O candidato a prefeito de Salvador, Silvano Alves, do Partido da Causa Operária (PCO), declarou, nesta quinta-feira (3), que não vai receber o próprio voto na disputa eleitoral do domingo (6). Segundo ele, que é trabalhador de construção civil, estará em São Paulo no dia da votação. Além disso, o prefeiturável afirmou que o seu voto não deve “interferir em nada” no resultado final das eleições municipais de 2024.

Ao detalhar a sua situação, Silvano contou que é “peão de obra” e já está longe da capital há um certo período, por conta de seu trabalho. Desse modo, o candidato disse que é “mais fácil justificar” o seu voto, já que não teria chances de bater de frente com os outros postulantes ao Palácio Thomé de Souza: Bruno Reis (União Brasil); Geraldo Jr (MDB); Kleber Rosa (PSOL); Eslane Paixão (UP); Victor Marinho (PSTU); e Giovani Damico (PCB).

“Já não estou em Salvador há um bom tempo. Estou com serviço aqui [em São Paulo] e não posso deixar para ir em Salvador para votar. Então, achei mais fácil justificar. E essa votação que vou ter aí em Salvador, essa porcentagem de voto que vou ter, no meu caso, não interfiro em nada”, declarou o candidato, em contato com a TV Bahia.

De acordo com a recente pesquisa de intenção de votos, divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas no último dia 1º, Silvano teria somado um percentual de apenas 0,8%. Na última pesquisa Quaest, o candidato não chegou a somar pontos. Inclusive, ele não chegou a fazer campanha eleitoral na capital baiana, e também não divulgou as suas propostas para desenvolver a cidade.

A candidatura de Silvano Alves foi confirmada no dia 4 de agosto, em convenção partidária realizada de forma remota, através da plataforma Zoom Meeting. Apenas o seu candidato a vice-prefeito, Roque Júnior (PCO), e o delegado nacional do partido, Juliano Barbosa, marcaram presença na reunião.

Situação eleitoral de Silvano Alves

A Justiça Eleitoral indeferiu o registro de candidatura de Silvano Alves, portanto, o postulante está em ausência de elegibilidade, segundo o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda assim, ele pode concorrer as eleições de 2024, já que a decisão ainda cabe recurso e aguarda julgamento em instância superior.

Silvano Alves, de 49 anos, já concorreu ao cargo de vereador, em 2012, e tentou ser vice-governador da Bahia, em 2018. Nestas disputas eleitorais, o candidato a prefeito de Salvador não apresentou os documentos de quitação eleitoral para comprovar a prestação de contas. Isso explica a inelegibilidade determinada pela Justiça.

O candidato do PCO também já concorreu ao cargo de deputado federal, em 2006, e primeiro suplente, em 2022. Em 2012, ele representava o PMDB. Silvano nunca conseguiu um cargo político e, pelo visto, não é a sua intenção na disputa pela Prefeitura de Salvador.

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