 12 horas.

Desde então, Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em regime de jejum oral e recebendo nutrição parenteral.

Boletim médico aponta evolução positiva do ex-presidente

Apesar da gravidade da cirurgia, o boletim médico divulgado pelo hospital, neste domingo (20), aponta que Bolsonaro apresenta sinais positivos de recuperação. De acordo com os médicos, o ex-presidente responde bem ao tratamento pós-operatório, apresenta pressão arterial estável e continua sob cuidados intensivos.

Além da nutrição parenteral, Bolsonaro é submetido diariamente a sessões de fisioterapia motora. A equipe médica avalia que o quadro exige monitoramento contínuo devido à complexidade do procedimento, mas reforça que o paciente tem demonstrado boa resposta à abordagem adotada até o momento.

Essa foi a sétima cirurgia desde o suposto atentado de 2018, que é apontado como responsável por impactar significativamente a saúde do ex-presidente. As intervenções anteriores trataram complicações como hérnias, obstruções e infecções intestinais. A nova operação também buscou corrigir danos estruturais causados por intervenções anteriores.

Recuperação estável e sem complicações

De acordo com os médicos, a recuperação de Bolsonaro tem ocorrido dentro do esperado. Nos primeiros dias após a cirurgia, ele permaneceu sob observação constante, com alimentação restrita e acompanhamento médico intensivo. O ex-presidente ainda não retomou a alimentação oral, sendo alimentado por via venosa.

Na terça-feira (15), o hospital informou que o quadro geral de Bolsonaro apresentava melhora e que exames mostraram o funcionamento regular do intestino. Esse foi um sinal positivo, que indicou que o organismo estava reagindo bem à intervenção.

Movimentação e cuidados contínuos

Já na quarta-feira (16), Bolsonaro começou a caminhar pelos corredores do hospital com a ajuda de profissionais. A equipe médica destacou a importância dessas movimentações para evitar complicações futuras. O ex-presidente tem se mostrado receptivo aos cuidados e, em vídeos compartilhados nas redes sociais, aparece andando lentamente, acompanhado de sua esposa Michelle Bolsonaro.

Na quinta-feira (17), a equipe médica retirou parte dos curativos e constatou que a cicatrização estava ocorrendo de maneira satisfatória. Além disso, não houve sinais de febre ou infecção, o que foi considerado um bom indicativo de que o corpo estava respondendo positivamente à cirurgia.