Ministério da Fazenda ajusta projeções de inflação e prevê IPCA de 4,40% em 2024
O Ministério da Fazenda revisou as projeções para a inflação, considerando os índices IPCA, INPC e IGP-DI, de acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), divulgada nesta segunda-feira (18). Para 2024, a estimativa de inflação pelo IPCA passou de 4,25% para 4,40%, aproximando-se do teto da meta de […]

O Ministério da Fazenda revisou as projeções para a inflação, considerando os índices IPCA, INPC e IGP-DI, de acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), divulgada nesta segunda-feira (18). Para 2024, a estimativa de inflação pelo IPCA passou de 4,25% para 4,40%, aproximando-se do teto da meta de 3,00%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2025, a previsão foi ajustada de 3,40% para 3,60%.
O avanço na inflação entre agosto e outubro influenciou as projeções, especialmente devido à elevação de preços livres, como alimentos no domicílio, e de preços monitorados, incluindo tarifas de energia. A SPE prevê uma desaceleração nos preços monitorados até o final de 2024, mas com aceleração nos preços livres.
“Até o final do ano, deverá haver desaceleração nos preços de monitorados, mas aceleração dos preços livres. Itens com preços mais voláteis, mais afetados pela dinâmica do câmbio e do clima, explicam o aumento na projeção de inflação em 2024. Nesse sentido, vale reforçar que para a média das cinco principais métricas de núcleo, a previsão de inflação se manteve em 4,00%”, diz a nota.
O cenário para os próximos meses inclui a expectativa de redução da inflação acumulada em 12 meses, a partir de novembro, com a manutenção da bandeira verde nas tarifas de energia. No entanto, eventos climáticos e a alta nos preços de carnes bovinas podem exercer pressão inflacionária. A safra de 2025 e a possibilidade de um La Niña de baixa intensidade são apontadas como fatores que podem mitigar impactos.
A projeção para o INPC, índice utilizado na correção do salário mínimo, também foi ajustada. Para 2024, a estimativa passou de 4,10% para 4,40%, enquanto para 2025 foi revisada de 3,20% para 3,40%. Segundo o relatório, o aumento recente nos preços de alimentos, impulsionado por eventos climáticos, tem maior impacto sobre a inflação das famílias de menor renda.
“O aumento nos preços de alimentação, explicado principalmente pela maior ocorrência de eventos climáticos nesses últimos meses de 2024, tem impacto mais pronunciado na inflação de quem ganha até cinco salários mínimos. Por isso, a inflação medida pelo INPC deverá se aproximar daquela apontada pelo IPCA em 2024. Para 2025, no entanto, a desaceleração da inflação de alimentos tende a beneficiar novamente o INPC, projetado em 3,40% no acumulado até dezembro”, pontua o documento.
A projeção para o IGP-DI sofreu a maior revisão, passando de 3,80% para 6,40% em 2024 e de 3,80% para 4,00% em 2025. Entre agosto e outubro, o índice acumulado em 12 meses acelerou, refletindo a alta nos preços do atacado. Essa alta foi impulsionada pelo aumento nos preços de bovinos, carnes bovinas, soja, milho, laranja e minério de ferro. A SPE espera que a inflação medida pelo IGP-DI continue pressionada, influenciada por eventos climáticos e pela desvalorização cambial.
“Essa alta reflete, principalmente, o avanço nos preços de bovinos na pecuária e de carnes bovinas na indústria de transformação, além da maior inflação de soja, milho, laranja e de minério de ferro. Até o final do ano, a expectativa é que a inflação medida pelo IGP-DI siga pressionada pelos preços do atacado, influenciados por eventos climáticos e pelo patamar mais depreciado do câmbio, dentre outros fatores”, explica.
No Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, analistas de mercado estimaram um IPCA de 4,64% para 2024, acima do teto da meta, e de 4,12% para 2025. As projeções da Fazenda reforçam o impacto de fatores como o câmbio, o clima e a dinâmica do mercado atacadista na formação dos índices inflacionários.
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