Gleisi diz que Eduardo Bolsonaro presta ‘desserviço ao Brasil’ ao se licenciar: ‘Mentindo lá fora’
Ministra também enfatizou que acusados por atos golpistas não são inocentes: ‘Esse tipo de argumento não cabe’

A ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou, nesta sexta-feira (21), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após o anúncio da decisão de se licenciar do mandato na Câmara dos Deputados, para permanecer nos Estados Unidos. De acordo com a ministro, a atuação de Eduardo é um “desserviço ao Brasil“.
Segundo Gleisi, o deputado está “difamando o País e mentindo lá fora“, alegando que o Brasil seria uma ditadura e que ele precisaria sair para se proteger. “Ou seja, ele tentou criar uma situação para se vitimizar“, afirmou em entrevista à CNN Brasil.
A ministra também comentou sobre o comportamento do deputado em relação ao debate político. Ela questionou a articulação de Eduardo com o Congresso dos Estados Unidos para criar uma lei que dificultasse a ida de brasileiros ao país e, especificamente, uma proposta contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O problema dele é que ele não enfrenta o debate político. Por que ele foi articular com o Congresso americano uma lei para impedir que brasileiros vão para lá? Uma lei contra o nosso ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal)?“, continuou Gleisi. “Nós não podemos admitir isso. Esse país não pode ser governado pelos interesses americanos“.
Em relação à proposta de anistia, frequentemente mencionada pelo campo político da oposição, Gleisi destacou que a intenção não é apenas libertar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, mas também evitar a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro para prisão.
Ela defendeu que os acusados, que invadiram a Praça dos Três Poderes, não são inocentes. Cerca de 570 pessoas foram liberadas após firmarem acordos com a Procuradoria Geral da União (PGR). “Ali não tem inocente. Esse tipo de argumento não cabe“, disse a ministra.
Frente ampla para 2026: alianças e candidatura de Lula
Durante a entrevista, a ministra também defendeu a criação de uma frente ampla para as eleições de 2026, maior do que a aliança estabelecida em 2022. Em meio à incerteza sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra reafirmou que o petista estará disposto a se candidatar.
“O presidente está muito disposto, com energia, com vontade“, declarou Gleisi, que frisou a importância de qualificar a construção de alianças políticas.
Ela acrescentou que sua principal preocupação no momento é a governabilidade do presidente Lula, sem discutir especificamente o pleito de 2026.
“Claro que a qualidade da convivência que nós estabelecermos, a forma e as relações políticas que nós tivermos vão ser importantes para a criação de uma aliança para 2026“, afirmou a ministra. Gleisi enfatizou que a construção dessa frente ampla é um processo contínuo, que deve ser aprimorado nos próximos anos.
Embora tenha reforçado seu apoio à candidatura de Lula em 2026, Gleisi evitou comentar sobre possíveis adversários. “Qualquer um que seja, vamos enfrentar“, afirmou, sem dar detalhes sobre os candidatos que possam surgir na oposição.
Futuro político e construção de alianças
Na ocasião, Gleisi voltou a ressaltar que o objetivo principal da sua atuação é garantir a governabilidade de Lula durante seu mandato. A ministra enfatizou que está mais focada em construir relações políticas eficazes no Congresso Nacional, medida que será fundamental para garantir uma aliança sólida em 2026.
Ela defendeu a necessidade de uma frente ampla maior e mais qualificada, algo que, segundo ela, será possível por meio de uma melhor convivência entre as diferentes forças políticas. Além disso, Gleisi reiterou que a construção dessa frente ampla será um processo gradual.
“Essa construção que vamos fazer daqui para frente é o que vai qualificar a construção dessa frente ampla“, afirmou.
Gleisi evitou entrar em detalhes sobre os possíveis adversários de Lula nas próximas eleições. Ela declarou que, independente de quem surgir como candidato da oposição, a estratégia será a mesma.
Redação
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