O presidente estadual do Republicanos e deputado federal, Márcio Marinho, detalhou na manhã desta quarta-feira (15) a situação do partido em Feira de Santana. Na ocasião, Marinho apontou uma “quebra de acordo” do prefeito Zé Ronaldo (União Brasil), que teriam sido estabelecidos com a sigla durante a campanha eleitoral de 2024.

Segundo Marinho, o Republicanos iniciou uma pré-campanha com o lançamento de José de Arimatéia (Republicanos) como candidato à prefeitura de Feira de Santana. Contudo, o partido decidiu retirar a candidatura do deputado estadual em favor de Zé Ronaldo, mediante o compromisso do então candidato com as pautas da sigla e com a participação do Republicanos na gestão municipal.

“A vida é feita de compromissos políticos. Em Feira de Santana, iniciamos uma pré-campanha com o deputado José de Arimatéia, mas percebemos que o grupo político precisava estar organizado na cidade. Portanto, a decisão do partido foi retirar a candidatura do deputado e apoiar Zé Ronaldo, considerando as dificuldades que os cidadãos enfrentavam em relação à gestão anterior”, lembrou Marinho.

No entanto, o deputado federal afirmou que o compromisso de incluir membros do Republicanos na gestão municipal não foi cumprido. “Sabemos que ele é o prefeito, quem conduz a cidade é ele. O partido fez esse acordo, mas não aconteceu de acordo com o que tínhamos falado, e a gente acabou ficando fora da gestão”, relatou o presidente do Republicanos na Bahia.

Apesar disso, Marinho destacou que não houve conflitos em razão da decisão de Zé Ronaldo e que o partido deseja manter a tranquilidade necessária para que o prefeito governe.

“Nada brigando, de forma alguma. Até porque, o que nós queremos é que ele tenha a tranquilidade de fazer a gestão de Feira de Santana. Mas, o Republicanos não foi contemplado de acordo com o que tínhamos combinado. E como não queremos trazer nenhum tipo de problema para a gestão, vamos continuar como estamos, de forma independente na cidade”, afirmou.

Marinho desconversa sobre apoio a Débora Regis em Lauro de Freitas

Perguntado sobre a situação do Republicanos em Lauro de Freitas, Márcio Marinho desconversou sobre um eventual apoio à prefeita Débora Régis (União Brasil), para compor a base governista. Durante as eleições municipais de 2024, o Republicanos apoiou o candidato Antônio Rosalvo (PT).

Ao comentar o tema, Marinho enfatizou a necessidade de maturidade política e destacou que as eleições terminaram com a vitória de Débora Régis. Ele reforçou que é preciso superar as disputas eleitorais e ressaltou que a decisão final sobre um eventual apoio à Débora caberá ao presidente da sigla na cidade, Edilson Ferreira.

“Quando a gente entrega a presidência do partido a um presidente, no caso lá o vereador Edilson, a gente dá a ele toda a condição dele tocar o partido na cidade. A gente tem que entender que as eleições terminaram, a Débora ganhou a eleição e nós não podemos, de forma alguma, levando a política ou estando no palanque a vida toda”, afirmou Márcio Marinho.

O deputado também destacou a importância de uma gestão eficiente que beneficie a população. “O eleitor, quando votar no prefeito ou vereador, espera o retorno de uma boa gestão tranquila, que toque na vida deles, que melhore a qualidade na educação, na saúde e na infraestrutura. “Eu tenho certeza que o vereador tomará uma decisão, não que favoreça a prefeita, mas que favoreça a cada cidadão da cidade de Lauro de Freitas”, concluiu.

Eleições na Câmara dos Deputados

Outro tema abordado por Marinho foram as eleições na Câmara dos Deputados, em que o deputado afirmou que a decisão de apoio ao nome de Hugo Motta (Republicanos) foi aderida. Dessa forma, a expectativa é que Motta seja alçado como o novo presidente da Casa, substituindo Arthur Lira (PP).

“Seja o PL, seja o PT, eu acho que vamos viver um momento de tranquilidade. No Brasil é importante isso, um momento de tranquilidade a partir da Câmara dos Deputados, da harmonia, que é importante. Eu acho que o Hugo Motta vai fazer um mandato excelente, uma boa relação com o Palácio do Planalto, com o Senado Federal e, acima de tudo, com os deputados que lá estão”, destacou Marinho.

O deputado ainda completou dizendo que Motta terá uma “votação fenomenal”, e talvez a maior “de todos os tempos”. “Desde a redemocratização do país, que nós vamos ter um parlamentar que não tem oposição”, declarou. Ele também revelou que a votação na Câmara dos Deputados foi antecipada e será realizada no dia 1º de fevereiro, e não mais no dia 3.