Dan Hudson estreia novo livro com trama musical ambientada em Porto Seguro e festival de lambada
Autor baiano apresenta ficção ‘Lambaporto’, com trama que une dança, memória e tradições locais

O jornalista e cineasta Dan Hudson lança, nesta sexta-feira (11), o e-book Lambaporto, obra de ficção publicada exclusivamente em formato digital pela Amazon. O livro estará disponível para leitura em celulares, tablets ou computadores, sem a necessidade de dispositivos específicos como leitores digitais. O autor também confirmou que a versão física será lançada em breve.
História destaca a lambada como patrimônio cultural imaterial
A trama do livro gira em torno de Danilo, um jovem dançarino que se apresenta em uma das barracas de praia de Porto Seguro. Sua rotina é alterada após o diagnóstico de câncer de sua mãe, levando-o a repensar a carreira artística e considerar uma vida com maior estabilidade financeira. Essa trajetória é transformada após o encontro com Cissa, uma cantora de barzinhos apaixonada pela lambada.
No enredo, os personagens descobrem o Festival Lambaporto, um concurso que promete premiar a melhor combinação original de música e dança com o valor de R$ 10 mil. A oportunidade os motiva a unir forças, compondo uma nova lambada e resgatando elementos da cultura local. Com isso, o livro propõe um mergulho na cena musical e nos laços afetivos que unem as famílias de Danilo e Cissa.
Festival fictício é ponto de virada na narrativa
Segundo Dan Hudson, o festival é um elemento central da obra. O autor explicou que Rogério, dono da barraca de praia, é quem idealiza o evento como estratégia para atrair público ao seu complexo de lazer e também como uma tentativa de lidar com mágoas do passado.
“Uma das partes mais legais de escrever Lambaporto foi imaginar como nasceria esse concurso de lambada. Na história, é o próprio Rogério, dono da barraca de praia, quem cria o festival como estratégia pra atrair público pro seu complexo de lazer, mas também como uma forma disfarçada de reviver um passado mal resolvido”, contou.
Ainda conforme o autor, por trás deste cenário, existem diversas mágoas ligadas à mãe de Danilo, que abandonou a carreira musical justamente quando a banda estava em ascensão. “No meio do festival, a lambada vai unindo todo mundo. Escrever esse Festival foi como dirigir um musical caótico e maravilhoso. Eu ria, me emocionava, e terminei com saudade daquele palco cheio de suor e coração”.
Por fim, Hudson garante que o leitor “vai se divertir muito”. “É uma explosão de cultura, alegria e muitas reviravoltas. A lambada é o coração dessa história — e o concurso, o momento em que tudo explode em dança e verdade.”, afirmou.
Cenário literário valoriza a Casa da Lambada e artistas locais
Lambaporto resgata uma tradição musical reconhecida recentemente como patrimônio imaterial de Porto Seguro. A lambada, ritmo que marcou gerações, ainda vive em espaços culturais resistentes da cidade, como a Casa da Lambada, administrada pelos artistas Maria Mariana e Gabriel Lambadeiro. Esses espaços são referência para as novas gerações de músicos e dançarinos que buscam manter viva a herança cultural da região.
Trajetória do autor reforça vínculo com cultura baiana
Dan Hudson é natural de Salvador e atualmente reside em Porto Seguro. No audiovisual, destacou-se com documentários como Uma máquina de imaginário e A voz do gueto, além de outros filmes independentes voltados para narrativas sociais e culturais. No teatro, assinou o texto da peça A confusão da carta, apresentada em cidades do interior da Bahia.
Seu primeiro livro: Détrius: a guerra dos dois mundos, foi lançado em 2020 e chegou ao primeiro lugar na lista de e-books mais vendidos da Amazon no dia de estreia. Em 2024, realizou o Projeto Andantte Literário ao lado do escritor André Simião, promovendo leitura e escrita entre alunos da rede pública de Porto Seguro.
Reconhecimento no cenário cultural
Em 2024, Hudson foi premiado na categoria Audiovisual no evento Melhores do Ano de Porto Seguro. No mesmo ano, recebeu o Troféu Pataxó no Festival de Cinema de Trancoso e, em 2025, foi homenageado no Arraial Cine Fest por sua contribuição à cultura local.
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