Estado investe em alta tecnologia para fortalecer perícia criminal e acelerar elucidação de crimes
Scanners 3D e sistemas de balística tornam investigações mais ágeis e precisas na capital e interior do estado

O Governo do Estado informou, nesta terça-feira (8), que as investigações criminais na Bahia ganharam um reforço com novas tecnologias adquiridas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), vinculado à Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Entre os equipamentos, destacam-se os scanners tridimensionais e o fortalecimento do setor de balística, que agora conta com microscópios comparadores, sistemas de inteligência e coletores balísticos de última geração.
Segundo o diretor-geral do DPT, Osvaldo Silva, os constantes investimentos em modernização tecnológica têm contribuído significativamente para a qualidade do trabalho pericial. “São ferramentas com múltiplas funções, como a comparação de vestígios encontrados em cenas de crime, escaneamento preciso desses locais e acesso remoto via tablet”, destacou Osvaldo. Ele afirmou ainda que a iniciativa torna a atuação dos peritos mais ágil, precisa e eficiente.
Ao todo, o Governo do Estado adquiriu cinco scanners tridimensionais, sendo dois destinados ao Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (ICAP), responsável por realizar exames, estudos e pesquisas na área da criminalística, com foco em fornecer provas periciais para a capital e a Região Metropolitana. Outros três foram encaminhados às Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica em Feira de Santana, Vitória da Conquista e Itabuna. O investimento total ultrapassa R$ 1,5 milhão.
Scanners tridimensionais ampliam fidelidade da cena do crime
Os scanners tridimensionais permitem a reprodução fiel de cenas de crime, preservando a localização exata dos vestígios. O aparelho emite feixes de laser para mapear ambientes, mesmo sob condições adversas de iluminação, e possibilita que o perito tenha uma visualização detalhada da área periciada.
“O scanner registra imagens em alta definição a grandes distâncias. Em casos de acidentes de trânsito, por exemplo, ele capta toda a extensão da pista, abrangendo todos os envolvidos. Além disso, o perito pode revisar o local quantas vezes forem necessárias, por meio de um tablet conectado ao sistema, otimizando a investigação”, destacou o diretor-adjunto do ICAP, Ríbil Januário.
Microscópio comparador melhora análise balística
Um dos principais destaques é o microscópio comparador balístico, que permite uma observação minuciosa das marcas deixadas em projéteis e estojos. Esse avanço eleva a precisão na identificação de correspondências entre os vestígios encontrados nas cenas dos crimes e os padrões coletados de armas suspeitas.
Esse microscópio é integrado ao Sistema de Identificação Balística (IBIS), que, via conexão Wi-Fi, permite o cruzamento de informações entre crimes ocorridos em diferentes períodos e localidades. O sistema armazena imagens de projéteis em um banco de dados nacional, com sede em Brasília, que reúne informações de 40 laboratórios de identificação em todo o país.
“Recentemente, emitimos nosso primeiro relatório para a inteligência policial, identificando que quatro vítimas assassinadas em 2022, sem qualquer relação entre si, foram mortas com a mesma arma. Isso só foi possível graças à análise feita com o microscópio e à base de dados integrada, contribuindo para a elucidação do caso”, ressaltou o diretor do ICAP.
Coletor balístico agiliza comparação de padrões
Outro recurso fundamental para a perícia é o túnel ou coletor balístico, que permite a obtenção dos padrões de disparo de armas suspeitas. “Com a arma municiada, realizamos disparos no coletor para obter os projéteis necessários para análise comparativa. Isso garante que conseguimos identificar com exatidão de qual arma partiu o disparo”, explicou Magali Brito, diretora do ICAP.
Esse equipamento, semelhante a um canhão metálico, contém um líquido de alta densidade que reduz o impacto do projétil, fazendo-o cair em uma rede de fácil coleta. Esse processo, que antes era realizado com o uso de algodões e durava entre 60 a 120 minutos, agora leva apenas dois minutos, representando um ganho expressivo de tempo e eficiência para o trabalho pericial.
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