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Vixe! Debate da Band ainda repercute. O nervosismo de Geraldo e Bruno. A lamúria dos candidatos em Salvador. O peso da Conder e a espera do horário eleitoral

Toda quarta temos novidades da política, do mundo empresarial, jurídico e das artes pra que você entenda melhor "como a roda gira" nos bastidores

Obedece quem tem juízo

Uma assessora do gabinete do governador Jerônimo Rodrigues tem dado o que falar na Governadoria. Empoderada, ela tem definido comissões, gratificações dos servidores e dado muitas broncas em pessoas do entorno. Há quem diga que a moça tem liderado até mesmo conchavos para limar quem não lê na sua cartilha. Pelo que se comenta no Centro Administrativo da Bahia, a toda poderosa atuou, inclusive, para tirar a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) do prédio do COE, onde o governador despacha, determinando o retorno dos funcionários da pasta para o prédio da antiga Governadoria, onde funcionava. Pelo que dizem, até mesmo o governador já foi avisado das movimentações da aliada.

Governadoria

Geraldo pressionado

Quem tem acompanhado de perto as movimentações do candidato Geraldo Júnior (MDB) diz que ele tem sido alvo de muitas pressões do entorno. Pelo que se comenta, o vice-governador tenta se equilibrar na tentativa de agradar o senador Jaques Wagner, o ministro Rui Costa, o governador Jerônimo Rodrigues e, agora, a sua equipe de marketing. “É muita pressão em cima dele”, afirmou uma moça que atua próximo à campanha emedebista, enfatizando que o vice muitas vezes parece perdido diante de tanta pressão, o que acaba comprometendo uma das suas maiores marcas, a naturalidade.

Geraldo Jr e Jaques Wagner

Debate ainda repercute

Ainda repercute a performance dos três principais candidatos a prefeito de Salvador no primeiro debate realizado pela Band Bahia, na última semana. Segundo aliados do vice-governador, ele ficou nervoso, mas mostrou capacidade de reação e “a possibilidade de crescer” nos próximos encontros televisivos. Isso, segundo avaliação dos seus aliados, “diferente do prefeito Bruno Reis, que está sentado na cadeira, detém o controle da máquina administrativa e mostrou também em vários momentos um nervosismo que não lhe cabia”, como analisou um emedebista. Independente da torcida de lado a lado, a verdade é que o candidato Kleber Rosa, do PSOL, mostrou uma leve vantagem sobre seus adversários.

Kleber Rosa

O nervosismo de Geraldo e Bruno

Já os aliados do prefeito Bruno Reis dizem que ele foi o melhor posicionado no debate televisivo. “Geraldo literalmente derreteu. Mostrou nervosismo e que o discurso de alinhamento com os governos estadual e federal não sustentam uma campanha municipal”. Alguns aliados, no entanto, avaliaram que ele não estava natural no primeiro bloco, mostrou nervosismo em alguns momentos. “Mas, a partir do segundo, ele encontrou o tom e conseguiu se entender melhor com o público e com a dinâmica do embate televisivo”, completou um vereador da base aliada.

Geraldo Jr e Bruno no debate da Band

Tom arrogante

Um dos pontos comentados pelos aliados de Geraldo é que ele mostrou certa arrogância no debate da Band, ao afirmar que o candidato do PSOL havia apoiado sua candidatura a vice-governador em 2022, junto com Jerônimo, e que Kleber estaria marchando ao lado dele no segundo turno deste ano, contra o prefeito Bruno Reis.

Kleber Rosa e Geraldo Jr

Lamúria dos candidatos

Há candidatos a vereador filiados a partidos da base do governo estadual que estão preocupados com o rumo da campanha desse ano na capital baiana. Enquanto vereadores de mandato estão tendo a promessa de ter R$600 mil em obras para indicar para suas bases, quem não tem mandato na Câmara diz que está “a pão e água”, só com a promessa de que poderá ter acesso a indicações de obras via Conder. O detalhe é que uma grande licitação estava para acontecer nos últimos dias, mas o consenso é que essas intervenções pouco ou nada ajudarão na atração de votos para o pleito desse ano. “Falta muito pouco tempo e não estamos tendo ajuda nenhuma”, como disse um candidato do PT e outro do MDB.

Obra da Conder

Zé Trindade e Geraldo

Há quem diga que o presidente da Conder, José Trindade, não estaria empenhado em ajudar os aliados do governo, sobretudo, depois de ter sido limado da tentativa de se viabilizar como nome de grupo para a prefeitura de Salvador. “Na verdade, as coisas (obras) estão saindo aos poucos, mas o problema é que Zé Trindade parece conspirar contra a campanha do MDB”, completou um candidato do PV.

