Vixe! Sidônio chega ao Ministério das Comunicações com missão de ‘salvar’ governo Lula. A indefinição de Jerônimo e Bruno deixa aliados ‘na expectativa’ por reforma
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Sidônio no Planalto
Responsável pela campanha vitoriosa do presidente Lula em 2022 e por vitórias do PT na Bahia, o publicitário Sidônio Palmeira confirmou, nesta terça-feira, que assumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Durante a declaração, dada ao lado de seu antecessor, Paulo Pimenta, no Palácio do Planalto, Sidônio afirmou que a principal meta será avançar na parte digital da comunicação do governo e que sua gestão será de continuidade das ações que vinham sendo desenvolvidas, mas que, na prática, não estavam surtindo o efeito esperado. “É um segundo tempo que estamos começando, não o primeiro tempo”, enfatizou.

Desafio de reverter queda
Segundo Sidônio, que vem da iniciativa privada e nunca teve experiência formal como servidor num governo, o desafio será liderar a comunicação e reverter a queda na popularidade do presidente Lula, que decidiu trocar o comando, por entender que a pasta não tem sido capaz de traduzir, da forma correta, as conquistas do seu governo, como as grandes obras e os programas sociais. É preciso estancar a sangria e atuar para melhorar a avaliação petista, que tem sido duramente criticada dentro e fora da bolha do partido. Até porque, a permanência do PT no Palácio do Planalto depende diretamente dessa virada de chave na relação com a população.

Trabalho já iniciado
As críticas públicas do presidente Lula ao ministro das Comunicações anterior ganharam ainda mais força quando Sidônio, em dezembro, levou para o Planalto nomes que farão parte de sua equipe, como Thiago César, que será seu secretário-executivo, e Paulo Brito, que ocupará o cargo de chefe de gabinete. O detalhe é que Sidônio já vinha atuando nos bastidores em Brasília, ajudando a moldar a narrativa governamental com um tom mais conciliador em relação ao mercado financeiro e destacando a unidade entre os ministérios.
A pedido de Lula
Inclusive, nesta última terça-feira, o próprio ministro Paulo Pimenta anunciou que deixará o cargo a pedido do presidente Lula. Ele ocupava o posto desde o início do governo, em janeiro de 2023. “O presidente tem uma leitura muito precisa de que nós tivemos uma primeira fase do governo, que foi uma fase de reconstrução, uma fase de reposicionamento dos programas, das ações do governo. E, a partir de 2025, vamos entrar em uma fase nova, que é aquilo que a gente chama do período da colheita, dos resultados”, afirmou o até então ministro, ao admitir que Lula quer um profissional que tenha experiência, talento, criatividade e, mais que isso, tenha capacidade de coordenar a comunicação do Estado.
Conta dividida
Político respeitado dentro e fora do PSB, o ex-deputado Domingos Leonelli fez uma avaliação, nesta terça, sobre a ascensão do publicitário Sidônio Palmeira ao Ministério das Comunicações. De acordo com ele, Sidônio “é, sem dúvida, um publicitário bem sucedido, com uma longa trajetória de sucessos no marketing político”. No entanto, não será o único responsável pela guinada que o governo Lula precisa dar.

Falta projeto nacional
Em contato com a coluna Vixe, Leonelli disse estar convencido de que o principal problema do governo Lula 3 não é apenas de comunicação. “O principal problema é a ausência de um projeto de desenvolvimento nacional adequado com a segunda década do século 21”, disse ele, ao afirmar que Lula até agora gastou o estoque do passado e acrescentou apenas alguns programas novos, como o “pé de meia”, no mesmo diapasão do passado.

Visão estratégica
No entanto, Leonelli disse que “a única coisa realmente nova e estruturante, próxima de um projeto nacional de desenvolvimento, é a nova indústria brasileira, que não me parece ter sido compreendida e valorizada pelo próprio governo. Claro que a comunicação pode ser melhorada e será. Tomara que possa contribuir também para melhorar a visão estratégica da gestão”, enfatizou.

