Seis em cada dez brasileiros usaram Pix mensalmente em 2024, aponta estudo
Banco Central já havia apontado, em dezembro de 2024, que era forma de pagamento mais utilizada no país

Seis em cada dez brasileiros realizaram pagamentos ou transferências via Pix, ao menos uma vez por mês ao longo de 2024, segundo revelou o estudo “Geografia do Pix“, divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As informações são da Agência Brasil.
A pesquisa analisou as transações de pessoas físicas no último ano e identificou que a adesão média nacional ao sistema de pagamentos instantâneos foi de 63%. O Banco Central já havia apontado, em dezembro de 2024, que o Pix era a forma de pagamento mais utilizada no país.
O Distrito Federal registrou a maior taxa de adesão, com 78% da população utilizando o serviço ao menos uma vez por mês. O Piauí teve o menor índice, com quase 55%. Entre as regiões, o Sudeste liderou com 67%, seguido pelo Centro-Oeste (65%), Sul (61%), Norte (60,5%) e Nordeste (58%). Segundo a FGV, os dados indicam ampla adoção do sistema, independentemente do nível de renda das unidades federativas.
Frequência de uso por estado
Cada usuário do Pix realizou, em média, 32 transações mensais. O Amazonas registrou a maior frequência de uso, com média de 48 operações por pessoa, enquanto Santa Catarina teve o menor índice, com 25 transações ao mês. Em termos regionais, Norte (41) e Nordeste (37) tiveram os maiores volumes médios de operações por usuário, seguidos pelo Centro-Oeste (34), Sudeste (30) e Sul (27).
Os pesquisadores observaram que usuários em regiões de menor renda tendem a utilizar o Pix com mais frequência.
“O estado do Amazonas ilustra a diferença entre acesso e uso. Nesse estado, verifica-se o maior número [48] de transações por usuário do país e, ao mesmo tempo, o menor valor médio das transações (R$ 120). Isso sugere um uso incorporado aos hábitos cotidianos, com transações frequentes e de baixo valor”, apontaram os técnicos da FGV.
Valores
O valor médio das operações realizadas no país foi de R$ 190,57. Nas regiões Centro-Oeste (R$ 240,37), Sul (R$ 223,84) e Sudeste (R$ 208,80), os montantes foram superiores à média nacional. No Nordeste e no Norte, os valores médios ficaram abaixo de R$ 151 e R$ 147, respectivamente.
“Essa diferença pode ser reflexo das desigualdades regionais: usuários de áreas de maior renda tendem a realizar transações de maior valor”, destacaram os pesquisadores.
Caso Pacaraima
O estudo também analisou o município de Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela. A cidade registrou um número de usuários do Pix (106.104) cinco vezes superior à população local (19.305), conforme o Censo Demográfico de 2022.
“A cidade, localizada na fronteira com a Venezuela, possui mais de cinco usuários do Pix para cada habitante registrado no Censo, estatística provavelmente associada ao fluxo migratório na região”, diz o relatório.
Em Pacaraima, cada usuário realizou, em média, 31 transações mensais, com um valor médio de R$ 119 por operação. O fenômeno foi classificado como uma “estatística curiosa” pelos técnicos da FGV, reforçando a relevância do Pix na dinâmica econômica local.
Regras do Pix são atualizadas
No início do mês, o Banco Central (BC) anunciou mudanças nas regras do Pix que poderão impactar cerca de 8 milhões de chaves vinculadas ao Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). A medida determina a suspensão de chaves atreladas a CPFs e CNPJs que não estejam regulares na Receita Federal. O objetivo é aumentar a segurança das transações e reduzir casos de fraude.
De acordo com o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Breno Lobo, a iniciativa visa impedir o registro de chaves com nomes divergentes dos constantes na base de dados da Receita Federal.
“No banco você só pode abrir uma conta com CPF e CNPJ válido; por falhas nesse processo, os bancos deixam passar nomes diferentes do CPF e do CNPJ“, explicou.
O BC registra atualmente 836 milhões de chaves Pix, das quais 796 milhões pertencem a pessoas físicas. Destas, aproximadamente 1% apresentam problemas cadastrais, o equivalente a 8 milhões de chaves. A maioria das inconsistências está relacionada a erros de grafia nos nomes cadastrados, problema que a nova regra também pretende corrigir.
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