Vistoria em obra da Conder

Governo fortalecido pós eleição

Apesar das lamúrias de muitos candidatos em Salvador, tem figurão do PT e do MDB que aposta que o governo estadual poderá sair fortalecido da eleição deste ano na capital e no interior. A justificativa é que o governador deverá sair do pleito maior do que está entrando. “Jerônimo vai ajudar a eleger mais prefeitos, mais vereadores e, com isso, terá sua coalizão ampliada no estado”. Na conta dos governistas, além da soberania nos pequenos municípios, o PT e seus aliados trabalham para vencer cidades estratégicas como Camaçari, Ilhéus e Itabuna, São Francisco do Conde, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

Jerônimo Rodrigues

Geraldo sobe e Kleber desce

Os mais otimistas ligados a Geraldo dizem que ele deve crescer ao longo da campanha. Para isso, no entanto, o candidato do PSOL não deve avançar na mesma medida, como muitos projetam, já que Kleber atrai o eleitorado mais à esquerda, leia-se PT, PCdoB, os sindicatos, o funcionalismo público e os movimentos sociais, eleitores que tradicionalmente votam nos nomes oposicionistas. “O melhor de tudo é que Fabya consolida o voto desses segmentos em Geraldo”, completou um dirigente experiente do PT.

Geraldo Júnior

Franco atirador

Na avaliação do figurão petista, “Kleber é um franco atirador. Ele no fundo vai fazer mais estrago na candidatura de Bruno do que em Geraldo, já que na hora do voto útil pra derrotar o atual prefeito, o povo acabará votando no vice-governador em detrimento do postulante do PSOL”, aposta o petista.

Kleber Rosa

Bruno consolidado

Já os aliados do União Brasil dizem que prefeito Bruno Reis está consolidado e que não há espaço para uma maior mudança no pleito desse ano. Todos sabem que não dá pra jogar esse jogo eleitoral com salto alto. Sentem na pele ainda os estragos advindos dos erros cometidos pelo então candidato ACM Neto na última eleição. “Mas as cartas estão na mesa e os avanços da própria gestão são os maiores cartões postais do atual prefeito. Precisaria acontecer um terremoto ou um erro fatal de Bruno e sua equipe”, explicou um apoiador do União Brasil.

Bruno Reis

O maior trunfo

Segundo um deputado do UB, o maior trunfo do prefeito Bruno Reis é o próprio Bruno. “É o trabalho dele, sua vice Ana Paula e o exército de candidatos a vereador espalhados pela cidade. Além disso, tem a quantidade enorme de obras da gestão em toda Salvador”, como explicou o parlamentar, ao reforçar o fato de Bruno ser “um gestor acessível, que olha no olho das pessoas, que ouve e que se emociona”.

Bruno e Ana Paula Matos

Peso do horário eleitoral

Até mesmo a aposta que está sendo feita no horário eleitoral não deve surtir os efeitos esperados pelos apoiadores do PT. A justificativa é que o eleitor está mais amadurecido e não será tão impactado pelos programas do rádio e da televisão. Até porque, a forma de consumir informação mudou muito, sobretudo, com a força das redes sociais.

Bruno nas ruas

Baixa no digital

Segundo informação obtida pelo Portal Muita Informação, “o digital, inclusive, tem sido uma dor de cabeça para o candidato do MDB. “A campanha emedebista tem enfrentado vários problemas”, confidenciou o integrante do grupo, ao informar as mudanças e baixas sofridas no núcleo de Geraldo nos últimos dias.

Geraldo e Fabya Reis

Virada de jogo

Um dirigente partidário ligado a Bruno Reis diz ainda que o cenário previsto pelo governo estadual, de Geraldo chegar a 35% dos votos válidos, tende a não acontecer. Até porque, a expectativa é que o candidato do PSOL cresça sobre o eleitorado da esquerda, mas não na medida esperada. Dizem que ele tem teto, não tem elementos técnicos para sustentar um debate efetivo, que convença a população de que é capaz de tirar projetos e promessas do papel, como a tarifa zero. “Não existe tarifa zero. Para ter gratuidade alguém tem que pagar a conta. E o eleitor sabe que isso é um cenário irreal, não se ilude mais”, justificou o governista, ao reforçar que não há cenário para uma virada de jogo nem segundo turno na capital baiana.

Bruno Reis
Arte/Haron Ribeiro