Um levantamento do Datafolha, divulgado neste sábado (5), indicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto em todos os cinco cenários de primeiro turno testados para as eleições presidenciais de 2026. Mesmo inelegível após condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi incluído nas simulações e aparece atrás de Lula em todos os cenários analisados.

No cenário com Lula e Bolsonaro, o atual presidente lidera com 36% contra 30% do ex-presidente. Ciro Gomes (PDT) aparece com 12%, seguido por Pablo Marçal (PRTB), com 7%, Eduardo Leite (PSDB), com 5%, enquanto 9% votariam em branco, nulo ou nenhum, e 2% não souberam responder.

Com Bolsonaro fora e Tarcísio como candidato, Lula registra 35%, Tarcísio 15%, Ciro e Marçal empatam com 11%, Ratinho Junior (PSD) tem 5%, Leite 3%, Romeu Zema (Novo) também 3% e Ronaldo Caiado (União Brasil) 2%. Brancos, nulos ou nenhum somam 11%, e 3% não souberam.

Michelle Bolsonaro tem maior pontuação entre aliados do ex-presidente

Na simulação com Michelle Bolsonaro, Lula mantém 35%, e a ex-primeira-dama aparece com 15%. Ciro tem 12%, Marçal 10%, Ratinho Junior 5%, Zema 4%, Leite 3% e Caiado 3%.

Já com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa, Lula repete os 35%, Ciro tem 12% e o deputado federal fica com 11%. Marçal tem 10%, Ratinho 6%, Zema e Leite com 4% cada, e Caiado 3%.

Num cenário mais enxuto, com Lula, Tarcísio e Marçal, o presidente marca 43%, Tarcísio 24% e Marçal 15%.

Ciro lidera cenário sem Lula nem Bolsonaro

Sem Lula e Bolsonaro, Ciro lidera com 19%, seguido por Tarcísio (16%) e Fernando Haddad (PT), com 15%. Marçal aparece com 14%, Ratinho com 9%, Leite com 6%, Zema com 5% e Caiado com 4%.

Em uma disputa sem Lula, mas com Bolsonaro, o ex-presidente lidera com 32%. Ciro aparece em segundo com 20%, e Haddad com 17%. Marçal registra 11% e Leite 5%.

Detalhes da pesquisa Datafolha

A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 1º e 3 de abril com 3.054 pessoas com 16 anos ou mais, em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Governo lança campanha para mostrar ações

O governo federal iniciou, na última quinta-feira (3), a veiculação da campanha “O Brasil é dos brasileiros”, com peças publicitárias na televisão, rádio e redes sociais. O objetivo é divulgar ações da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos dois primeiros anos deste terceiro mandato. O material traz referências ao futebol e ao “passinho”, além de mostrar trabalhadores de diversos setores e beneficiários de políticas públicas.

Coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), sob comando do ministro Sidônio Palmeira, a campanha foi produzida pela agência Calia. Estão previstos pelo menos quatro vídeos, com conteúdos voltados para as áreas da saúde, educação, infraestrutura e social.

O investimento na iniciativa foi de R$ 50 milhões. A estreia ocorreu no intervalo do Jornal Nacional, na TV Globo, em uma ação articulada com o evento de lançamento no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Reconstrução e contraposição ao governo Bolsonaro

A narrativa adotada destaca o esforço de reconstrução do país após a gestão anterior. “A principal tarefa dos primeiros dois anos foi a reconstrução do que havia sido destruído. Só que reconstruir é ainda mais difícil que construir porque antes de começar você precisa retirar os escombros e limpar o terreno”, diz o texto no site da campanha.

No lançamento, o governo apresentou o Brasil como “o país da prosperidade”. O slogan “O Brasil é dos brasileiros” foi utilizado para se contrapor ao lema “Make America Great Again”, do presidente norte-americano Donald Trump.

O evento, chamado “Brasil dando a volta por cima”, durou cerca de uma hora e exibiu telões com dados de programas e depoimentos de cidadãos que foram beneficiados por políticas sociais da atual administração.