Cármen Lúcia alerta sobre riscos de tecnologias sem regulamentação e chama manipulação do voto através de fake news de ‘cabresto digital’
Ministra compara redes sociais a um “volante”, pedindo maior controle contra desinformação

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou, nesta sexta-feira (4), que as novas tecnologias podem oferecer risco à vida e à liberdade de todas as pessoas se não foram devidamente regulamentadas. A ministra também comparou as redes sociais à invenção do carro, destacando que “alguém alucinado” não pode ficar no “volante”.
“As tecnologias, hoje, oferecem a possibilidade de morte até de liberdades se não forem devidamente reguladas”, disse a magistrada, que completou fazendo a comparação das redes sociais com veículos: “A gente não permitiu que alguém alucinado no volante de um carro pudesse matar o outro que nada tenha a ver com essa escolha de morte e vida do primeiro”.
Carmen Lúcia ainda chamou de ‘fake news’ as afirmações de que a regulamentação das redes sociais seria uma forma de censura da liberdade de expressão.
Ainda de acordo com a ministra, a inteligência artificial tem agravado o problema da desinformação, porque a “verossimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano”. “O cérebro confundido não é um cérebro livre, ele não pode fazer escolhas livres, porque ele não tem o prumo necessário, o raciocínio necessário para que a liberdade crítica se estabeleça”, enfatizou a Presidente do TSE.
“A gente acha que viu, acha que pensou, mas alguém pensou por nós. Criamos o cabresto digital. Alguém põe na nossa máquina, no nosso celular, no nosso computador algo que desinforme, como se fôssemos apenas manipulados. Surgiu o ‘cabresto digital’, e, contra isso, o direito hoje luta para que a gente tenha a possibilidade de resgatar a plena liberdade de voto”, concluiu a ministra.
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Redação
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