Gleisi Hoffmann descarta candidatura à presidência após aparecer em pesquisa: ‘Não sou e nem pretendo ser’

Deputada reiterou que o nome oficial do PT para a eleição será o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva


Redação
Estadão Conteúdo e Redação 23/12/2024 18:10 • Política
Gleisi Hoffmann descarta candidatura à presidência após aparecer em pesquisa: ‘Não sou e nem pretendo ser’ - Saulo Scheffer/PT

Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), negou que tenha intenção de concorrer à presidência nas eleições de 2026. Em resposta a uma pesquisa de intenção de votos que incluiu seu nome, ela afirmou nas redes sociais que não é e nem pretende ser candidata. A deputada reiterou que o nome oficial do PT para a eleição será o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Leio que meu nome foi incluído por um instituto em pesquisa presidencial. Não pedi, não sou e nem pretendo ser candidata. O nome do PT para 2026 é Lula”, escreveu Gleisi no X (antigo Twitter).

Embora atualmente o presidente Lula seja o principal nome da esquerda para as eleições de 2026, questões sobre sua saúde, especialmente após uma cirurgia recente, geraram discussões sobre sua viabilidade como candidato devido à sua idade avançada.

Haddad também descarta

Na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou que não pretende se candidatar à presidência nas eleições de 2026. Durante um café da manhã com jornalistas, ele foi questionado sobre sua possível candidatura e foi direto: “Não, eu não me entendo como candidato em 2026”. A declaração foi feita enquanto o ministro fazia um balanço das atividades da pasta ao longo do ano.

Haddad também foi questionado sobre uma pesquisa Genial/Quest, divulgada no último dia 12, que aponta seu nome como o de maior potencial de votos para a presidência, caso o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, decida não disputar o pleito. O ministro aproveitou a oportunidade para esclarecer sua posição e reforçar que não se vê como um candidato.

Em relação à possibilidade de Lula disputar as eleições de 2026, Haddad acredita que o presidente tem condições de ser competitivo, destacando sua experiência e compromisso com a sociedade. Segundo ele, a trajetória política de Lula o coloca em uma posição de vantagem, principalmente pela simbologia de sua figura.

O ministro também fez uma análise comparativa sobre crises econômicas passadas. Ele mencionou a crise cambial de 1999, quando o Brasil mudou o câmbio de fixo para flutuante, e destacou que ela foi mais grave do que a atual. Na época, a taxa de juros alcançou 45%, mas as medidas adotadas pelo governo da época foram eficazes para colocar a economia de volta à rota de crescimento no ano seguinte.

Haddad lembrou ainda que, se não tivesse ocorrido o “apagão” de energia elétrica em 2001, o PSDB poderia ter chegado de forma competitiva às eleições presidenciais de 2002. Ele fez essa observação em referência à história recente do Brasil e ao cenário político que envolvia o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nas eleições de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva conquistou seu primeiro mandato, disputando contra o candidato do PSDB, José Serra. A análise de Haddad ressaltou a importância de se compreender o contexto histórico e as crises enfrentadas ao longo das décadas para entender o atual cenário político e econômico do país.

Wagner aposta em Lula candidato

Jaques Wagner, líder do governo no Senado, reafirmou seu apoio à reeleição de Lula em 2026. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (23), Wagner defendeu o presidente das críticas recebidas após problemas de saúde. “Ele [Lula], para 79 anos, é um cara muito bem conservado. Corre, joga futebol, está melhor que eu, super inteiro”, comentou. “Saúde, para mim, não será uma variável de decisão, definitivamente”, acrescentou.

O senador também avaliou a situação política de Lula, dizendo que a decisão sobre uma possível candidatura será pessoal. Wagner acredita que o fator decisivo será o contexto político: “Se a circunstância política não estiver boa, provavelmente ele terá mais ímpeto de vir para a eleição, e não o contrário”, afirmou. Para ele, a saúde de Lula não é um obstáculo para a reeleição, e se o cenário político for favorável, a candidatura do presidente será uma probabilidade.

Além disso, Wagner reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo PT em termos de renovação de quadros. Ele mencionou o histórico de candidatos à presidência do partido, incluindo Lula, Dilma Rousseff e Fernando Haddad, destacando a necessidade de renovação interna. “Acho que o partido passa por um problema de renovação. Eu sou um obsessivo da renovação”, disse Wagner, mencionando seus sucessores no governo da Bahia, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues.

Lula venceria eleição de 2026, diz Quaest

Uma pesquisa do instituto Quaest, divulgada na quinta-feira (12), aponta que o presidente Lula venceria o segundo turno das eleições de 2026 em todos os cenários analisados. Caso enfrente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula teria 51% dos votos contra 35% de seu oponente. Em uma disputa contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula obteria 52%, enquanto Tarcísio ficaria com 26%.

O presidente também superaria o empresário Pablo Marçal (PRTB) por 52% a 26%, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 54% contra 20%. Além de Lula, a pesquisa também avaliou a performance do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em uma possível corrida presidencial em 2026. O resultado mostra que Haddad também venceria Bolsonaro, Tarcísio, Marçal e Caiado, embora em cenários mais equilibrados do que os de Lula.

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