A importância da inclusão de pessoas neuroatípicas no mercado de trabalho
Além de cumprir a lei, é uma forma de abrir as possibilidades do ensino superior

Cada dia mais se faz necessário ampliarmos o nosso olhar para a inclusão e isso passa por setores como educação e mercado de trabalho, espaços que precisam se preparar para receber indivíduos com deficiência. Além de cumprir a lei, é uma forma de abrir as possibilidades na realização do ensino superior e inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) tem o objetivo de assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais para pessoas com deficiências (PCDs), assegurando inclusão social e cidadania como o direito à educação em diferentes níveis e cotas de emprego para pessoas com deficiência no setor público e privado.
De acordo com a Unesco, “as principais barreiras à inclusão são causadas pela sociedade, não por deficiências médicas”. Isso está relacionado ao desenvolvimento acadêmico, social, emocional e até físico.
Conhecer sobre os direitos e deveres do cidadão é o primeiro passo para que a inclusão seja efetiva e para que possamos colher resultados positivos em todos os setores. Ao adaptar seus espaços para acomodar pessoas neuroatípicas, as instituições promovem um ambiente mais inclusivo e diversificado. Isso não apenas respeita os direitos das pessoas com diferentes formas de processamento cognitivo, mas também enriquece a cultura organizacional com perspectivas diversas.
Muitas pessoas neuroatípicas possuem habilidades únicas, como pensamento criativo, habilidades matemáticas avançadas ou capacidade de foco intenso em áreas específicas. Ao criar ambientes que valorizam e se adaptam a essas habilidades, as instituições podem ajudar essas pessoas a desenvolver todo o seu potencial aproveitando sempre o que eles oferecem como maior habilidade.
À medida que a conscientização sobre neurodiversidade cresce, as organizações que se adaptam e aprendem a trabalhar com pessoas neuroatípicas estarão melhor preparadas para os desafios e oportunidades do futuro do trabalho, que valoriza a diversidade de habilidades e perspectivas.
A universidade é um dos espaços que podem e devem estimular o desenvolvimento de habilidades que possam construir competências necessárias para uma vida mais independente e com oportunidades de trabalho. As instituições de ensino superior precisam estar preparadas para receber estudantes com deficiência garantindo acesso à educação de qualidade, o que é essencial para seu desenvolvimento pessoal, profissional e mental.
Nos últimos anos, ficamos mais atentos quanto ao tema relacionado à inclusão e diversidade. As universidades estão recebendo estudantes de diferentes grupos sociais, políticos, econômicos, étnicos, religiosos, entre outros. A inclusão ajuda a combater estereótipos e preconceitos, promovendo uma sociedade mais justa e compreensiva.
Adaptar o ambiente para acomodar pessoas neuroatípicas significa fornecer acessibilidade adequada em todos os aspectos, como espaços tranquilos para trabalho, comunicação clara e direta, apoio emocional quando necessário, entre outros. Isso não só facilita a participação plena, mas também melhora o bem-estar e a saúde mental dessas pessoas.
É necessário e fundamental que os responsáveis por esses espaços tenham conhecimento sobre as leis de inclusão e estejam em constante atualização, inclusive conhecendo os tipos de deficiências e transtornos para que possam proporcionar e oportunizar esses indivíduos usando suas potências como ponto positivo para seu crescimento pessoal e profissional.
A preparação das universidades e ambientes de trabalho para receber pessoas neuroatípicas não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para promover a inclusão, a diversidade, a inovação e o sucesso organizacional a longo prazo.
Autora: Fernanda Menezes
Pedagoga, psicopedagoga, psicanalista e coordenadora do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico (NAAP) da Estácio Bahia
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