Rodrigo Pacheco se despede da presidência do Senado e projeta futuro político em Minas
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirma que atuará como intermediário para definir eventual ministério para senador mineiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deixará o cargo após as eleições do Congresso neste sábado (1º) e já vislumbra um novo desafio: o governo de Minas Gerais. Durante entrevista coletiva antes da sessão que escolherá seu sucessor, Pacheco afirmou que “evidentemente” ser governador do estado é um sonho que “sempre” teve. O comando do Senado deverá ser assumido pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).
No entanto, o senador ressaltou que a decisão sobre uma eventual candidatura em 2026 será tomada após a conclusão de sua gestão no Senado. Pacheco destacou que se sentiu honrado quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou publicamente o desejo de vê-lo como governador mineiro.
Lula manifesta apoio a Pacheco
Ao comentar as palavras do presidente, Pacheco classificou Lula como um “grande político e ser humano extraordinário” e demonstrou gratidão pelo reconhecimento. “Recebo com profundo sentimento de honra e responsabilidade essa manifestação do presidente Lula. É uma alegria imensa ser lembrado para um posto tão relevante”, afirmou o senador.
O parlamentar também mencionou sua satisfação por ter seu nome cogitado para outras posições estratégicas na política nacional. “É uma honra ser lembrado para cargos como ministro de Estado ou governador. Mas a avaliação deve ser feita no momento oportuno”, declarou.
Desempenho do Congresso e produtividade legislativa
Pacheco fez um balanço de sua gestão e defendeu o desempenho do Congresso nos últimos anos. Ele agradeceu aos senadores pelo trabalho conjunto e ressaltou que, apesar de eventuais críticas, não há como questionar a capacidade dos parlamentares de promover entregas legislativas significativas.
“Podemos ser criticados em diversos aspectos, mas não na capacidade de produtividade e entrega de marcos regulatórios importantes”, destacou.
Ele também reforçou a importância da relação com a Câmara dos Deputados, afirmando que, mesmo com divergências normais do processo legislativo, a parceria foi sempre “respeitosa e cordial”.
Relação com Executivo e Judiciário
O senador mineiro também mencionou sua interação com o Executivo e o Judiciário, ressaltando o respeito mútuo entre os Poderes. “Foram quatro anos marcantes, com desafios significativos, mas também com grandes realizações”, disse Pacheco, citando especificamente sua relação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Debate sobre emendas parlamentares
Outro tema abordado por Pacheco foi a necessidade de aprimorar a governança sobre as emendas parlamentares. Segundo o senador, após a aprovação da Reforma Tributária, o próximo passo será discutir a qualidade e eficiência do gasto público, o que inclui o aperfeiçoamento dos critérios de destinação das emendas.
“O Congresso precisa garantir um orçamento adequado para atender às demandas da sociedade, mas com transparência e controle”, afirmou.
Pacheco também se mostrou otimista quanto à capacidade dos Poderes de encontrar um equilíbrio no debate sobre o tema. “Existe hoje um relacionamento harmonioso entre Executivo, Legislativo e Judiciário, e isso será fundamental para avançarmos nessa pauta”.
Futuro político e possibilidades ministeriais
Nos bastidores, há especulações sobre uma possível entrada de Pacheco no primeiro escalão do governo Lula. O líder do governo no Senado, o ex-governador baiano Jaques Wagner (PT), afirmou que atuará como intermediário para definir um eventual ministério para o senador mineiro.
Com a eleição de um novo presidente do Senado, que deverá ser Alcolumbre, o cenário político se redesenha, e Pacheco poderá ter papel fundamental nas articulações de Minas Gerais para as eleições de 2026. O futuro do senador ainda não está definido, mas sua influência continuará a ser peça-chave na política nacional.
Redação
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