Gleisi diz que Kassab é ‘injusto’ com Lula, defende frente democrática e critica Banco Central
Na quinta (20), Kassab afirmou que Lula repete erros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e indicou que o governo atual está ‘cada vez mais à esquerda’

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta sexta-feira (21), que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, está sendo “muito injusto” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Kassab ocupa o cargo de secretário de Governo e Relações Institucionais da gestão de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos, que é apontado como possível candidato à Presidência em 2026.
“O governo tem uma composição muito mais ampla que a que o elegeu em 2022, com MDB, PSD, União e PP“, declarou Hoffmann, em entrevista à CNN Brasil.
Na quinta-feira (20), durante seminário na Fundação Fernando Henrique Cardoso, Kassab afirmou que Lula repete erros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e indicou que o governo atual está “cada vez mais à esquerda“. Apesar da declaração, o PSD acumula três ministérios no governo federal: Minas e Energia, Pesca e Aquicultura, e Agricultura e Pecuária.
Hoffmann rebateu a declaração sobre a disputa eleitoral de 2022 e disse que a vitória de Lula não foi garantida. “Tiveram dez candidatos e não foi qualquer um que ganhou, foi Lula. Foi uma eleição muito difícil, em que Bolsonaro estava na cadeira da Presidência, com muito dinheiro e programas sendo liberados. Muita fake news“, disse a ministra.
Gleisi defende frente ampla contra extrema direita
A ministra também defendeu a necessidade de formação de uma aliança do “campo democrático” para evitar a eleição massiva de representantes da extrema direita ao Senado nas próximas eleições. “Temos que ter meta de construção de frente ampla em 2026, como tivemos em 2022“, afirmou Hoffmann, em entrevista à TV Fórum.
Ela acrescentou que, embora sua prioridade seja garantir governabilidade, a articulação com o Congresso pode resultar em alianças para a próxima disputa eleitoral. “Meu foco não é esse aqui no governo, meu foco é dar governabilidade. Mas, obviamente, a construção da governabilidade e das relações com partidos e Congresso Nacional pode desaguar numa aliança para 2026“.
Hoffmann destacou que a extrema direita já trabalha com um plano para aumentar sua representatividade no Senado. “A extrema direita está preparada. Está querendo eleger ao menos um senador por Estado“.
A ministra também ressaltou a importância de uma comunicação eficaz do governo federal. “Importante a gente falar para o povo o que nós estamos fazendo e por quê nós estamos fazendo. Mostrar a diferença de projeto. O que (Jair) Bolsonaro fez? O auxílio emergencial fomos nós que aprovamos no Congresso“.
Críticas ao Banco Central
Hoffmann também reafirmou sua posição contrária à atual política monetária do Banco Central. Ela declarou que ainda é “crítica à política monetária apertada e errada conduzida pelo BC“. Ela ressaltou que existe uma divergência entre o governo federal e o Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa básica de juros para 14,25% na última decisão.
Segundo a ministra, o aumento já era esperado e estava previsto na ata de dezembro do Copom. “Já se previam dois aumentos“, lembrou. “Espero que a partir de agora o BC possa efetivar política monetária de acordo com a realidade da economia. A política monetária do BC deve visar a controlar inflação, mas também tem que levar em consideração a realidade do Brasil“.
Com a entrada de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central, nome indicado por Lula e ligado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera-se que a política monetária passe por ajustes e leve em consideração fatores que possibilitem uma redução da taxa Selic. O comando anterior era de Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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