Sede do STF volta a ser cercada com grades de proteção após atentado com explosivos

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a instalar grades ao redor de sua sede nesta quinta-feira (14), um dia após explosões na Praça dos Três Poderes. A medida foi adotada pela equipe de segurança do tribunal, em resposta ao incidente envolvendo o chaveiro Francisco Wanderley, que tentou entrar no edifício do STF com explosivos. Após ser impedido pela segurança, Wanderley acionou o artefato, resultando em sua própria morte. As informações são da Agência Brasil.

As barreiras já haviam sido colocadas ao redor do STF após os atos golpistas de 8 de janeiro, mas foram removidas em fevereiro em um ato simbólico com a presença dos presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em resposta à imprensa, Barroso rejeitou a ideia de falha nos procedimentos de segurança. “Não houve falha na segurança. Esse cidadão se explodiu porque não conseguiu entrar. Ele ia se explodir aqui dentro. De modo que a segurança funcionou perfeitamente”, disse.

O presidente do STF também lamentou que o incidente tenha limitado a circulação de pessoas pela Praça dos Três Poderes. “Estava muito bonito a praça sem grades, as pessoas voltando a passear na praça. Em qualquer lugar do mundo, o sujeito que coloca uma bomba no corpo para se explodir e matar alguém é terrorista. É uma pena que um ato terrorista como esse impeça que a praça volte a ser do povo como ela deve ser”, complementou.

Mais cedo, Barroso reuniu-se com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e com o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury, para obter informações sobre as investigações. Segundo Patury, o retorno das grades foi uma das primeiras medidas sugeridas para proteger o STF após o ataque. Ele também informou que o uso de câmeras de reconhecimento facial e drones autônomos está sendo analisado para reforçar a segurança do local.

Patury destacou ainda a rigidez do protocolo de segurança na Esplanada dos Ministérios. “Tudo que é organizado, a inteligência [policial] consegue captar. Situações esporádicas, onde uma pessoa termina cometendo algum tipo de atentado, dificultam um pouco”, finalizou.