Bombardeio israelense deixa 235 mortos em Gaza e ameaça cessar-fogo
Ataque de Israel pode reacender guerra com grupo terrorista Hamas que vinha tendo trégua há quase 2 meses

Um ataque aéreo de Israel contra a Faixa de Gaza, realizado na madrugada desta terça-feira (18), resultou na morte de pelo menos 235 pessoas, conforme informações divulgadas por hospitais do território palestino. A ofensiva representa uma ameaça ao cessar-fogo que vinha sendo mantido entre o grupo Hamas e Israel há quase dois meses.
Israel justifica ataque
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou a ação militar alegando a falta de avanços nas negociações para a segunda fase da trégua. “Israel vai, de agora em diante, agir contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o gabinete do premiê, sinalizando uma possível retomada do conflito em larga escala.
A operação israelense ocorre após semanas de intensas discussões diplomáticas sobre a continuidade do cessar-fogo e a libertação de reféns ainda mantidos pelo Hamas desde o início da guerra, em outubro de 2023. A decisão de retomar os ataques levantou preocupações sobre a segurança desses reféns, estimados em cerca de 12 pessoas, que permanecem sob controle do grupo palestino.
Casa Branca consultada antes da ofensiva
O governo dos Estados Unidos informou que foi consultado por Israel antes do bombardeio. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington foi informada previamente sobre a ofensiva, que ocorreu durante o mês sagrado do Ramadã, período em que se registrava uma relativa calma na região.
O governo norte-americano, que tem atuado como mediador nas negociações para a manutenção do cessar-fogo, ainda não esclareceu se endossou a decisão de Israel. Entretanto, a Casa Branca reforçou seu compromisso com a segurança do país aliado e com a busca por uma solução diplomática para o conflito.
Hamas reage e alerta para escalada do conflito
Diante da ofensiva, um dos líderes do Hamas, Izzat al-Risheq, condenou o ataque e alertou que a ação israelense coloca em risco não apenas civis palestinos, mas também os reféns israelenses ainda em cativeiro. “A retomada do conflito representa uma sentença de morte para os reféns que permanecem na Faixa de Gaza”, declarou Al-Risheq, acusando Netanyahu de usar o bombardeio como manobra política para fortalecer sua coalizão governista.
O grupo palestino afirmou que a ofensiva viola diretamente o acordo de cessar-fogo estabelecido anteriormente e acusou Israel de provocar uma escalada sem justificativa. Segundo o Hamas, o bombardeio demonstra a falta de comprometimento do governo israelense com uma solução negociada para o conflito.
Bombardeio atinge civis em Rafah
Entre as vítimas do ataque israelense, pelo menos 17 pessoas da mesma família morreram após a residência onde moravam ser atingida por uma explosão na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. De acordo com fontes médicas locais, entre os mortos estavam 12 crianças e mulheres.
A ofensiva desta terça-feira é considerada a maior operação militar israelense dos últimos meses e levanta dúvidas sobre a continuidade dos esforços diplomáticos para encerrar a guerra. Ainda não está claro se o ataque foi uma medida pontual para pressionar o Hamas ou se marca uma retomada prolongada das hostilidades.
O conflito entre Israel e Hamas já deixou milhares de mortos desde outubro de 2023, além de um cenário de devastação na Faixa de Gaza, onde a população enfrenta escassez de alimentos, água potável e serviços básicos. Com a nova escalada, cresce a preocupação da comunidade internacional sobre o impacto humanitário e a possibilidade de um agravamento da crise na região.
Redação
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