Vixe! A primeira crise na campanha do MDB. A intransigência de Valderico e o recuo de Jabes em Ilhéus. E mais, o Agir no ‘caderninho’ de Jerônimo

Crise na campanha do MDB

Pelo visto, o clima pesou no núcleo duro da campanha do pré-candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior. A primeira crise envolveu o coordenador-executivo, Henrique Carballal, que chegou a bater boca com policiais da equipe de segurança da vice-governadoria durante um evento no Cabula. Quem presenciou a cena não sabe ao certo o motivo da discussão, mas viu um Carballal com ânimos alterados contra o staff policial que acompanha o vice-governador.

A intransigência de Valderico

Foi tensa a reunião realizada ontem com a oposição de Ilhéus para definir o futuro do grupo na eleição deste ano. Informações chegadas à Coluna Vixe! dão conta de que o pré-candidato do União Brasil, Valderico Júnior, não cedeu aos apelos feitos pelos caciques de seu partido, nem do Progressistas, para que ele fosse alçado à condição de vice na chapa do secretário-geral do PP, Jabes Ribeiro, que lidera as pesquisas no município.

Negociação difícil

Dados de pesquisas foram apresentados e nem mesmo os apelos feitos pelo vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, e pelo prefeito Bruno Reis, surtiram efeito. Os caciques chegaram a oferecer a Valderico a participação no futuro governo municipal, com a garantia de que Jabes não apresentaria candidatura a reeleição, o que não funcionou.

Erro de estratégia

Num erro primário de estratégia, o jovem acredita que é possível desbancar sozinho a candidata do governo estadual, Adélia Pinheiro, do PT. Quem teve acesso aos números das pesquisas encomendadas pelo UB diz que só a dobradinha Jabes e Valderico seria eficiente para derrotar a candidata governista. Como a jovem liderança local se mostrou irredutível, a expectativa é que Jabes retire seu nome da disputa, sepultando as chances de vitória do grupo na terra de Gabriela.

Disputa acirrada em Feira

A disputa pela Prefeitura de Feira de Santana promete ser acirradíssima esse ano, com perspectiva de ser decidida no segundo turno, como aconteceu em 2020. Por mais que não tenha deslanchado ainda nas pesquisas, o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) deverá ser o fiel da balança na eleição que se avizinha. Segundo pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data, divulgada na última segunda (8), o candidato Zé Ronaldo (União Brasil) lidera com 48% das intenções de votos, superando Zé Neto (PT), que tem 40%. O tucano Pablo Roberto aparece com 10%.

Vice de Zé Neto

Faltando menos de um mês para o período das convenções partidárias, que vão confirmar as candidaturas, cresce a especulação sobre quem será o vice ou a vice dos prefeituráveis deste ano. Do lado de Zé Neto, o nome que deve ser confirmado é o do ex-vereador Roberto Tourinho (PSB).

Vice de Zé Ronaldo

Já na ala do ex-prefeito Zé Ronaldo, dois nomes estão na disputa, os ex-secretários Sérgio Barradas Carneiro e Zé Chico. Pelo que se comenta no município, o prefeito Colbert Martins chegou, inclusive, a desincompatibilizar os ex-auxiliares para facilitar na escolha de Ronaldo, que insiste em desprezar o atual prefeito e sua indicação, podendo pagar um preço altíssimo por isso.

No páreo

Nessa conta, Sérgio figura como uma pessoa que, apesar das resistências no núcleo de campanha do UB, foi colega na Assembleia Legislativa do atual prefeito Colbert e também do ex-prefeito Zé Ronaldo, tendo sido secretário de ambos. Além da capacidade gerencial, Sérgio agrega o voto dos apoiadores do ex-senador João Durval Carneiro.

