Nesta quarta-feira (26), o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, rebateu as críticas que os demais ministros vêm sofrendo por viagens ao exterior. Segundo ele, as viagens não são gratuitas e nem de primeira classe, tendo um propósito definido, além de que todos os ministros permanecem trabalhando de forma virtual.
“Nós somos muito criteriosos nos gastos. Ninguém aqui viaja de primeira classe. A única pessoa que tem passagem paga é o presidente (do STF) ou alguém que esteja representando o presidente. E, mesmo assim, geralmente só viaja a convite. Nenhum ministro viaja com passagem paga”, disse ao encerrar o semestre.
Barroso contou que, mesmo em viagem, os ministros mantêm a participação nas sessões, já que desde a pandemia é possível acompanhar e votar nos julgamentos por videoconferência, em um modelo híbrido. As agendas internacionais geralmente envolvem seminários acadêmicos, visitas institucionais e eventos jurídicos, alguns organizados pela iniciativa privada.
Em levantamento promovido pelo Estadão foi divulgado que, entre junho de 2023 e maio de 2024, os ministros do Supremo estiveram presentes em pelo menos 22 agendas internacionais. Nove eventos foram organizados ou patrocinados por instituições privadas, incluindo uma empresa de tabaco que tem ações no STF.
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