Vixe! Quem Jerônimo escolherá para assumir o PT na Bahia? A movimentação de Moema. A transição e o secretariado em Feira. E mais, a sinceridade de Muniz
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Éden na Assembleia
Uma das coisas mais faladas no Partido dos Trabalhadores nos últimos dias foi quem deverá suceder o presidente da legenda na Bahia, Éden Valadares. Ele, que assumiu o comando da sigla há pouco mais de 6 anos, encerrará seu mandato e planeja alçar novos voos na política. Quer ser deputado estadual e, para isso, deverá começar a construir sua candidatura para a Assembleia Legislativa.
Quem Jerônimo escolherá?
A pergunta que não quer calar: quem o governador Jerônimo Rodrigues escolherá para ocupar o posto? Até porque, quando Éden foi eleito, ele era muito ligado ao senador Jaques Wagner, então candidato ao governo. Agora, fala-se que o governador terá que construir um nome que consiga avançar na preparação do partido para a disputa de 2026.
Renovação do elo com a população
Éden, inclusive, tem falado sobre o processo de renovação do PT baiano, com a ascensão de novos quadros e novos desafios. Para ele, o Partido dos Trabalhadores precisa não só renovar seus nomes, mas renovar também o seu programa, atualizar seu projeto de poder, há 18 anos comandando a Bahia. Isso tudo na tentativa de fortalecer o elo com a população, atendendo às reais expectativas da sociedade para o novo contexto social.
As apostas
Volto, no entanto, ao questionamento inicial: quem terá estofo para isso? No partido, quatro nomes são ventilados nos bastidores. Um deles é o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, ligado ao governador. Há ainda Glauco Chalegre, ligado a Éden e ao senador Jaques Wagner, e Tassio Brito, alinhado ao deputado federal Valmir Assunção e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Preparação para 2026
O quarto nome seria Gutierrez, alinhado ao ministro Rui Costa. Pelo que se comenta no PT, o vencedor será aquele que o governador “colocar a mão” e decidir que vai trabalhar pela estruturação da sigla, pavimentando o caminho para sua reeleição. Ou seja, será um período de muitas discussões, de muita informação!
As tentativas de Moema
Após ver seu candidato Rosalvo Batista Neto (PT) ser derrotado pela prefeita eleita de Lauro de Freitas, Débora Régis (União Brasil), a atual prefeita Moema Gramacho passou a ser considerada “persona non grata” por setores do próprio partido. A informação que circulou nos últimos dias foi que estavam tentando emplacar Moema como secretária de Estado, mas o governador Jerônimo teria negado.
Tentativa em Camaçari
Na última semana, após o resultado no segundo turno em Camaçari, voltou a circular com força a tese de que Moema poderia ser alçada à condição de secretária no município vizinho, na Região Metropolitana de Salvador, mas também teria tido o pleito negado pelo colega de partido. Pelo visto, a prefeita do PT terá que se reinventar nos próximos 2 anos para pavimentar sua candidatura a deputada federal em 2026, já que não deverá ter espaço para atuar na gestão estadual ou ainda em algum município gerido por aliados. A conferir.
Expectativa em Feira
Em Feira de Santana, todas as atenções se voltam para o final do governo Colbert Martins (MDB) e para o anúncio do secretariado que será feito pelo prefeito eleito José Ronaldo de Carvalho (União Brasil). Até agora, ele não deu sinais de como irá compor a sua quinta gestão. A aposta é que muitos dos nomes que integram a equipe de transição passem a ocupar lugares de destaque na nova administração, que será iniciada no dia 1º de janeiro.
A transição e o secretariado
A expectativa é que até o final do mês ou, no máximo, no começo de dezembro, Zé Ronaldo tenha acesso ao relatório produzido pela equipe de transição, que se reúne todas as quartas-feiras na cidade, para traçar as linhas da sua nova gestão. O que se fala na Princesa do Sertão é que ele não vai nomear as secretarias extraordinárias logo de imediato, deverá fazer cortes, inclusive no funcionalismo, para que possa organizar as finanças do município e colocar em prática suas promessas de campanha.