Os queridinhos do Palácio

Tem vereador com mandato e pré-candidato da base do prefeito Bruno Reis que está chateado com figuras de proa do Palácio Thomé de Souza. A informação que circula na Praça Municipal é que há uma “missão velada” para eleger os queridinhos de alguns caciques do grupo. Omar Gordilho, apadrinhado da vice-prefeita Ana Paula Matos; Roberta Caires, apadrinhada do ex-prefeito ACM Neto, e Zilton Kruger, ligado ao deputado federal Léo Prates, têm causado a maior ciumeira na base. Aos queridinhos tudo, aos outros, promessas, pão e água.

Um pé lá e outro cá

O partido Agir deverá ser o 14º a compor a coligação que apoia a pré-candidatura do prefeito Bruno Reis em Salvador. Comandado na Bahia pela filha do deputado estadual Júnior Muniz, do PT, o Agir já havia dado mostras de que não marcharia com o pré-candidato do governo estadual, Geraldo Júnior. Assim como o Solidariedade, a legenda, que surgiu da fusão do PTC, já estava fora da campanha de Geraldinho. Sua ausência nos eventos de campanha já havia sido notada pelo núcleo duro da campanha emedebista.

O 14º partido de Bruno

A expectativa é que a sigla seja referendada na convenção coletiva que acontece próximo dia 25, no Centro de Convenções, quando os partidos confirmarão apoio ao projeto de reeleição do prefeito Bruno Reis. A novidade sobre o fechamento de acordo foi levantada pelo próprio prefeito na última semana, durante a entrega do Hospital do Homem, no bairro de Monte Serrat, quando chegou a brincar com o número 13, que representa a sua sigla adversária, o PT.

No caderninho

Ontem, inclusive, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou que colocará no “caderninho” a decisão do partido em relação à disputa de Salvador. “A política tem dessas. Eu não decepciono, não, mas a gente vai botando no caderninho os comportamentos de como é que acontecem as coisas na Bahia”, reagiu Jerônimo, ao admitir ter sido pego de surpresa com a articulação da sigla, que é comandada por Társsila Muniz, pela filha do deputado Júnior Muniz.

Pego de surpresa

O governador aproveitou ainda para enfatizar que não gosta de trabalhar com surpresa. “Não fica bem pra quem faz política trabalhar com um movimento de surpresa. A não ser que isso já estava posto e a gente não tivesse dialogado sobre, mas nós avaliamos de conversar e ver como é que a gente faz”.

Autonomia nas cidades

Diante da reação do governador, a direção estadual do Agir emitiu nota afirmando que os diretórios municipais têm autonomia para definir as composições eleitorais de cada cidade, respeitando suas particularidades e as diretrizes previamente apresentadas pelo comando da legenda.
“A nossa orientação inicial é que os nossos quadros prezem por alianças com o arco de partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues e que onde houver candidaturas do PT a gente possa acompanhar”, pontuou Társsila Muniz, ao reiterar que essa é uma decisão que “cabe apenas ao Agir” e que o deputado não delibera sobre as composições eleitorais do partido.

Caiado se fortalece pra 2026

Os resultados apresentados essa semana na área da segurança pública pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fortalecem seu nome para a disputa à Presidência da República em 2026. Segundo informações divulgadas na segunda, a violência em Goiás registrou queda de até 97,6% entre os anos de 2018 e 2024. Além da diminuição nos índices de todas as modalidades criminosas pesquisadas, houve aumento na produtividade da polícia. “De todas as áreas, a segurança pública é a que mais avançou no meu governo”, afirmou o chefe do Executivo, que não esconde o desejo de herdar os votos do bolsonarismo contra o presidente Lula.

Queda nos assassinatos

No quesito roubo de cargas, o número caiu de 248 casos no primeiro semestre de 2018 para 6 no mesmo período deste ano. Na sequência, estão roubo de veículos, com queda de 93,7%, roubo a transeunte (88,5%), roubo a comércio (88,3%) e latrocínio, cujo índice caiu 84,7%. Em relação ao homicídio doloso, a redução foi de 57,2%. Mais da metade dos municípios goianos, 128, não registraram nenhum assassinato em 2024.