O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) abriu, nesta sexta-feira (4), as inscrições para a quarta edição do Laboratório de Criação em Artes Cênicas (LAB BTCA), em Salvador.

O programa, voltado a artistas iniciantes, será realizado no Espaço Xisto Bahia entre 15 de abril e 14 de junho, com encontros às terças e quintas-feiras, das 8h às 12h30, na Sala Carlos Moraes. As inscrições seguem até 11 de abril, por meio de formulário online disponível no site oficial.

A proposta do laboratório é a criação de um produto artístico que será apresentado em uma mostra aberta ao público. Cada edição terá duração de cerca de três meses e poderá receber até 20 participantes. A metodologia adotada se baseia nas práticas desenvolvidas pelo BTCA em seus processos de formação e criação de espetáculos.

Durante o ciclo, os integrantes contarão com a colaboração direta de bailarinos da companhia, que conduzirão atividades como aquecimento corporal, expressão artística, técnicas de palco e vivências com outras linguagens.

A iniciativa tem como foco a experimentação prática e o intercâmbio entre artistas em formação e profissionais em atuação.

Iniciativa será levada a outros espaços culturais da Bahia

Além desta edição, o LAB BTCA passará ao longo do ano por outros espaços culturais da capital baiana e da região metropolitana. A circulação busca ampliar o acesso à formação artística e a participação de novos talentos em diferentes territórios.

Fundado em 1981, o Balé Teatro Castro Alves é a companhia pública de dança contemporânea residente do Teatro Castro Alves (TCA). Está vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

O BTCA é reconhecido por ser a primeira companhia pública de dança do Norte-Nordeste e a quinta do país. Seu repertório reúne mais de 100 obras coreográficas criadas por nomes de destaque da dança moderna e contemporânea no Brasil.

Palco Giratório 2025 estreia em Recife

O Palco Giratório 2025, projeto de itinerância de artes cênicas realizado pelo Sesc, será lançado nacionalmente em Recife, entre os dias 25 e 27 de abril. A 27ª edição do evento vai circular por 96 cidades em 15 estados até dezembro, promovendo apresentações de teatro, circo, dança, performance e teatro infantil.

Ao todo, 16 grupos artísticos de diferentes regiões do país farão parte da programação, que pode ser acompanhada no site e nas redes sociais do Sesc em cada estado.

A diversidade regional é um dos destaques desta edição, promovendo um intercâmbio cultural entre as diferentes linguagens artísticas. O projeto tem como objetivo ampliar o acesso às artes cênicas, oferecendo espetáculos que refletem as particularidades de cada localidade visitada.

Circo é homenageado no Palco Giratório 2025

Nesta edição, o circo será o grande homenageado, representado pela Escola Pernambucana de Circo e por Fátima Pontes, fundadora da companhia e figura de destaque na cena circense do país.

A escola realiza um trabalho social relevante na periferia de Recife, promovendo a formação e a difusão da arte circense. Fátima Pontes também se destaca como atriz, pesquisadora e dramaturga, com 27 anos de dedicação à arte.

A escolha do circo como tema central reforça o compromisso do projeto com a valorização das diversas expressões artísticas e culturais do Brasil, consolidando o Palco Giratório como referência em itinerância cênica.

Espetáculos e linguagens artísticas

Os espetáculos do Palco Giratório 2025 trazem uma programação variada que abrange temas como ancestralidade, inclusão social, relações familiares e espiritualidade. O projeto também busca promover a acessibilidade, como no espetáculo “Da Janela”, da Trupe do Experimento (RJ), que utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para contar a história da amizade entre três crianças.

Outro destaque é “Ané das Pedras”, da Coletiva Flecha Lançada Arte (CE), que utiliza o teatro performativo para retratar um ritual de plantação de pedra. A peça aborda a cultura dos povos indígenas e provoca reflexões sobre a preservação de seus saberes.

A companhia Dimenti, da Bahia, apresenta o espetáculo “Biblioteca de dança”, no qual os artistas se tornam “livros vivos” que compartilham memórias relacionadas a danças e pensamentos. A proposta busca transformar o corpo em um instrumento de narrativa viva.