Motumbá comemora 20 anos e agita Carnaval no Pelourinho com ritmos afro-brasileiros

O último dia de Carnaval no Pelourinho, nesta terça-feira (4), foi marcado por uma celebração de cultura, história e tradição. A banda Motumbá subiu ao palco na Praça Tereza Batista e trouxe para os foliões uma apresentação vibrante, que não só celebrou os 20 anos de trajetória do grupo, mas também reafirmou seu compromisso com as raízes afro-brasileiras e a cultura da Bahia. Comandada por Alexandre Guedes, a banda conquistou o público com sua fusão de ritmos e sua energia contagiante, levando turistas e moradores a se entregarem à festa no circuito Batatinha, no Pelourinho.

Motumbá e celebração dos 20 anos de história

O show no Pelourinho não foi apenas uma performance musical, mas também uma celebração de marcos importantes na música baiana. Alexandre Guedes, vocalista da Motumbá, fez questão de destacar os momentos especiais que se cruzam neste Carnaval.

“Pra gente é um prazer muito grande [participar da festa], no ano em que o trio elétrico faz 75 anos, o axé music completa 40 anos e o Motumbá chega aos 20 anos. A gente agradece ao Governo do Estado por todo esse apoio à cultura e à música, para a expansão da Bahia para o mundo”, disse Alexandre.

A banda, que se destaca pela sua fusão de ritmos afro-brasileiros, levou para o palco do Pelourinho uma mistura de música contagiante, danças tradicionais e performances vibrantes. O grupo encantou tanto os foliões que estavam ali para curtir a festa quanto os turistas que escolheram o Pelourinho para viver o carnaval de forma mais intimista e autêntica.

Papel do Pelourinho no Carnaval: cultura e inclusão

O Pelourinho tem sido um dos espaços mais destacados no Carnaval de Salvador, não só pela sua beleza histórica, mas também pela valorização de manifestações culturais locais. Segundo o governo do Estado, há um empenho para transformar o Pelourinho em um espaço que oferece alternativas culturais dentro do próprio carnaval, ao lado dos circuitos mais tradicionais. A descentralização das atrações, com destaque para palcos alternativos e desfiles de trios sem cordas, é um dos maiores sucessos desta edição.

Crislane Lisboa, uma turista do Rio de Janeiro, destacou a experiência positiva no Pelourinho em comparação com os circuitos mais tradicionais, como os do Campo Grande e da Barra.

 “Eu cheguei a ir para os circuitos no Campo Grande e na Barra, mas achei aqui muito mais tranquilo, seguro e animado. Além disso, tem mais bandas locais e isso incentiva os artistas da região”, disse a turista.

Circuitos alternativos: nova tendência do Carnaval de Salvador

A crescente popularidade dos circuitos alternativos tem sido uma das grandes apostas da festa. Estes espaços, mais tranquilos e menos saturados, oferecem uma experiência mais próxima das tradições culturais da Bahia, além de serem uma plataforma de valorização dos artistas locais. Cristina Marques, moradora de Salvador, ressaltou a importância dessa descentralização para o sucesso do evento.

“Eu sou de Salvador, mas fazia tempo que não vinha ao Pelourinho no carnaval. Esse ano resolvi vir e achei maravilhoso! Espaços ótimos, sem nenhum problema de violência. Esse circuito alternativo é o que tem que rolar mesmo”, disse Cristina.

Para Elenice Vilas Boas, turista de São Paulo, o Pelourinho representou um espaço acolhedor para a festa. 

“Acho o Pelourinho acolhedor. Gosto do som que rola aqui e acho importante ter essa estrutura para os artistas. O carnaval dos grandes circuitos é muito voltado para os turistas, então essa descentralização é essencial”, disse a turista.