Bispa diz que não vai se desculpar após apelo a Trump por imigrantes e LGBTQIAPN+
MariannBudde pediu que Trump tivesse misericórdia da comunidade LGBT e dos imigrantes ilegais. Trump disse que ela devia desculpas aos EUA

A bispa Mariann Edgar Budde disse, nesta quinta-feira (23), que não irá se desculpar pelas declarações feiras no sermão após a posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Durante a cerimônia, ela fez um apelo ao presidente dos EUA para que mostrasse misericórdia às pessoas LGBTQIAPN+ e aos imigrantes que estão ilegalmente no país.
Em resposta ao apelo da bispa, Trump afirmou, através da rede social Truth Social que ela e a igreja deveria se desculpar, ainda a chamando de “radical de esquerda”. Entretanto a bispa afirmou que não irá pedir desculpas pelas declarações.
“Eu lamento que isso tenha causado o tipo de resposta que causou, no sentido de que realmente confirmou exatamente aquilo sobre o que eu estava falando antes, que é nossa tendência de pular direto para a indignação e não falar uns com os outros com respeito. Mas não, eu não vou me desculpar pelo que disse”, declarou Mariann em entrevista concedida ao National Public Radio (NPR).
Críticas de Trump
A declaração do presidente dos Estados Unidos aconteceu ainda na quarta-feira (22), menos de 24 horas depois que Trump tomou posse. “A suposta bispa era uma radical de esquerda linha dura que odeia Trump. Ela levou sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Ela tinha um tom repugnante e não era convincente ou inteligente. Ela deixou de mencionar o grande número de imigrantes ilegais que vieram para o nosso país e mataram pessoas. Além de suas declarações inapropriadas, a celebração foi muito chata e pouco inspiradora. Ela não é muito boa no trabalho dela. Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público”, escreveu o republicano em seu perfil no Truth Social.
Na sequência, apoiadores também fizeram coro ao presidente e criticaram a bispa. Dentre as críticas, está a de um congressista americano, que disse que Budde deveria ser “incluída na lista de deportação”, ainda que ela tenha nascido nos Estados Unidos, segundo a NPR.
Declarações de Mariann
Mesmo após as criticas, a bispa afirmou que não vê Trump como um inimigo. “Não odeio o presidente, eu rezo por ele. Eu não sinto que há necessidade de se desculpar por um pedido de misericórdia”, declarou a bispa durante a entrevista. “Acredito que podemos discordar respeitosamente, expor nossas ideias e continuar defendendo as convicções que nos foram dadas, sem recorrer à violência verbal”, completou.
Essa não é a primeira vez que Mariann critica publicamente o presidente Trump. Em 2020, ainda durante o primeiro mandato do presidente, a polícia e a Guarda Nacional agiram com violência contra manifestantes que protestavam em frente à Casa Branca, contra o assassinato de George Floyd. A bispa criticou a postura do presidente, afirmando que “Trump usou símbolos sagrados para cobrir-se com o manto da autoridade espiritual, ao mesmo tempo em que assumia posições contrárias à Bíblia que ele segurava na mão”.
Relembre o caso
Menos de 24 horas após assumirem como presidente e vice dos Estados Unidos, Trump e JD Vance, marcaram presença na cerimônia religiosa onde Budde pregou. Durante o discurso, a bispa lembrou do atentado contra a vida do republicano e que ele foi salvo pela providência divina.
“Você sentiu a mão providencial de um Deus amoroso. Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas agora”.
Ainda durante a pregação, a bispa lembrou que “a grande maioria dos imigrantes não são criminosos”, mas que são bons vizinhos e membros fieis de comunidades religiosas. “Há crianças gays, lésbicas e transgênero em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas”, completou Budde.
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