Vixe! O novo mapa eleitoral da Bahia. PSD lidera com 115 prefeituras. O Avante avança. O pé lá é cá do PP. A comemoração do PT e do União Brasil e o impacto sobre 2026
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Jerônimo comemora
Apesar da derrota acachapante do grupo na disputa pela Prefeitura de Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez questão de comemorar, nesta terça-feira (8), o resultado das eleições municipais da Bahia. A sua base aliada, formada por dez partidos – PT, PCdoB, PV, PSD, Avante, MDB, PSB, Podemos, Solidariedade e Agir – elegeu 309 prefeitos, contra 107 da oposição. O desempenho é melhor do que o conseguido pela aliança formada pelo então governador Rui Costa em 2020, quando a base abocanhou 285 prefeituras.

Novo mapa eleitoral
Como falamos nas últimas semanas, assim que terminasse a eleição os partidos já começariam a montar o novo mapa político da Bahia. Na segunda (7), um dia após o pleito, dirigentes das siglas ligadas ao governo e à oposição passaram a fazer contas para saber quem realmente saiu vitorioso nas urnas. Assim como em 2020, o PSD do senador Otto Alencar terminou a disputa como o maior partido do Estado. Elegeu 115, ante os 108 da última disputa. A expectativa era ter um desempenho melhor esse ano, chegando a 130 prefeituras. É Muita Informação!

O Avante avança
Em segundo lugar, bem distante do primeiro, aparece o Avante, comandado na Bahia pelo ex-deputado Ronaldo Carletto, que elegeu 60 prefeitos. Em 2020, elegeu apenas quatro. Com o apoio do ministro Rui Costa e do governador Jerônimo, a legenda filiou diversas lideranças do interior, sobretudo ligadas ao PP, e alcançou a segunda posição no Estado, colocando-se no jogo sucessório de 2026, na briga por espaço na chapa majoritária do PT.

Hegemonia nas pequenas cidades
Ao analisar o tamanho do PT, o presidente Éden Valadares afirmou que o partido também cresceu, saindo de 32 prefeitos eleitos em 2020 para 49 em 2024. “Todos os partidos da base cresceram. Nós (do PT) crescemos e ainda vamos ter uma importante disputa em Camaçari, podendo chegar a 50 eleitos, ou seja, o maior PT do Brasil”, disse ele, ao reforçar que a sigla continua comandando cidades de pequeno e médio portes.

PP perde densidade
Por falar no PP, que mantém um pé no governo estadual do PT e outro no municipal do União Brasil em Salvador, a sigla elegeu 41 prefeitos, cenário diferente de 2020, quando se configurou como a segunda maior força política do Estado, elegendo 90 gestores. Desde o rompimento com os petistas em 2022, a sigla comandada pelo deputado Mário Negromonte Júnior tem perdido densidade, principalmente, no interior.

Um pé lá e outro cá
No domingo, inclusive, o presidente do partido em Salvador, Cacá Leão, comemorou a eleição histórica na capital baiana, onde elegeu cinco vereadores, e destacou a força da sigla no Estado. Sobre o futuro, o secretário afirmou que o partido deve se manter na base do prefeito Bruno Reis. “Olha, a gente vai discutir isso num momento oportuno, mas, com certeza, essa vitória nos dá ainda mais musculatura. No que depender de mim, eu vou fazer de tudo pra que a gente continue e nós vamos continuar juntos”, disse ele, apesar do movimento dos deputados progressistas, que voltaram a namorar com o governo estadual do PT.

Neto em êxtase
Se por um lado o governador Jerônimo comemorou o aumento no número de prefeituras comandadas por seu grupo político nesta eleição, o ex-prefeito ACM Neto também celebrou o fato dos oposicionistas terem vencido em 22 das 30 maiores cidades da Bahia, estratégia que o fortalece para 2026. Além disso, o União Brasil fez 39 prefeitos agora, ante os 37 de 2020. “Tivemos uma vitória histórica com o prefeito Bruno Reis em Salvador e vencemos em cidades estratégicas como Feira de Santana, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas, Barreiras e Simões Filho”, enumerou ele, em êxtase, na celebração da vitória de Bruno.

