Carlos Muniz é reeleito presidente com 39 votos e diz que vai ‘continuar fortalecendo diálogo e democracia na CMS’

Eleição da nova mesa-diretora aconteceu, na manhã desta quinta-feira; Hamilton Assis obteve apenas dois votos para presidente e houve uma abstenção


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Raiane Veríssimo, Otávio Queiroz e Héber Araujo 02/01/2025 11:38 Política
Carlos Muniz é reeleito presidente com 39 votos e diz que vai ‘continuar fortalecendo diálogo e democracia na CMS’ - Equipe M!

O vereador Carlos Muniz (PSDB) foi reeleito, na manhã desta quinta-feira (2), presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), com 39 votos dos 43 vereadores. Em eleição secreta, conforme regimento interno da Casa, o vereador Hamilton Assis (PSOL) recebeu apenas dois votos para presidente e houve uma abstenção. Além disso, também foi eleita a nova mesa-diretora da CMS para o biênio 2025 e 2026.

Muniz confirma amplo apoio político na CMS

Mesmo com dois votos a menos do que o esperado, Carlos Muniz confirmou o amplo apoio político na Casa, consolidando sua liderança e destacando a união entre as bancadas. Ao agradecer pela confiança, o tucano afirmou que vai “continuar fortalecendo o diálogo e a democracia na CMS, com o objetivo de garantir avanços para nossa cidade e atender aos anseios da população de Salvador”.

“Pela primeira vez recebendo o voto dos colegas como presidente da Câmara Municipal de Salvador. Quero agradecer a todos. Os 39 que votaram que tiveram a confiança em mim e a Hamilton, que foi candidato. Eu sei que o voto de Eliete [Paragrassu] foi pro partido dela [PSOL] e lhe parabenizo pelo comprometimento que você tem com o seu partido. Esperava que, por acordo, ter 41 votos, mas tivemos 39 e como eu sou recíproco, pode ter certeza que a reciprocidade com os 39 será a que sempre tivemos, tá certo?”, disse Muniz ao declarar aberta a nova legislatura de 2025.

Primeira eleição para presidente

Essa foi a primeira eleição de fato para o cargo de presidente que Carlos Muniz enfrentou na Câmara Municipal. No dia 2 de janeiro de 2023, ele tomou posse como presidente da CMS, após a transmissão oficial do cargo do ex-presidente Geraldo Jr. (MDB), que assumiu como vice-governador da Bahia. Muniz, que está em seu quinto mandato como vereador, foi reeleito em 2024 com a segunda maior votação da Casa, recebendo 24.040 votos.

Com a votação da mesa-diretora, Maurício Trindade (PP) ocupa a primeira vice-presidência, Duda Sanches (União Brasil) a segunda e Sidninho (PP) a terceira vice. Já o vereador Claudio Tinoco (União Brasil) foi eleito primeiro secretário, Ricardo Almeida (DC) como segundo secretário, Cris Correia (PSDB) para terceira e Kel Torres (Republicanos) para quarta. A Corregedoria foi destinada novamente ao vereador Alexandre Aleluia (PL) e a Ouvidoria a Hélio Ferreira (PCdoB).

Confira como ficou nova composição da mesa-diretora na CMS:

  • Presidente: Carlos Muniz (PSDB) – 39 votos
  • 1º Vice-presidente: Maurício Trindade (PP) – 39 votos
  • 2º Vice-presidente: Duda Sanches (União Brasil) – 39 votos
  • 3º Vice-presidente: Sidninho (PP) – 39 votos
  • 1º Secretário: Claudio Tinoco (União Brasil) – 39 votos
  • 2º Secretário: Ricardo Almeida (DC) – 39 votos
  • 3ª Secretária: Cris Correia (PSDB) – 39 votos
  • 4º Secretário: Kel Torres (Republicanos) – 40 votos
  • Corregedor: Alexandre Aleluia (PL) – 40 votos
  • Ouvidor: Hélio Ferreira (PCdoB) – 41 votos
  • Ouvidor substituto: Anderson Ninho (PDT) – 40 votos
  • 1º Vice-presidente suplente: Randerson Leal (Podemos) – 40 votos
  • 2º Vice-presidente suplente: Ireuda Silva (Republicanos) – 40 votos
  • 1º Secretário suplente: Marcelo Guimarães Neto (União Brasil) – 40 votos
  • 2º Secretário suplente: David Rios (MDB) – 40 votos

