PIB do Brasil atinge R$ 11,7 trilhões e registra maior alta em 3 anos; descubra setores em destaque
Dados foram divulgados, na manhã desta sexta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A economia brasileira avançou 3,4% em 2024, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e registrando a maior expansão desde 2021. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse desempenho, o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, atingiu R$ 11,7 trilhões.
O crescimento foi puxado principalmente pelos setores de serviços e indústria, que apresentaram altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, em relação a 2023. Por outro lado, a agropecuária registrou uma queda de 3,2%, após ter apresentado crescimento robusto de 16,3% no ano anterior.
Evolução do PIB nos últimos anos
O desempenho do PIB brasileiro nos últimos cinco anos demonstra a recuperação gradual após o impacto da pandemia em 2020:
- 2020 (início da pandemia): -3,3%
- 2021: 4,8%
- 2022: 3%
- 2023: 3,2%
- 2024: 3,4%
Principais setores responsáveis pelo crescimento em 2024
Pela ótica da produção, três segmentos se destacaram, sendo responsáveis por aproximadamente metade do crescimento do PIB em 2024:
- Outras atividades de serviços: 5,3%
- Indústria de transformação: 3,8%
- Comércio: 3,8%
Dentro do setor industrial, o principal destaque foi a construção civil, que registrou crescimento de 4,3%, refletindo um aumento significativo em obras de infraestrutura e investimentos imobiliários.
Recuo na agropecuária e fatores climáticos
A agropecuária foi o único setor a apresentar retração em 2024, com queda de 3,2%. Segundo o IBGE, as condições climáticas adversas afetaram negativamente culturas agrícolas de grande peso no setor. As principais quedas foram registradas na produção de soja (-4,6%) e milho (-12,5%), dois dos produtos mais relevantes para as exportações brasileiras.
Consumo das famílias impulsiona demanda interna
Pelo lado do consumo, o destaque foi o consumo das famílias, que cresceu 4,8% em 2024. De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, a expansão está diretamente ligada a fatores que ampliaram a renda disponível da população.
“Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, analisa Palis.
Outro fator relevante foi a queda na taxa de desemprego, que encerrou o ano em 6,6%, o menor índice já registrado no país.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos em bens de capital, também teve um desempenho positivo, com alta de 7,3%. Apesar de representar um crescimento maior em relação ao consumo das famílias, seu peso no cálculo do PIB é inferior. Já o consumo do governo subiu 1,9% em 2024.
As importações tiveram um avanço expressivo de 14,7%, enquanto as exportações cresceram 2,9%, refletindo o aumento da demanda por bens e serviços estrangeiros.
Quarto trimestre mostra estabilidade econômica
O PIB cresceu 0,2%, no quarto trimestre de 2024, indicando estabilidade na atividade econômica. Para Rebeca Palis, a desaceleração nesse período foi influenciada pela inflação e pelo aumento das taxas de juros.
“No quarto trimestre de 2024 o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos”, explica Palis.
A elevação da taxa básica de juros, iniciada em setembro de 2024 pelo Banco Central, também teve impacto na redução do consumo das famílias e no ritmo de crescimento da economia.
PIB per capita registra avanço de 3%
O PIB per capita, que é a divisão do PIB pelo número de habitantes, alcançou R$ 55.247,45 em 2024, representando um crescimento real de 3% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação.
Com a continuidade do crescimento econômico, especialistas avaliam que o Brasil mantém um cenário favorável para os próximos anos, mas alertam para a necessidade de políticas públicas que garantam a sustentabilidade desse avanço e a redução das desigualdades sociais.
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