“Jerônimo insiste em fazer politicagem com a segurança pública”, diz Capitão Alden

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) criticou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), após o pronunciamento do petista sobre a situação da segurança pública no estado. Em vídeo publicado nas redes sociais, Jerônimo reafirmou o compromisso de sua gestão no combate à violência, principalmente contra o crime organizado e o tráfico de drogas.

No entanto, Alden, que é membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, acusou o governador de “politicagem” e destacou que o governo mantém uma “gestão fantasiosa” ao lidar com o aumento da criminalidade.

“Jerônimo insiste em fazer politicagem com a Segurança Pública. Os dados negativos da Segurança Pública ele finge ter amnésia, mas fazer maquiagem com um tema sério tem sido sua principal habilidade”, disse Alden.

O deputado destacou os números da violência no estado, que, segundo ele, foram ignorados pelo governador. “A própria Secretaria Nacional de Segurança Pública, sistema do Ministério da Justiça e Segurança Pública, aponta que a Bahia destoa do resto do Brasil e se consolidou como o estado mais violento. Só no primeiro semestre deste ano, tivemos 2.087 homicídios dolosos, uma média de 11 assassinatos por dia. O grupo político de Jerônimo aponta o desastre que ele tem feito na Segurança Pública”, declarou.

Além disso, Alden pontuou que, segundo o Monitor da Violência, a Bahia é o estado com mais mortes violentas pelo quinto ano consecutivo. Em 2023, o estado registrou 4.848 mortes violentas, o que representa 12,2% dos casos no Brasil.

“A Bahia é o estado mais violento do país há cinco anos. Ao longo de 2023, registramos uma média de 404 assassinatos por mês, e Jerônimo segue ignorando esses números”, alfinetou o parlamentar.

Pronunciamento de Jerônimo

O governador Jerônimo Rodrigues, por sua vez, se pronunciou na segunda-feira (21) para reafirmar o compromisso de seu governo no combate à criminalidade, destacando os esforços das forças policiais para enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas.

“Mais uma vez, estou aqui reunido com o comando central da segurança pública do estado da Bahia para garantir a vocês que as nossas polícias vão continuar trabalhando incansavelmente no enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico de drogas e contra qualquer tipo de violência que coloque em risco a segurança da nossa sociedade. A luta vai continuar com a mão firme do nosso Governo contra as facções criminosas e o tráfico de drogas. Essa é a nossa responsabilidade”, declarou o governador.

Jerônimo também criticou o que chamou de “políticos oportunistas”, afirmando que esses opositores usam o tema da segurança pública para espalhar inverdades e difamar o governo.

“Infelizmente, políticos oportunistas querem fazer desse tema sério um trampolim eleitoral. Usam suas mídias para espalhar terror com inverdades, calúnias e difamações contra a nossa polícia. Exploram a dor de famílias enlutadas e tentam desmoralizar o trabalho sério realizado pelos nossos profissionais de segurança pública”, disse o governador.

Jerônimo defendeu que o aumento da violência não é um problema exclusivo da Bahia, mas de todo o Brasil. Ele mencionou que já tratou do assunto em reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, buscando ampliar a integração das ações de segurança pública no país. O governador também assegurou que sua gestão continuará investindo em inteligência, tecnologia, recursos humanos e equipamentos para melhorar a segurança.

Violência na Bahia

A Bahia enfrenta uma escalada na violência, consolidando-se como o estado mais violento do Brasil pelo quinto ano consecutivo, de acordo com o Monitor da Violência. Em 2023, foram registradas 4.848 mortes violentas, o que representa 12,2% de todos os assassinatos ocorridos no Brasil, que totalizou 39.492 casos.

Nos últimos dias, a situação se agravou ainda mais com 22 homicídios registrados em Salvador e na Região Metropolitana em um período de apenas oito dias. Um dos episódios mais graves foi a chacina no bairro Sete de Abril, na capital baiana, que deixou cinco mortos. Em cidades como Camaçari e Candeias, outros nove corpos foram encontrados desovados, elevando o clima de insegurança.