Após polêmica, Bruno Reis explica mudanças no Festival da Virada e diz estar negociando com o MP-BA
Segundo o chefe do executivo municipal, novidades fazem parte de estratégia voltada ao turismo da cidade
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), se pronunciou sobre as recentes mudanças na programação do Festival Virada Salvador, esclarecendo questões ligadas ao projeto “Pôr do Som”, da cantora Daniela Mercury, que tradicionalmente ocorre no evento. Durante a inauguração de obras no bairro da Mata Escura, nesta sexta-feira (25), Bruno explicou que a exclusão do dia 1º de janeiro do cronograma faz parte de uma estratégia voltada ao turismo e à otimização da festa de Réveillon.
“O festival da virada são cinco dias. Para manter no dia 1º, teria que começar no sábado. Começando no sábado, eu perco turistas para outras cidades. Foi uma demanda do trade turístico. Todos os outros Réveillons do Brasil vão começar no dia 27. Foi definido que sexta era a melhor data”, afirmou o prefeito, em entrevista ao Portal M!.
Bruno Reis afirmou que ainda estão em andamento negociações para que o projeto de Daniela Mercury possa integrar a festa em outra data. A declaração veio após uma polêmica envolvendo o perfil oficial do Festival Virada no Instagram, que recentemente parou de usar o nome da cantora para designar o local do evento, a Boca do Rio. O movimento foi criticado por internautas, que classificaram a mudança como “desrespeitosa”.
“Convidamos Daniela para ela fazer o ‘Pôr do Som’ em qualquer dia que ela quisesse. E ela está estudando a possibilidade da prefeitura, contratando ela, de se apresentar no Farol da Barra. As conversas estão em curso”, acrescentou ele.
O prefeito busca uma solução para manter o “Pôr do Som” como parte da programação, ressaltando a importância da parceria com Daniela Mercury e a tradição do evento para o público e o turismo da capital baiana.
Na quinta-feira (25), a prefeitura emitiu uma nota informando que a alteração foi devida a uma recomendação do Ministério Público estadual (MP-BA) que proíbe “atribuir nome de pessoa viva […] a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta”.
“O Ministério Público desde o final do mês passado, recomendou e instaurou um procedimento para que nos retirássemos o nome [de Daniela Mercury] porque há uma lei que proíbe ter qualquer espaço público em denominação de pessoas vivas. O entendimento da lei é que, ao usar o nome da artista [viva], você está usando recursos públicos para promover a imagem de uma pessoa viva”, disse.
“Estamos negociando com o ministério público, tentando ver se é possível que assinamos um TAC não fazer nas peças publicitária referência a artista para ver se a gente consegue manter o nome dessa grande artista baiana. Caso não seja possível, não é uma decisão da prefeitura. Vamos ter que colocar um outro nome e eu vou pedir a Daniela Mercury a sugestão de qual nome devemos colocar na arena. Há a possibilidade dessa arena se chamar ‘Canto da Cidade’”, finalizou.
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