Bahia é o segundo estado com maior número de beneficiários do Bolsa Família

Com 2,47 milhões de famílias, a Bahia é o segundo estado mais beneficiado com o programa Bolsa Família, que neste mês atende a mais de 20,77 milhões de famílias em todo o Brasil. O programa conta com investimento de R$ 14,1 bilhões para o pagamento dos benefícios, que abrangem 54,37 milhões de pessoas, incluindo 25 milhões de crianças e adolescentes de zero a 18 anos. Neste mês, 42,7 mil famílias foram incluídas no programa.

Entre os estados, São Paulo é o maior beneficiado, com 2,5 milhões de famílias e um repasse de R$ 1,67 bilhão. A Bahia é seguida pelo Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Pará e Maranhão, que também superam a marca de 1 milhão de beneficiários.

O valor médio do benefício é de R$ 681,22, e o cronograma de pagamentos começa no dia 14 de novembro, com término previsto para 29 de novembro, conforme o final do Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários.

O programa prioriza grupos em situação de vulnerabilidade social, com destaque para 236.657 famílias indígenas, 270.979 quilombolas, 233.194 famílias em situação de rua e 398.947 catadores de material reciclável. Além disso, 13.649 famílias com crianças em trabalho infantil e 64.230 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo também são beneficiadas, somando mais de 1,2 milhão de famílias contempladas nesses grupos.

Entre os benefícios direcionados às crianças, 9,29 milhões de crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância (BPI), com um valor de R$ 150 e investimento de R$ 1,31 bilhão. Outras 12,35 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos recebem o Benefício Variável Familiar Criança, enquanto 3,39 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos recebem o Benefício Variável Familiar Adolescente, ambos com adicional de R$ 50. O investimento total para esses benefícios é de R$ 717 milhões, além de R$ 82,57 milhões destinados a 1,33 milhão de gestantes e 412 mil nutrizes.

No enfrentamento a desastres naturais, mais de 2,67 milhões de famílias em 710 municípios dos estados de Rio Grande do Sul, Amazonas, Paraná, Pará e Sergipe recebem os benefícios de forma unificada, com um repasse superior a R$ 1,89 bilhão. No Rio Grande do Sul, o repasse é de R$ 462,4 milhões, com benefício médio de R$ 677,64, enquanto o Amazonas, afetado por uma das maiores estiagens já registradas, recebe um repasse de R$ 462,4 milhões para seus 62 municípios.

Entre os beneficiários, 83,4% dos responsáveis familiares são mulheres, totalizando 17,32 milhões de pessoas. A maioria dos beneficiários é de cor preta ou parda, com 39,63 milhões de pessoas (78,79%). O programa segue seu objetivo de promover a inclusão social e combater a desigualdade no país, beneficiando principalmente mulheres e famílias em situação de vulnerabilidade.

Uma das novidades do Bolsa Família, a Regra de Proteção, permite que beneficiários permaneçam no programa por até dois anos após a conquista de um emprego formal ou aumento de renda, recebendo 50% do valor do benefício nesse período. Em novembro de 2024, essa medida atinge 2,8 milhões de famílias.

No recorte regional, o Nordeste é a região com o maior número de beneficiários, somando 9,44 milhões de famílias e um investimento de R$ 6,4 bilhões. Em seguida, o Sudeste recebe R$ 4,01 bilhões para 6,02 milhões de famílias, e o Norte, com 2,64 milhões de beneficiários, conta com um repasse de R$ 1,89 bilhão. O Sul e o Centro-Oeste, com 1,53 milhão e 1,13 milhão de beneficiários, respectivamente, recebem R$ 1,02 bilhão e R$ 775,6 milhões em repasses.