Milena Barreto e Bruno Reis falam sobre episódio polêmico: O que realmente aconteceu?

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), falou publicamente neste sábado (5) pela primeira vez após o episódio em que retirou abruptamente o microfone das mãos da mestre de cerimônias Milena Barreto. O incidente ocorreu durante o lançamento da pré-candidatura à presidência da República do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), realizado na sexta-feira (4), no Centro de Convenções de Salvador.

Imagens repercutem nas redes sociais

As imagens do momento rapidamente repercutiram nas redes sociais, gerando grande debate. No vídeo, Reis aparece tomando o microfone enquanto Milena falava durante a abertura oficial da cerimônia. No evento promovido pela prefeitura, o prefeito chamou Milena ao palco, pediu desculpas e tentou esclarecer a situação.

Declarações de Bruno Reis sobre o episódio

“Ontem, em um grande evento que realizamos, uma multidão no Centro de Convenções, Milena estava lá no palco fazendo o trabalho dela, mas ninguém a ouvia, ninguém escutava, todo mundo estava à frente dela. Então, o prefeito pegou o microfone e chegou, e ela se assustou”, declarou Reis.

O prefeito continuou com sua justificativa: “Me desculpe, meu amor, mas você sabe, quem estava lá sabe: o prefeito tirou as pessoas da sua frente e pediu para todo mundo ouvir, para que você pudesse fazer seu trabalho da melhor forma possível.”

Reis também comentou sobre a repercussão do episódio, alegando que houve distorção da realidade: “Infelizmente, as imagens que circulam tentam dar outra conotação. Vocês me conhecem, sabem o homem que eu sou. Você, Milena, trabalha comigo há quase dez anos e sabe o tipo de pessoa que sou. Todo mundo que trabalha comigo se orgulha da forma carinhosa e cuidadosa com que lidero minha equipe.”

Milena Barreto minimiza o incidente

Milena Barreto, por sua vez, minimizou o incidente e afirmou que não ficou ressentida com a atitude do prefeito. “Ele é um amigo e parceiro de longa data, como você me disse, há mais de dez anos”, comentou Milena, defendendo a postura do prefeito.

“A gente conhece a sua simpatia e a leveza no trato, não só com a equipe, mas também com amor e carinho. Não houve violência, não houve agressão. O prefeito estava organizando um evento com muitas pessoas e prezando pela segurança de todos”, concluiu.

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O episódio

O caso aconteceu na sexta-feira (4), no Centro de Convenções de Salvador, antes do início da cerimônia de apoio à pré-candidatura de Caiado à presidência. A movimentação no palco, segundo testemunhas, causava desorganização e dificultava o andamento do evento.

As imagens mostram o prefeito tomando o microfone enquanto pedia espaço aos presentes.

“Sejam bem-vindos a Salvador. A primeira capital do Brasil. Eu queria pedir a todos os amigos e amigas que estão aqui no palco para chegar um pouquinho para trás para a gente dar início à nossa solenidade, onde vamos homenagear um dos melhores homens públicos do Brasil”, afirmou no momento.

ATENÇÃO: Durante um evento político com Ronaldo Caiado na capital baiana, o prefeito Bruno Reis protagonizou um episódio lamentável ao arrancar o microfone da mão do mestre de cerimônia, em pleno palco, na frente de todos. #salvador #bahia #politica #brunoreis #ronaldocaiado pic.twitter.com/neg2TCRKMW

— Thiago Macedo (@eutiagomacedo) April 4, 2025

Caiado lança pré-candidatura à Presidência

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançou, nesta sexta-feira (4), em Salvador, sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. Durante o evento, realizado no Centro de Convenções da capital baiana, ele foi questionado sobre a decisão da Justiça que o tornou inelegível por 8 anos, mas desconversou e não entrou no mérito do assunto.

Alvo de uma decisão em primeira instância da Justiça Eleitoral goiana, que o condenou por abuso de poder político, o governador não quis comentar o processo nem a possibilidade de ser impedido de disputar o pleito. Além disso, Caiado também evitou falar novamente sobre a criação da Federação do União Brasil com PP, um dia antes ele já havia afirmado que era contra.

“O assunto aqui agora é de receber um título, uma Comenda de 2 de Julho, e sem dúvida nenhuma lançar aqui a nossa pré-candidatura. O assunto partidário nós vamos tratar no decorrer do tempo”.

A condenação, proferida em dezembro, aponta que Caiado utilizou a estrutura do Palácio das Esmeraldas para apoiar o então candidato à prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). A sentença cabe recurso, mas, se mantida, pode inviabilizar legalmente a sua candidatura em 2026.