Rogério Carvalho defende Haddad e aponta desafios para governo em 2026
Líder do PT no Senado destaca a importância das conquistas econômicas, minimiza críticas ao ministro da Fazenda e alerta sobre preparação para cenário eleitoral futuro

Em meio a um cenário de críticas intensas à condução econômica do governo, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para o senador, as críticas direcionadas ao ministro são desproporcionais, refletindo mais as entregas e ações de Haddad do que eventuais falhas em sua gestão. Carvalho, em entrevista exclusiva ao site IstoÉ, ressaltou as importantes conquistas econômicas promovidas pelo ministro e criticou a forma como esses avanços têm sido tratados por opositores e aliados.
Críticas motivadas pelo sucesso da gestão
Carvalho destacou que, quando um político é amplamente atacado, muitas vezes isso acontece devido ao impacto positivo de seu trabalho.
“Eu costumo dizer que, quando um político ou um gestor é muito combatido, geralmente, ou ele é questionado, ele não é pelos seus defeitos, mas pelas suas qualidades”, explicou o senador.
Para ele, o ministro Fernando Haddad tem sido alvo de críticas não por falhas em sua gestão, mas justamente pelas conquistas que tem liderado, como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal e o programa Desenrola.
O senador enfatizou ainda a importância do trabalho do ministro da Fazenda para o país e para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que as ações implementadas por Haddad têm tido um impacto direto na vida das pessoas e na economia do Brasil, especialmente com a aprovação de reformas estruturais que buscam melhorar a arrecadação e o equilíbrio fiscal do país.
Fogo amigo e desafios internos
Apesar de sua defesa enfática do ministro da Fazenda, Rogério Carvalho reconheceu a existência de críticas internas no PT e no governo, o que é comumente denominado “fogo amigo”. Carvalho admitiu que, embora o governo enfrente pressões externas de opositores, também há desafios internos, com membros do próprio partido questionando algumas das políticas econômicas, como o aumento de impostos.
O senador citou um exemplo recente de obstáculos enfrentados por projetos do governo, como o programa Pé-de-Meia, que visa garantir a permanência dos alunos na escola
“Na política tem fogo de todos os lados, interno, externo, de cima, de baixo, de todos os lados”, disse Carvalho, destacando a complexidade do cenário político atual.
Comunicação e cenário eleitoral de 2026
Carvalho também abordou a necessidade de melhorar a comunicação do governo, especialmente em relação ao enfrentamento das crises e desafios que surgem ao longo da gestão. Para o senador, o governo precisa estar preparado para contornar as adversidades e estar atento ao impacto dessas crises nas eleições de 2026, quando o presidente Lula tentará um quarto mandato.
“Acredito que esses tropeços que ocorreram serão bastante amenizados, vai diminuir bastante. O governo tem que se preparar para enfrentar essas críticas, esses questionamentos”, afirmou.
Ele também defendeu que a recente mudança na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), com a indicação do baiano Sidônio Palmeira para o cargo, pode ajudar a minimizar os impactos negativos das crises e melhorar a percepção pública sobre a administração Lula. Carvalho enfatizou a importância de uma comunicação mais ágil e eficiente para evitar que situações de crise se arrastem por longos períodos e afetem a imagem do governo.
Preparação para 2026: desafio das críticas e da comunicação
Com o horizonte eleitoral de 2026 se aproximando, o senador destacou que, além de focar na execução de suas políticas públicas, o governo precisa estar atento às movimentações políticas em torno do pleito. A disputa eleitoral será intensa, e o governo Lula precisará de uma estratégia sólida para neutralizar críticas e fortalecer sua base de apoio.
O senador também afirmou que, embora as críticas sejam comuns em qualquer governo, é importante que o governo se prepare adequadamente para minimizar seus impactos.
“Esses tropeços acontecem, mas podem ser reduzidos ao mínimo. Sempre haverá desafios, mas é possível trabalhar para que o governo se recupere rapidamente e continue focado em suas metas”, concluiu Carvalho.
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