Comando em 40% do Estado
Na última segunda, inclusive, o presidente estadual da sigla, Paulo Azi, comemorou o fato do partido passar a comandar, em 2025, cerca de 40% da população baiana: “Ao todo, mais de 5,5 milhões de pessoas estarão sob administração do UB, das 14 milhões de pessoas que compõem a população do Estado”. E esse número pode aumentar, caso o candidato Flávio Matos vença a disputa no segundo turno em Camaçari.

O MDB e suas prioridades
Se o PP perdeu espaço ao deixar a base do governo, o MDB se beneficiou muito ao se aliar aos petistas. O partido comandado pelos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima conseguiu eleger 12 prefeitos em 2020. Agora, passarão a comandar 32 prefeituras. As mais emblemáticas delas, segundo Lúcio, foram a de Juazeiro, Itapetinga e Ibirataia, com a vitória do presidente da sigla, Alessandro Futuca.

A derrota de Geraldo
Já sobre a derrota de Geraldo Júnior em Salvador, os caciques emedebistas não contabilizam como perda da sigla. A indicação e derrota do vice-governador ficaram na conta do senador Jaques Wagner, que bancou a candidatura de Geraldinho. “A avaliação que eu faço é que ele não teve o sucesso que esperava aqui. Bruno foi vitorioso e só cabe a quem perdeu reconhecer e parabenizar. Não tem o que fazer”, disse Lúcio Vieira Lima. Já sobre a comemoração da oposição, de que vão governar para 5 milhões de baianos, ele disparou: “Então, isso significa que o governo governa para 60%”, acrescentou ele, ao sair na defesa do governador Jerônimo. É Muita Informação!

Perdas e ganhos
Importante colocar no novo mapa eleitoral da Bahia também o PSB, que elegeu 24 prefeitos, seis a menos que em 2020. O PCdoB elegeu 15, ante os 16 da última eleição. O PSDB também perdeu tônus político e elegeu nove agora contra 15 em 2020. O mesmo aconteceu com o PDT, que elegeu oito, enquanto havia eleito 13 no último pleito. O Podemos saiu de quatro para seis. O Republicanos saiu de nove para cinco. Já o PV, comandado por Ivanilson Gomes, elegeu quatro, sendo que não tinha nenhum prefeito na Bahia. O Solidariedade elegeu quatro agora e três em 2020. Já o novato PRD elegeu três. O PL e o PMB elegeram um, cada.

PL fortalecido
Apesar de ter conseguido eleger só um prefeito na Bahia, o PL, presidido no Estado pelo ex-ministro João Roma, saiu fortalecido das urnas no restante do país. O Partido Liberal teve um crescimento de 236,2% no número de votos este ano, com relação à eleição passada. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os liberais tiveram a preferência de 15,7 milhões de eleitores em 2024, se tornando o campeão nacional de votos. Superou em mais de um milhão de votos a legenda que ficou em segundo lugar, o PSD.

Foco nos grandes centros
O detalhe é que o desempenho do PL teve proeminência nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Nelas, o partido elegeu dez prefeitos no primeiro turno, maior número entre todas as legendas. A estratégia do presidente nacional, Valdemar Costa Neto, foi ampliar o número de candidatos a prefeito em todo o Brasil, passando de 970 em 2020, para 1.483 em 2024. O PL já é o maior partido na Câmara Federal, com 99 deputados.

Renovação no PT
Enquanto o PL nacional comemora o crescimento da sigla, o PT precisa fazer uma autoanálise urgente. Talvez, um dos maiores alertas que saem das urnas é a necessidade de o Partido dos Trabalhadores se renovar, rejuvenescer. Não só na Bahia, mas em todo o país. Basta ver o resultado pífio da sigla nas grandes cidades Brasil afora. Se for nos grandes centros então, um verdadeiro fiasco.

Prévia para 2026
O resultado da eleição na Bahia colocou a cidade de Camaçari como a única a ter segundo turno no Estado. Pela primeira vez, a população local terá que decidir em duas etapas quem irá comandar os destinos do município pelos próximos 4 anos. O detalhe é que o jogo embolado entre os candidatos Luiz Caetano e Flávio Matos antecipa a disputa que se avizinha em 2026. De um lado, o governador Jerônimo e seu grupo governista. Do outro, o ex-prefeito ACM Neto e seus aliados. Quem vencerá? Só Deus e o tempo dirão. Enquanto isso, teremos muita informação até o dia 27 de outubro.

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