O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido ainda neste sábado (12) para Brasília, onde deve passar por uma cirurgia intestinal entre a madrugada de hoje e a manhã de domingo (13). A decisão foi tomada pela equipe médica que o acompanha no Hospital Rio Grande (HRG), em Natal (RN), após avaliação do quadro clínico. O procedimento acontecerá no Hospital DFStar, localizado na Asa Sul da capital federal.

A transferência será feita em uma UTI aérea, com decolagem prevista para o final da tarde. Bolsonaro será levado diretamente do Aeroporto de Brasília até o hospital, em percurso de aproximadamente 10 minutos de ambulância. A operação conta com o acompanhamento do médico Cláudio Birolini, responsável por seu histórico clínico desde o atentado que sofreu em 2018.

Internação ocorreu após mal-estar durante agenda política no interior do RN

O ex-presidente foi internado na madrugada de sábado (12), após sentir fortes dores abdominais durante um compromisso político em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. O mal-estar ocorreu na noite de sexta-feira (11), e ele chegou a ser atendido inicialmente em uma unidade local. Posteriormente, foi transferido de helicóptero para Natal, em aeronave cedida pelo governo estadual, com suporte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo o Hospital Rio Grande, Bolsonaro apresentou melhora clínica durante a noite e teve uma evolução estável. Ele foi mantido em monitoramento contínuo, recebeu alimentação por sonda e caminhou pelos corredores do terceiro andar da unidade hospitalar, que foi isolado para garantir segurança e privacidade no atendimento.

Região abdominal continua sendo foco de atenção médica

A decisão de transferi-lo para Brasília tem caráter preventivo. De acordo com o senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanha o caso de perto, exames realizados apontaram a necessidade de acompanhamento mais detalhado por parte da equipe que já cuida de Bolsonaro desde o episódio da facada.

Aos 70 anos, o ex-presidente ainda lida com sequelas do atentado sofrido durante a campanha presidencial de 2018. Segundo Marinho, Bolsonaro convive com pelo menos quatro patologias decorrentes daquele evento. Apesar de se manter ativo e, segundo aliados, com bom humor, a região abdominal permanece como ponto de atenção médica contínua.

Equipe médica monitora possíveis complicações

No Hospital Rio Grande, cirurgiões seguem de prontidão enquanto avaliam os exames mais recentes. O boletim médico não trouxe detalhes sobre um diagnóstico definitivo, tampouco há previsão de alta. A decisão por realizar a cirurgia em Brasília leva em consideração a familiaridade da equipe médica da capital com o histórico clínico do paciente.

O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro desde o atentado, chegou a Natal durante a madrugada e integra a equipe que analisou os exames realizados no HRG. O hospital informou que todas as medidas adotadas seguem critérios técnicos, com foco na estabilidade do paciente e no controle de possíveis complicações.

Compromissos públicos seguem suspensos

Por conta do quadro clínico, a agenda política de Bolsonaro segue suspensa por tempo indeterminado. A expectativa é que o ex-presidente permaneça em observação nos próximos dias, conforme evolução do tratamento. De acordo com Rogério Marinho, Bolsonaro demonstrou intenção de retornar ao Rio Grande do Norte assim que receber alta.

Segundo o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que acompanha o pai, a transferência para São Paulo chegou a ser cogitada, mas foi descartada após a análise da tomografia realizada em Natal. A opção por Brasília considera a presença da equipe médica de confiança do ex-presidente.

Até o momento, não houve confirmação sobre o diagnóstico final nem previsão de alta médica. A cirurgia prevista busca corrigir obstruções intestinais detectadas após os exames. A situação segue em monitoramento contínuo pelas autoridades médicas e políticas próximas ao ex-presidente.