O deputado federal Gabriel Nunes (PSD-BA) participou de uma audiência com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em Brasília, para tratar da estiagem prolongada que afeta diversos municípios baianos. A reunião teve como foco a definição de medidas emergenciais e estruturantes para reduzir os impactos da seca no Nordeste do estado e no Território de Irecê.

Segundo o parlamentar, a seca tem causado perdas severas na agricultura familiar, na pecuária e no abastecimento de água em comunidades rurais. A situação se agrava com o prolongamento do período seco e a falta de políticas públicas imediatas voltadas para os produtores e famílias atingidas.

“Estamos acompanhando de perto a situação em várias regiões da Bahia, e o que vemos é dramático. Famílias inteiras estão sofrendo com a perda de lavouras, a morte de animais e a dificuldade de acesso à água para consumo humano e animal. É um cenário que exige respostas rápidas e também planejamento para o futuro”, afirmou Nunes.

Deputado solicita ampliação de programas e retomada de obras hídricas

Durante o encontro com o ministro, Gabriel Nunes solicitou a ampliação do programa de carros-pipa, a liberação de recursos emergenciais para municípios em estado crítico e apoio direto aos pequenos produtores. Também defendeu a inclusão de cidades baianas em iniciativas federais voltadas ao enfrentamento da estiagem.

Entre as medidas cobradas, o deputado destacou a necessidade de retomada de obras de infraestrutura hídrica, como adutoras e sistemas simplificados de abastecimento. A proposta é garantir segurança hídrica a médio e longo prazo para regiões recorrentes ao problema da seca.

“O ministro foi sensível às demandas apresentadas e reconheceu a necessidade de acelerar a liberação de recursos e a execução de ações no estado. Saímos da reunião com o compromisso de manter esse diálogo aberto e de seguir acompanhando de perto cada passo do que foi discutido”, destacou o parlamentar.

Gabriel Nunes tem mantido articulações com diferentes órgãos do governo federal para garantir suporte aos municípios mais afetados pela estiagem. Além da reunião com o Ministério da Agricultura, o parlamentar busca fortalecer o diálogo com instituições voltadas à defesa civil e ao desenvolvimento regional.

De acordo com Nunes, a situação no semiárido exige mais do que medidas pontuais. Para ele, é necessário um conjunto de políticas públicas contínuas e investimentos capazes de reduzir a vulnerabilidade das comunidades à seca.

“A população do semiárido precisa de mais do que promessas: precisa de investimentos concretos, de políticas públicas permanentes e de atenção especial do poder público. Nosso mandato segue comprometido com essa luta”, completou.

A estiagem tem se intensificado na Bahia nos últimos anos, comprometendo a produção agrícola, a criação de animais e o fornecimento de água potável. A situação afeta diretamente a economia de pequenos municípios e representa um risco à segurança alimentar de milhares de famílias.

Jerônimo apresenta plano de combate à estiagem

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou, na quarta-feira (9), de uma audiência em Brasília com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, representantes da Defesa Civil Nacional, parlamentares e prefeitos baianos. O encontro ocorreu na Sala de Monitoramento da Esplanada dos Ministérios e discutiu medidas emergenciais e estruturantes para enfrentar os impactos da seca que afeta municípios da Bahia.

Na ocasião, o governo estadual entregou um plano com propostas ao ministro, e a expectativa é de que um conjunto de ações seja anunciado na próxima semana.

Segundo Jerônimo Rodrigues, a crise hídrica exige ações coordenadas e de longo prazo. “A situação da seca exige respostas urgentes e coordenadas. Não se trata apenas de ações emergenciais, mas de estratégias estruturantes que garantam segurança hídrica e dignidade às famílias que vivem no semiárido. Reiteramos, aqui em Brasília, a importância de um pacto nacional para fortalecer as políticas públicas voltadas para o enfrentamento da estiagem”, declarou.

Mais de 70 municípios baianos enfrentam dificuldades por causa da ausência de chuvas, com prejuízos à agricultura familiar e ao abastecimento de água.