Com a definição da nova mesa-diretora, a atividade legislativa da Câmara segue em recesso. Os trabalhos que sempre são reabertos na manhã de 2 de fevereiro, neste ano acontecerá no dia seguinte, 3 de fevereiro, em sessão também no plenário Cosme de Farias.

Muniz faz primeiro discurso com presidente reeleito da CMS

Em seu primeiro discurso como presidente eleito para o biênio 2025-2026, Muniz relembrou que foi sua primeira eleição de fato para o cargo e disse que o “momento representa uma conquista não apenas pessoal, mas também coletiva”.

“A nossa primeira eleição assumida, após a renúncia do presidente eleito, foi cercada de desafios grandiosos pelo momento em que vivíamos, mas que conseguimos contornar com muito. Com sinceridade de um homem público que preza pelo respeito aos nossos pares, conseguimos demonstrar que não tememos os obstáculos colocados à nossa frente. E assim, iremos, nesta nova gestão, manter a trilha do bom entendimento, da independência desse governo. Vocês podem cobrar”, disse. 

Além de agradecer os 39 vereadores que votaram pela sua recondução, o tucano afirmou que “cada voto recebido simboliza um compromisso renovado, a transparência e o trabalho conjunto” em prol de Salvador. Segundo ele, assumir novamente a presidência da CMS “não é apenas uma honra, mas também um grande desafio”. 

“Somos responsáveis por levar e fiscalizar em nome da população soteropolitana, e não podemos jamais perder de vista a missão de representar os interesses de cada cidadão que confia em nosso trabalho. Os próximos 2 anos eu pretendo liderar esta Casa com determinação. Sempre com os princípios da ética, do respeito e da colaboração. Meu objetivo é fortalecer o papel legislativo municipal, tornando-os cada vez mais acessível e próximo da população. Para que possamos juntos, construir uma Salvador mais justa, justa, inclusiva e desenvolvida”, pontuou. 

Ainda em discurso, Muniz convoca vereadores a “unir forças”

Ainda em seu discurso, Muniz diz que a CMS está “vivendo um momento crucial, em que os desafios antigos se somam as novas demandas”. Ele lembrou que é dever de todos os vereadores “buscar soluções inovadores e sustentáveis que impactem positivamente na vida de cada cidadão” e, para isso, convocou os pares para “unir forças”, respeitando as diferenças partidárias, “mas sempre priorizando o bem”. 

“Por fim, reforço meu compromisso de trabalhar intensamente pela nossa cidade, pela democracia. Conto com o apoio de cada um de vocês para realizações completas. Que essa seja uma gestão marcada pela união, pelo respeito, pelo resultado. Eu não posso prometer um eleitor meu algo que eu não posso fazer. Por isso, não tive dificuldade nenhuma nas eleições de 2024. Agradeço mais uma vez pela oportunidade presidir essa casa. Vamos juntos honrar essa responsabilidade e construir um futuro ainda melhor para Salvador”, finalizou.

Câmara tem renovação de 39,53%

A Câmara Municipal de Salvador teve uma renovação de 39,53%: dos 43 vereadores, 17 são novos e 26 foram reeleitos, incluindo o presidente Carlos Muniz (PSDB), que obteve 24.040 votos, o segundo maior número geral. O estreante Jorge Araújo (PP) conquistou 36.065 votos e foi o mais votado entre todos os candidatos.

A renovação da CMS reflete um equilíbrio entre novos rostos e lideranças já consolidadas. No total, 866 candidatos disputaram as 43 cadeiras do legislativo municipal. A posse do prefeito Bruno Reis (União Brasil), sua vice Ana Paula Matos (PDT) e dos 43 vereadores aconteceu em solenidade, na tarde desta última quarta-feira (1º), no plenário da Câmara.