Planejamento da gestão
Esse período de arrochos pode durar de 3 a até 6 meses, na tentativa de empreender um processo de contenção total de gastos. “Vai ser um começo de governo com arrochos. As cidades estão todas com seus caixas desequilibrados. Ou aperta o cinto e se planeja, ou não conseguirá fazer tudo que foi prometido na campanha”, disse um dos integrantes da equipe de transição.
Nem estadual, nem federal
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), disse nesta última terça-feira (12), durante participação no PodZé, que não planeja disputar uma vaga de deputado estadual ou federal na eleição de 2026. De acordo com o tucano, sua atuação como vereador o coloca em contato direto com a população da cidade, o que lhe satisfaz muito na construção da sua trajetória política. “Eu não faço política por ego, eu faço política porque eu gosto de fazer, porque eu quero fazer o bem da população de Salvador e, pode ter certeza, que eu sou uma pessoa muito feliz por ser vereador.
“Sincerão”
Após ser apontado pelo apresentador Zé Eduardo como “sincerão”, o presidente Carlos Muniz afirmou que o seu legado vai ser sempre “a palavra”. “Não adianta eu mentir porque amanhã todo mundo sabe que eu menti. Você ser sincero, na sua vida pessoal e na vida política, é a coisa mais correta que existe. Eu acho que eu não faço nada de anormal”, disse ele, ao reconhecer que, infelizmente, nem sempre todos agem com verdade na política. “Ter amizade, ser parceiro, não é ter submissão”, enfatizou Muniz, ao destacar a relação harmoniosa que mantém com o chefe do Executivo da capital.
Neto para o governo
Ao avaliar o cenário eleitoral de 2026, Muniz disse ainda que o candidato que deverá representar a oposição na próxima disputa será o ex-prefeito ACM Neto, construindo sua candidatura ao governo da Bahia nos próximos 2 anos. Para ele, uma possível ausência de Neto mostraria “fraqueza” do dirigente do União Brasil diante do governador Jerônimo Rodrigues e do PT.
Maior que ACM Neto
Para Muniz, por mais que o prefeito Bruno Reis seja hoje “maior” que ACM Neto e tenha mais prestígio político junto à população, o atual prefeito não deverá deixar a Prefeitura da capital baiana para entrar na nova disputa. Para ele, caso isso acontecesse, seria uma atitude “irresponsável”, diante da população da cidade, que lhe deu mais de 78% dos votos válidos dia 6 de outubro. “Seria uma irresponsabilidade de Bruno Reis ser candidato. O povo de Salvador votou nele para ele ser prefeito da cidade durante quatro anos. Eu não estou dizendo que Bruno não vai ser candidato, mas, naturalmente, o candidato é ACM Neto”.
Tarefa difícil
Carlos Muniz disse ainda que derrotar o governador Jerônimo Rodrigues no próximo pleito não será uma “tarefa fácil”, por ele estar sentado na cadeira e com a caneta na mão. No entanto, Muniz afirmou que ACM Neto é o nome “mais forte” para retirar o Partido dos Trabalhadores do comando do governo baiano. “Apesar de Jerônimo não ter uma avaliação tão positiva como a de Bruno, vai ser muito difícil para qualquer um derrotar Jerônimo. Isso pode acontecer? Pode. Agora, como? Com Neto candidato”.
Relação respeitosa
Ao avaliar a relação entre a Câmara e a Prefeitura, Carlos Muniz disse ainda que não é submisso ao prefeito Bruno Reis, sobretudo diante de propostas enviadas pelo Executivo para o Legislativo Municipal. Em sua fala, Muniz disse que “nem sempre” concorda com o que o prefeito “pensa que é correto”, mas que mantém uma relação de respeito e muito diálogo.
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