Flávio Matos faz denúncia à PF por perseguição de sua campanha em Camaçari
Prefeiturável acusou Caetano por uso do Estado para amedrontar eleitores no 2º turno e pediu providências do governador
O vereador Flávio Matos (União Brasil) denunciou a perseguição e opressão que o seu grupo político está sofrendo na disputa eleitoral a prefeito de Camaçari contra o ex-prefeito Luiz Caetano (PT). O presidente da Câmara Municipal se, na noite desta quinta-feira (10), dirigiu à sede da Polícia Federal (PF), em Salvador, e pediu providências do governador Jerônimo Rodrigues (PT) diante das ações do Estado, que segundo o vereador tem atuado contra a sua campanha na cidade.
Em eleição que será decidida no 2º turno, no dia 27 de outubro, no município da Região Metropolitana de Salvador (RMS), Flávio citou os casos de intimidação que a sua coligação e os seus eleitores vem passando. Segundo o prefeiturável, a Polícia Militar (PM) está agindo de maneira parcial nesta disputa política. Inclusive, ele ainda destacou que mulheres estão sendo obrigadas a tirar suas camisas azuis e ficar apenas de sutiã, sem que nenhuma atitude seja tomada pela PM.
“Eu falo diretamente aqui da Polícia Federal em Salvador, acompanhado do jurídico da campanha. Não dá para continuar o que está acontecendo. Hoje pela manhã, no Alto da Cruz, na casa que nasci, no nosso escritório político, fiz vários atendimentos, saí de lá por volta das 14h. Às 15h30, mais ou menos, chegou uma viatura da Polícia Militar, com três policiais fardados. Abordaram a nossa atendente, dizendo que havia uma denúncia de compra de votos naquela residência. Lá fazemos atendimentos políticos. A nossa atendente foi coagida a mostrar anotações, não existia um mandado, não existia uma autorização, simplesmente na tentativa de coagir”, relatou.
De acordo com o prefeiturável, este problema se deve à atuação de Luiz Caetano para se beneficiar nas disputas do 2º turno. “Não bastasse toda a coação que passamos na campanha, uma opressão que as comunidades têm sofrido, mulheres tendo que tirar as camisas e ficar de sutiã nas comunidades, pessoas que não podem expressar o seu direito ao voto e colocar o adesivo do 44 na sua porta. Isso tem que acabar. Onde isso vai parar? Não dá pra continuar o nosso adversário usando o aparato do estado para nos amedrontar”, reforçou.
Para o candidato, providências devem ser tomadas pelo governador Jerônimo para que as disputas não sejam desiguais em Camaçari. Flávio Matos ainda contou que, recentemente, uma facção criminosa da região tem impedido a realização de sua campanha em algumas zonas do quarto maior colégio eleitoral da Bahia, medida esta que deve ser solucionada pelo Governo do Estado.
“Nós não vamos nos render, nós iremos até o fim, batalhando para que o direito do eleitor seja garantido e possa expressar o seu sentimento e a sua intenção para o futuro da nossa cidade. Isso não vai ficar assim, nós exigimos respeito e posicionamento do governador. Governador, o senhor não pode estar omisso nessas situações que têm acontecido na eleição da nossa cidade. Isso precisa ter um fim e, principalmente, uma posição do senhor”, concluiu.
Disputa em Camaçari
A eleição de 2024 em Camaçari está marcada por ser a mais disputada da Bahia. O novo prefeito da cidade será definido no 2º turno, que ocorrerá no próximo dia 27, em decisão entre Flávio Matos e Luiz Caetano. O candidato do União Brasil quer dar continuidade ao trabalho realizado pelo prefeito reeleito Elinaldo Araújo (UB) nos últimos 8 anos de comando no 4º maior colégio eleitoral da Bahia. Enquanto isso, o petista tenta o seu 4º mandato à frente do Executivo municipal – ele já governou a cidade em 1985-1988, 2005-2009 e 2009-2012.
No 1º turno, Luiz Caetano liderou a apuração, com 49,52% (77.926) dos votos, seguido de Flávio Matos, que computou um percentual de 49,17% (77.367). Esses números mostram o cenário acirrado da cidade e, inclusiva, as pesquisas de intenção não apontam favoritismo para nenhum dos dois lados. Portanto, a definição em Camaçari será voto a voto.
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