O médico e candidato à Prefeitura de Maraú, Isravan Barcelos, mais conhecido como Dr. Ravan (PSD), teve a sua inelegibilidade revertida, na última segunda-feira (16), pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Por unanimidade, com 7 votos a 0, o TRE removeu a sentença de primeira instância, que havia barrado a sua candidatura e, por isso, o prefeiturável segue na disputa da gestão municipal.

Os apoiadores de Ravan, que é ex-prefeito de Ibirapitanga, receberam a decisão com entusiasmo e acreditam no fortalecimento de sua campanha eleitoral. A disputa promete ser acirrada contra o atual prefeito de Maraú e candidato à reeleição, Manassés (Avante).

De acordo com fontes ligadas à campanha do médico, o empenho para derrubar a decisão inicial do juízo de Camamu foi crucial para a reviravolta expressiva no TRE-BA, o que reverteu a situação eleitoral de Dr. Ravan. Agora, ele deve movimentar a sua agenda eleitoral para movimentar a campanha e transformar em apoio popular, para firmar alianças e fortalecer a base no enfrentamento contra o atual gestor municipal.

No último comício em Tabuleiro, o candidato do PSD criticou a administração de Manassés e disse que o prefeito “passou 4 anos fazendo quase nada”. O próximo evento do prefeiturável está previsto para ocorrer na sede de Maraú, com a expectativa da presença de apoiadores e deputados, inclusive o federal João Bacelar Filho (PL).

Entenda o caso

Antes de o TRE-BA reverter a inelegibilidade de Dr. Ravan, o médico teve o registro de sua candidatura impugnado pela Justiça Eleitoral, conforme determinação proferida pelo juiz Tiago Lima Selau, da 78ª Zona Eleitoral. Isso aconteceu após o partido Avante, chapa representante de seu adversário político em Maraú, entrar com um pedido de impugnação do registro sob alegação que Ravan possui uma condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), algo que o tornaria inelegível.

A condenação no TCU ocorreu enquanto ele ainda estava à frente da Prefeitura de Ibirapitanga, com início de mandato no ano de 2016, por ato de improbidade administrativa. Assim, Dr. Ravan também foi condenado a ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 1,4 milhão.

Leia também:

Conquista: Sheila Lemos ganha direito de resposta e Waldenor é obrigado a publicar depoimento nas redes sociais