Indefinição na Bahia
E por falar em problemas com a comunicação, quem também precisa se posicionar e definir quem será seu secretário de Comunicação é o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Desde a saída do secretário André Curvello, que comandou a pasta nos últimos 10 anos e era bem avaliado dentro e fora do governo, Jerônimo tem patinado na escolha do nome que tocará a política de comunicação da sua gestão.

Suedde ou Ferraro?
Como André passa a comandar agora a comunicação da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Jerônimo terá que bater o martelo se vai efetivar o secretário interino Luciano Suedde ou se levará para o posto outro profissional do mercado, como o experiente jornalista André Ferraro. Até porque, uma vez definido o sucessor da Secom, o titular terá que tomar “decisões claras” para azeitar a forma como o governo envelopa suas ações e dialoga com a população. A conferir.

Em compasso de espera
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), está embarcando para o Benin e deixando uma legião de aliados “a ver navios”. Explico: havia uma expectativa enorme pela mudança do secretariado municipal. No entanto, o prefeito preferiu deixar para seu retorno o anúncio dos nomes que seguirão na gestão da capital. Antes da viagem oficial à África, Bruno deu posse apenas à nova secretária de Reparação, Isaura Genoveva, que substitui Ivete Sacramento após 12 anos na Semur, e o acompanha na missão internacional. É muita informação!

Trajetória de militância
Isaura Genoveva tem uma trajetória de militância voltada para a luta contra o racismo, a intolerância religiosa e a homofobia em Salvador. “A professora Ivete fez um grande trabalho, a quem eu quero agradecer por esses 12 anos. Esse trabalho contínuo permitiu que nós avançássemos muito, mas era natural que a gente abrisse espaço para novas ideias, novos pensamentos”, como disse o prefeito ao Portal M!.

Diálogos não iniciados
O detalhe, que deixou muitos aliados de cabelo em pé, é que as tratativas para as mudanças sequer foram iniciadas pelo prefeito Bruno Reis. Até agora, ele só anunciou a saída de Pedro Tourinho da Secretaria de Cultura e Turismo e a manutenção de Cacá Leão na Secretaria de Governo. A expectativa é que ele formalize a ida do vereador Luiz Carlos Souza para a pasta da Infraestrutura, abrindo espaço para ascensão do suplente Beca na Câmara. É esperado também que um vereador do União Brasil seja convocado para o Executivo, para abrir espaço para o retorno do suplente Orlando Palhinha para o Legislativo Municipal.

Acomodação do ninho tucano
Pelo visto, um dos principais gargalos do prefeito será acomodar o PSDB. O próprio Bruno havia se comprometido com a cúpula do partido, leia-se o deputado Adolfo Viana e o presidente da Câmara, Carlos Muniz, a dar o comando da Secretaria de Educação, gerida até agora por Thiago Dantas. A informação era que o gestor teria oferecido o comando da pasta da Saúde, o que não teria agradado os tucanos. Como o prefeito não conversou com dirigentes de nenhum dos partidos do seu arco de alianças, a expectativa fica para seu retorno do país africano, para abrir o diálogo e acomodar os aliados. A conferir.

A mudança de Neto
Repercutiu, e muito, a declaração do editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na rádio Metrópole, de que o ex-prefeito ACM Neto precisará mudar o tratamento dado aos aliados, sob o risco de ver o prefeito Bruno Reis sentar na cadeira de “principal líder da oposição na Bahia”. A avaliação é compartilhada por quase todos os aliados do ex-prefeito, apesar de nunca ter sido falado fora das barreiras dos bastidores. É muita informação!

Críticas dos aliados
“ACM Neto vai precisar mudar a forma como ele lida com a própria política e com os políticos. Há muita crítica que depois da eleição, por exemplo, quando ele perdeu o governo. Não pegou o telefone pra ligar pra ninguém, se mantém distante de muita gente e de gente importante, de deputados, de lideranças. Então, ou ACM Neto muda a forma de fazer política, de se relacionar com a classe política, ou o prefeito Bruno Reis tá pronto pra sentar na cadeira de principal líder da oposição”, como foi falado durante entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metrópole, na segunda.

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