Vixe! Reviravolta na oposição para eleição de 2026 e 2028 na Bahia. ACM Neto para federal, Roma para o governo. E o impasse que impede a ida de Florence ao TCE
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Neto para federal e prefeito
Um novo cenário eleitoral para a oposição na Bahia em 2026 estaria sendo discutido nos bastidores. Segundo informações chegadas ao Portal M!, o ex-prefeito ACM Neto pode se lançar candidato a deputado federal pelo União Brasil no próximo ano. Além de ajudar a eleger uma ampla bancada para a Câmara dos Deputados, ele se cacifaria para voltar a disputar a prefeitura de Salvador em 2028.

Ana Paula e o PDT fora
O cenário, pelo visto, não deve agradar partidos que fazem parte da oposição no estado. Pelo andar da carruagem, esse movimento levaria o PDT a romper com o União Brasil, já que a vice-prefeita Ana Paula Matos, do partido, seria preterida de disputar a sucessão do prefeito Bruno Reis, em 2028. Ana Paula é bem avaliada dentro e fora da base e estaria pronta para assumir o desafio de gerir a capital baiana. Mas, diante das novas perspectivas de Neto, não restaria alternativa a seu partido, o PDT.

PDT nos braços do PT
O detalhe é que, além das rusgas que mantém com Neto desde a última eleição, o presidente pedetista no estado, deputado Félix Mendonça Jr., estaria abrindo diálogo com o governo do PT na Bahia, através da influência da relação federal entre o ministro Carlos Lupi e o presidente Lula. O assunto chegou a ser tratado recentemente, num jantar em Brasília com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Avanço nas conversas
Para o jornal A Tarde, recentemente, Félix Mendonça Jr. admitiu recentemente que esta foi a primeira vez que o assunto foi debatido com uma liderança petista. “Estamos conversando. Esse jantar realmente provocou um início de conversa, sem dúvida nenhuma. Podemos dizer que este foi o primeiro passo, uma provocação sobre o debate que não havia existido até hoje”, disse o dirigente, admitindo o avanço das conversas.

Roma para o governo
Mas voltando a 2026, com a saída de cena do ex-prefeito ACM Neto, a dúvida é quem seria o candidato do grupo oposicionista ao governo do estado. O primeiro nome da fila passa a ser do ex-ministro João Roma, presidente do PL na Bahia. Além de se fortalecer como liderança da oposição, garantiria a reeleição da esposa, a deputada Roberta Roma, e ainda contribuiria para eleger uma bancada grande de seu partido.

Pressão sobre Bruno
Caso Roma não vingue para o governo, poderia ser deslocado para uma das vagas ao Senado. A chapa dos sonhos seria com o prefeito Bruno Reis candidato ao governo e Roma ao Senado. O único nome que realmente ameaça os planos do PT no estado seria hoje o do prefeito de Salvador na cabeça da chapa. Bruno resiste e descarta essa operação, não quer se lançar na aventura, apesar de estar sendo pressionado por ACM Neto.

Fragilizar a oposição
O detalhe é que esse movimento do PDT enfraquece ainda mais a oposição na Bahia. Além dos pedetistas, o governador Jerônimo Rodrigues está empenhado em levar de volta para sua base o PP, comandado no estado pelo deputado federal Mário
Negromonte Júnior. A bancada da sigla já está na ala petista, mas falta a direção partidária sacramentar a mudança de rumo na política baiana. Muita informação, já que o União Brasil pode perder também o PSDB, que está em processo de diálogo para fundir com outro partido nacionalmente, o que pode provocar uma baixa acentuada na base da oposição no estado. A conferir.

Desorganização na agenda
Um comentário corriqueiro no Centro Administrativo da Bahia é sobre a desorganização da agenda semanal do governador Jerônimo Rodrigues. Diferente dos governos Jaques Wagner e Rui Costa, a programação nunca é feita com a antecedência devida, priorizando sempre pautas e viagens aleatórias, sem o planejamento que já foi regra nos governos anteriores. Um deputado governista, ouvido pela coluna, disse que ficou surpreso com a indefinição dos eventos das semana, o que, muitas vezes, deixa os parlamentares a ver navios com tantos imprevistos.
O que trava Florence no TCE?
Volta e meia fala-se na possibilidade de o secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence, ser indicado para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. No entanto, o deputado licenciado não sente segurança para aceitar o novo desafio. O problema é que há um questionamento na Justiça, feito pelos auditores fiscais, para que a categoria possa fazer a indicação dessa vaga. Eles dizem que não compete ao governador fazer a designação.

Estratégia definida
Com a eventual saída de cena de Florence do governo para assumir a vaga no tribunal de contas, seu filho, Túlio Florence, seria lançado candidato a deputado estadual pelo PT. Com isso, o deputado estadual Robinson Almeida disputaria para federal, para tentar ocupar a vaga que hoje é de Afonso. No partido, a estratégia já estaria arrumada. O problema é que ele, um deputado experiente e com mandato, não ia querer assumir a indicação para o TCE e depois ver o processo judicializado. “Essa instabilidade jurídica para a vaga dificulta a ida dele”, explicou uma fonte do partido.

Josias na espera
Afonso Florence teve 150 mil votos na última eleição, um capital político que não pode ser desprezado. Caso ele não aceite deixar o governo e o mandato para assumir a próxima vaga do TCE, a possibilidade aventada é a do ex-deputado Josias Gomes, também do PT, ser indicado para o posto.

Otto quer Ottinho na vaga
E então, por que Afonso Florence não segue na fila e espera a vaga seguinte para o Tribunal de Contas dos Municípios? O que se comenta no governo, no entanto, é que a próxima vaga do TCM estaria reservada para uma indicação do senador Otto Alencar, que quer lançar o nome do filho Ottinho.

Vice ou TCM?
O detalhe é que o deputado federal Otto Filho teria duas opções até 2026. Ser vice na chapa do governador Jerônimo Rodrigues ou indicado para vaga do Tribunal de Contas dos Municípios. O senador Otto Alencar estaria convencido da estratégia de indicar o filho para o cargo vitalício, que ele próprio já ocupou, antes de retornar para a política. A conferir.

Lula derreteu na Bahia
A dificuldade de comunicação do governo Lula com a população da Bahia parece ter impactado diretamente na avaliação do presidente da República no estado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26), a desaprovação ao governo Lula no reduto eleitoral do PT passou de 29% para 51%. Em estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, ultrapassou os 60%. Pelo visto, o ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, vai precisar fazer milagre para minimizar os desgastes do governo.

*E por hoje é só. Agora é ir para a rua aproveitar o Carnaval de Salvador. Voltamos com muita informação na Coluna Vixe da quarta-feira pós Cinzas, dia 12 de março. Bom Carnaval pra você!
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