O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, abordou a atual trajetória fiscal do Brasil durante um evento do Lide em Lisboa, Portugal, nesta quinta-feira (14) e afirmou que o país enfrenta uma situação fiscal insustentável.

Ele ressalta que essa não é uma crítica ao governo, mas é um problema do país. O executivo ressaltou que a equipe econômica tem defendido a inclusão de mais despesas no arcabouço fiscal, mas ele acredita que o caminho mais eficaz seria realizar cortes nos gastos obrigatórios.

Sidney sugeriu, ainda, a necessidade de redução nas vinculações e indexações do orçamento público como medidas essenciais para melhorar a saúde fiscal do país.

Sidney também destacou a resiliência do setor bancário brasileiro, citando marcos importantes que mostraram sua capacidade de adaptação e superação, como a criação do plano Real em 1994, a crise econômica global de 2008 e a pandemia de 2020. De acordo com ele, esses eventos evidenciaram o potencial dos bancos em manter a estabilidade do setor e impulsionar a economia brasileira.

O presidente da Febraban também enfatizou a vanguarda do setor bancário em inovação. Ele mencionou que os bancos brasileiros se destacam nesse campo, com investimentos significativos em tecnologia. Em 2024, o setor destinou R$ 50 bilhões para esse objetivo, refletindo seu compromisso com o avanço tecnológico.

Ele citou o PIX como um exemplo do pioneirismo brasileiro em inovação bancária e afirmou que novas soluções como o open finance, Drex e tokenização levarão o setor bancário a um novo patamar, ampliando ainda mais sua relevância no cenário financeiro global.

Sidney criticou o crescimento econômico do Brasil, chamando-o de “medíocre” diante do potencial do país. Ele Sidney destacou que, apesar das análises feitas ao longo dos anos, o Brasil segue “patinando” na economia, sem alcançar os resultados desejados.

Segundo ele, o setor privado já deveria estar “cansado” de diagnósticos e análises, e é necessário focar em ações concretas para mudar a trajetória do país. O presidente da Febraban reafirmou que o Brasil tem um grande potencial, mas não tem conseguido alcançá-lo.