Pacheco diz não para ministério e reforça apoio ao governo Lula no Senado
Senador disse ainda que será um apoiador do governo no Senado e que ajudará o Palácio do Planalto como puder

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se reuniu, no último sábado (15), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comunicar que não pretende assumir nenhum ministério na gestão do terceiro mandato do petista. O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada, com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Segundo interlocutores, a recusa de Pacheco se deve ao fato de o senador estar focado em seu mandato parlamentar, além de buscar a aprovação de algumas propostas que tramitam na Casa Alta do Congresso. O senador disse ainda que será um apoiador do governo no Senado e que ajudará o Palácio do Planalto como puder.
Antes de comunicar sua decisão a Lula, Pacheco chegou a alimentar a especulação sobre sua possível entrada no governo. O senador demonstrou interesse em ocupar um dos dois ministérios estratégicos: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, atualmente comandado por Geraldo Alckmin, ou o Ministério da Justiça, pasta sob responsabilidade de Ricardo Lewandowski. No entanto, tanto Alckmin quanto Lewandowski deixaram claro nos bastidores que não tinham intenção de ceder suas posições.
Mudanças de ministros e posição de aliados
O entorno de Pacheco indicava, desde o início das especulações, que o senador não apoiaria a remoção de nenhum ministro em favor de sua entrada no governo. Isso se deve, em grande parte, à visão de que qualquer substituição deveria ser uma decisão exclusiva do presidente da República.
Além disso, a perspectiva de uma troca traumática, com a saída de ministros de destaque, não era considerada uma solução adequada. Por essa razão, Pacheco resolveu esclarecer sua posição ao presidente Lula, deixando claro que não queria provocar reviravoltas no governo.
A decisão de Pacheco de não integrar o governo não causou surpresa entre seus aliados. Desde o ano passado, o senador adotou uma postura de indecisão em relação à possibilidade de assumir um ministério. Em conversas com amigos e aliados, ele mencionou que preferia dedicar alguns meses ao descanso e ao foco em sua função no Senado, em vez de mergulhar em compromissos com o Executivo. Contudo, ao mesmo tempo, houve momentos em que Pacheco indicou interesse em um dos ministérios, gerando expectativas.
Após deixar a presidência do Senado no início de fevereiro, Pacheco passou algumas semanas nos Estados Unidos. Durante esse período, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) realizaram tentativas de aproximação com o senador, vislumbrando sua entrada no governo e a criação de um cenário favorável para sua candidatura futura.
Cenário eleitoral e aposta em Minas Gerais
Em janeiro, Lula já havia demonstrado interesse em lançar Pacheco como candidato a governador de Minas Gerais nas eleições de 2026. No entanto, membros do Palácio do Planalto acreditam que, para o senador se fortalecer eleitoralmente e garantir apoio para o pleito, seria mais benéfico concentrar-se em sua agenda parlamentar estadual, em vez de se dividir com responsabilidades no governo federal.
A estratégia do Planalto sugere que, se Pacheco não ocupar um ministério com grande capilaridade, como o Ministério do Desenvolvimento, será difícil para ele criar a base necessária para sua candidatura ao governo de Minas Gerais. Essa visão reforça a ideia de que o senador tem mais a ganhar focando em seu trabalho legislativo e nas questões locais do que ao assumir uma posição de ministro.
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