Confira os 43 vereadores: 

Reeleitos:

1.     Carlos Muniz (PSDB) – 24.040

2.     Luiz Carlos (Republicanos) – 19.358

3.     Maurício Trindade (PP) – 17.665

4.     Roberta Caires (PDT) – 16.517

5.     Anderson Ninho (PDT) – 16.203

6.     Ricardo Almeida (DC) – 15.465

7.     André Fraga (PV) – 14.128

8.     Marta Rodrigues (PT) – 13.840

9.     Paulo Magalhaes Jr (União Brasil) – 13.525

10.  Duda Sanches (União Brasil) – 13.129

11.  Kiki Bispo (União Brasil) – 13.032

12.  Augusto Vasconcelos (PCdoB) – 11.385

13.  George Gordinho da Favela (PP) – 11.120

14.  Sidninho (PP) – 10.863

15.  Débora Santana (PDT) – 10.137

16.  Marcelle Moraes (União Brasil) – 9.997

17.  Alexandre Aleluia (PL) – 9.788

18.  Ireuda Silva (Republicanos) – 9.725

19.  Claudio Tinoco (União Brasil) – 9.721

20.  Téo Senna (PSDB) – 9.132

21.  Cris Correia (PSDB) – 9.130

22.  Daniel Alves (PSDB) – 9.018

23.  Julio Santos (Republicanos) – 8.810

24.  Fabio Souza (PRD) – 7.828

25.  Randerson Leal (Podemos) – 7.534

26.  Silvio Humberto (PSB) – 6.904

Eleitos:

27.  Jorge Araújo (PP) – 36.065

28.  Omarzinho Gordilho (PDT) – 18.304

29.  Kel Torres (Republicanos) – 13.338

30.  Alberto Braga (União Brasil) – 12.617

31.  Sandro Filho (PP) – 12.565

32.  David Rios (MDB) – 10.874

33.  Isabela Souza (Cidadania) – 9.534

34.  João Cláudio Bacelar (Podemos) – 9.339

35.  Kênio Rezende (PRD) – 9.243

36.  Marcelo Guimarães Neto (União Brasil) – 8.873

37.  Rodrigo Amaral (PSDB) – 8.775

38.  Cézar Leite (PL) – 8.676

39.  Aladilce (PCdoB) – 8.514

40.  Eliete Paraguaçu (Psol) – 8.479

41.  Felipe Santana (PSD) – 7.825

42.  Hamilton Assis (Psol) – 7.691

43.  Alex Alemão (DC) – 7.089

Projetos e prioridades para 2024

Na entrevista concedida após a eleição, Carlos Muniz enfatizou a importância do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para o ano legislativo. “Esse é um projeto que mexe com a vida de todo cidadão soteropolitano e todos têm que ter o conhecimento do que vai ser votado na Câmara Municipal de Salvador. Eu acho que é um projeto para ser analisado no mínimo com seis meses aqui na Casa”, afirmou Muniz, destacando a necessidade de amplo debate e transparência.

A candidatura de Hamilton Assis

Os primeiros passos de Hamilton Assis (PSOL) como vereador de Salvador começaram de forma agitada. Após tomar posse na quarta-feira (1º), o novo edil se lançou como candidato à presidência da Câmara Municipal da capital baiana. Em seu discurso, o psolista enfatizou as raízes de luta contra as desigualdades.

“A história dessa casa se confunde com a de Salvador e do Brasil, cujo verbo é excluir. Essa casa pode ter um papel decisivo no enfrentamento da exclusão que marca nosso povo, principalmente os negros. Esse espaço é importante para travarmos as lutas necessárias para garantir políticas públicas que democratizem a gestão e promovam a justiça social para nossa cidade”, disse Assis. Apesar da campanha, Assis foi derrotado por Carlos Muniz, que conquistou uma ampla maioria dos votos.

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